Fanfiction writers be like:
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Mais um capítulo como prometido. O fato é que eu pretendia fazer algo curto e sexy e agora sentimentos foram envolvidos, e eu sempre coloco uma partezinha de mim no texto embora eu nunca tenha tido um crush no garoto popular capitão de basquete.... ou eu tive? srsrss
Boa leitura!
Capítulos anteriores: CAPÍTULO I
Capítulo II
— O que você achou das primeiras aulas? — Percy teve que perguntar, apenas para ver a expressão de irritação se formar no rosto de Nico, algo bonitinho entre uma careta e um franzir de lábios. Ele sabia qual seria a resposta, mas nada podia se comparar em ver tudo pessoalmente. Ninguém poderia culpá-lo se Nico tinha se tornado bem mais expressivo nos últimos anos, como se o garoto tivesse se dado o direito de sentir e se expressar como bem quisesse, sem qualquer tipo de medo ou hesitação.
— Foi normal. Eu acho. Estou um pouco atrasado, mas nada que algumas leituras não resolvam. — Nico deu de ombros e continuou andando a seu lado, passando as mãos pelos próprios cabelos e os jogando para trás, evitando que eles caíssem em seus olhos; longos cabelos que pareciam brilhar no sol, longos e negros, porém, não como ele faria no passado, era um gesto mais expansivo e relaxado que Percy não sabia dizer como conseguia diferenciar. No fim, Grover devia estar certo. Ele estava obcecado.
— Com fome?
— Não muita.
Mas mesmo assim eles andaram pelo refeitório lado a lado, caminhando entre as mesas e bancos até chegar ao balcão da cantina. Percy não poderia deixar de notar, sentia como se estivessem desfilando se fosse pelo jeito que as pessoas olhavam para eles; se eram olhares de admiração, inveja ou desgosto era difícil diferenciá-los, estava ocupado demais encarando o perfil do rosto de Nico, principalmente quando Nico levou os dedos a boca e os mordeu levemente, parecendo indeciso.
— O que você vai pedir? — Nico perguntou a ele, enfim o encarando.
— Um suco está bom. Que tal dividir uma torta? — Ele sabia que a de legumes com queijo era a preferida de Nico.
E só para provar seu ponto, Nico sorriu e acenou, pedindo um milkshake para si próprio.
Era tudo tão familiar que Percy sentiu um aperto no coração. Por que aquilo doía tanto? Ele não devia estar feliz por ter seu melhor amigo de volta? Bem, Nico parecia estar muito feliz com seu milkshake e metade da torta de legumes agora que eles tinham achado um lugar desocupado para sentar, um leve rubor de felicidade se espalhou pelo rosto moreno, se intensificando a cada momento que ele continuava observando Nico mastigar.
— Você não vai comer? Está tão gostoso quanto eu me lembrava.
— Nico. — Percy reclamou, frustrado.
— O que foi?
— Será que você pode comer com menos prazer?
Certas coisas nunca mudavam. Nico olhou para ele com a boca em volta do canudo e sorriu, sugando o sorvete com vontade. Percy apenas balançou a cabeça e desviou o olhar, dando a primeira mordida. E Nico tinha razão, a torta ainda tinha o mesmo gosto, a massa suave e macia, o queijo que derretia na boca e o gratinado crocante por cima. Desde que Nico tinha ido embora ele não tinha tido coragem de comer essa torta, ela lhe trazia lembranças que ele preferia deixar para trás.
— Per-cy. — Nico o chamou, praticamente cantarolando, sorrindo, apoiando a cabeça nas mãos e piscando devagar para ele, seus olhos negros e brilhantes o distraindo por um momento.
— Hm.
— Você não devia comer com seus amigos?
— Por quê?
— Eles estão olhando para a nossa mesa.
Talvez fosse verdade.
Percy desviou o olhar em direção a eles rapidamente e voltou a se concentrar em Nico. Eles não eram importantes, mesmo que sentisse os problemas se aproximando pelo simples motivo de Annabeth estar entre eles. Annabeth, Thalia, Luke, Grover, Chris e Clarice. Todos velhos amigos dele e de Nico. E tudo bem, talvez não fosse certo manter Nico só para ele quando ele não era o único que tinha sentido saudade.
— Você quer falar com eles?
— Nah. Depois. O que eu quero saber é, com quem você está saindo?
— O quê? Eu não--
— Annabeth ou Luke?
— Eu nunca! — Quando Nico fez uma careta nada impressionada, Percy confessou: — Tá bom! A gente teve um rolo, mas é coisa do passado. Estou livre feito um pássaro.
— Você tem certeza?
— Eu prometo.
— Porque eu não acredito em você? — Então, Nico se encostou no apoio do banco e cruzou os braços. — Eu não vou ganhar uma surpresinha dos seus ex-namorados, não, vou?
— Por que isso aconteceria?
— Pelo jeito que as coisas andam…
Percy não conseguiu fingir por mais tempo, sorriu para Nico e se inclinou em direção ao garoto, segurando em suas mãos, as levando em direção aos próprios lábios, as beijando longamente: — Eu prometo que nada vai acontecer. Eu não sou desse tipo de homem.
— Hm, sei bem. Será que eu devo saber de mais alguma coisa?
— Eu só tenho olhos para você, querido.
Isso fez o rubor no rosto de Nico voltar com força total. Talvez fosse porque ele ainda segurava nas mãos de Nico ou talvez porque eles estavam sentados lado a lado no meio de toda aquela gente. Depois disso nenhum dos dois voltou a falar e ninguém se aproximou deles, o que não os afetou em nada. Eles continuaram a comer e segurar nas mãos um do outro até que o sinal bateu e eles tiveram que se separar; Nico iria para a aula de história e Percy para a de matemática avançada, e Percy como o perfeito cavaleiro que era, levou Nico até a sala de aula correta, por um momento pensando em agir como o clichê que Nico tinha lhe acusado de ser e o beijar bem ali, onde qualquer um podia ver. No fim, ele se decidiu por abraçá-lo longamente e bem apertado antes de deixar Nico entrar na sala de aula. A boa notícia é que eles teriam a última aula juntos, física avançada.
***
Percy mal colocou o pé dentro da sala quando uma enxurrada de vozes o cercaram. Parecia que todo mundo tinha algo a dizer sobre o garoto italiano recém-transferido, pois, aparentemente, ele era o único que sabia da volta de Nico.
— Eu te disse! — Um deles falou.
— Quem diria. — Outro comentou com bem menos entusiasmo.
E Percy? Bem, ele não ligava para o que eles tinham a dizer. Ele andou calmamente até sua mesa, tirou seus livros da bolsa e olhou para frente, feito o aluno modelo que ele nunca foi. O que Percy podia dizer? Sonhar acordado com Nico era bem mais agradável do que alimentar mais fofocas.
— Cara! Você não pode fazer isso comigo. — Era Grover, mais uma vez, que agora se sentava a seu lado e colocava a mão em seu ombro, o apertando e parecendo orgulhoso por algum motivo. Não era as palavras de Grover que o irritava, era seu tom de voz; era a pura zombaria. — Você tem que me contar tudo.
— E eu pensando que as líderes de torcida eram fofoqueiras. — Percy devolveu.
— Percy!
— Tá bom.
— Tá bom? Você não está se esquecendo de nada?
— Como o quê?
— Desde quando você e Nico são tão próximos?
— A gente sempre foi. Desde os nove anos de idade.
— Mas… como! Ele não estava na Itália?
— E daí?
— Cara. — Dessa vez quem falou foi Luke que estava por perto apenas escutando. — Eu me sinto usado.
Isso era uma piada! O garoto mais galinha e com o maior recorde de traições que ele já tinha conhecido, se sentindo usado! E só porque eles tiveram algo rápido durante a ausência de Nico?
— Eu pensei que a gente tinha algo especial. — Mas quando Percy se virou para Luke o amigo tinha um brilho estranho no olhar e um sorriso de quem estava prestes a aprontar algo. — Sabe quem não vai gostar de saber disso?
— Annabeth. — Grover completou por ele, agora bem mais baixo para que somente ele e Luke pudessem escutar.
— O que eu tenho a ver com isso? Ela não é minha namorada.
— Você tem certeza disso? Annabeth não parece pensar o mesmo.
— Isso é problema dela e não meu.
— Cara, isso vai dar problema. Depois não diz que eu não avisei. — Luke disse e tocou em seu braço, fingindo ser compreensivo.
— Que tal você cuidar da própria vida?
— Se eu fosse você tomava cuidado. Eu lembro como o pequeno Nico costumava ser indefeso. E ninguém quer que isso aconteça de novo.
Percy olhou bem para Luke, tentando decidir se isso era uma ameaça ou se era um lembrete do que Annabeth era capaz de fazer para conseguir o que queria. No fim, ele decidiu ser apenas um aviso, já que no passado Luke tinha sido um dos poucos a defender Nico quando ele não pôde. Ele só esperava que o passado não voltasse a se repetir.
***
Nico sentia que deveria ter feito a coisa mais racional e ter ido embora depois do clube de música, como qualquer pessoa normal faria. Mas ali ele estava, andando pelos corredores agora vazios com seu violão e mochila nas mãos, indo em direção à quadra descoberta que ficava mais ao fundo da propriedade da escola. Ele não era o perfeito clichê? O garoto novo indo encontrar o garoto bonito e popular depois da aula só porque esse mesmo garoto bonito tinha pedido. Agora era tarde demais, ele já tinha atravessado o colégio inteiro e se sentava nas arquibancadas, colocando o violão em seu colo enquanto dedilhava algumas notas soltas. Ele era um idiota, tinha evitado por tanto tempo esse tipo de gesto só para cair na própria armadilha sem nem perceber.
O que ele poderia fazer além de deixar as coisas rolarem e ver onde elas dariam? Ele deu de ombros e tirou uma caneta e seu caderno dentro da bolsa, anotando as notas e possíveis melodias. Não demorou muito, logo ele ouviu o barulho de uma bola batendo no chão e passos correndo para perto de onde ele estava sentado. Levantou a cabeça e lá estava Percy, batendo a bola no chão e olhando para ele, seu sorriso quase se estendendo a suas orelhas, como se a coisa mais maravilhosa estivesse acontecendo apenas porque Nico estava ali. Era por isso que ele não conseguia dizer não para Percy, como ele poderia quando alguém sorria assim para ele?
— Nico. — Percy disse, como se saboreasse o nome nos lábios, feito o doce mais saboroso. — Mais dez minutos? Vai ser rápido.
Nico deu de ombros e tentou não encarar os olhos de Percy, sabendo que seu rosto devia estar mais quente que uma pimenta, preferindo apreciar os ombros e braços definidos e descobertos.
— Tudo bem, não estou com pressa.
— Eu posso ver.
Então, Nico teve que enfim encarar Percy, tinha algo na voz dele que o fazia querer prestar uma atenção mais cuidadosa.
— Hm?
— Você está escrevendo uma música?
— Acho que sim. — Sem perceber, ele até tinha escrito algumas palavras para acompanhar a melodia.
— É sobre mim?
— Poderia ser.
Que sincero da parte dele. Isso só podia ser costume, era tão normal para Nico dizer o que viesse à mente sem precisar se policiar perto de Percy que essas verdades saiam sem permissão.
— Lindo. — Agora Nico tinha ficado confuso. O que era lindo? A música ou… outra coisa?
Percy sorriu mais uma vez e a dúvida logo se desfez. Ele se perguntava desde quando os sorrisos de Percy expressavam tantas coisas e como cada uma delas era tão claro para ele, como uma linguagem perfeita, completa e sem erros.
— Então… depois?
— Eu conheço um lugarzinho que você vai amar.
— Você me conhece tão bem assim? — Mais um sorriso e um inclinar de cabeça, como se Percy dissesse “É óbvio, bobinho”.
Ele revirou os olhos e voltou sua atenção para seu violão.
— Você não tem que praticar?
— Nada é mais importante que você.
Nico gostaria de dizer que eram palavras amigáveis e que Percy estava brincando, mas ele tinha falado com tanta firmeza e confiança que Nico acreditou. Sabe, às vezes os sorrisos sumiam, como se Percy quisesse que não houvessem mal entendidos. Era nesses momentos que Nico preferia fingir que não tinha escutado, que não tinha entendido ou que nada tinha acontecido. Era mais fácil quando essas coisas aconteciam por ligações onde milhares de quilômetros os separava, mas ali, a menos de cinco metros? Fazia seu coração acelerar e suas mãos suarem.
— Vai logo. — Ele murmurou de volta, tentando ignorar as palavras de Percy. — Está ficando tarde.
— Me espere.
Então, Nico esperou, ouvindo os passos de Percy se afastarem pela quadra.
O que mais lhe restava? Além de esperar e se comportar, aguardando pelo momento que Percy teria algum tempo para dedicar a ele? Nico continuou dedilhando as cordas de seu violão e não voltou a levantar a cabeça por longos minutos, isso é, até que alguém sentou a seu lado, permanecendo em silêncio até que ele se deu por vencido e a encarou. Era Annabeth, é claro, com seus intensos olhos azuis acinzentados e longos cabelos dourados, esbelta e alta, o olhando de cima, exatamente como ele se lembrava, o fazendo sentir como se ele fosse um inseto que ela não mataria por pena.
— Nico, é prazer te ver de novo. Como vai Bianca?
— Bem. — Foi tudo o que ele disse. Talvez ela ainda o intimidasse, talvez ela ainda tivesse o poder de fazê-lo chorar feito um bebê sem amparo.
— O que te traz aqui?
E de novo, ele era o mesmo garoto solitário e excluído, o garoto indefeso que qualquer um podia abusar. Nico estava tão cansado disso. Ele não daria esse poder para Annabeth ou para esse tipo de pessoa que quando não tinha algo, tomava a força.
— Não é da sua conta. Isso é dor de cotovelo? Doeu muito quando ele te chutou?
Annabeth meramente sorriu, o estudando, fingindo que estava por cima quando ambos sabiam que isso passava longe da verdade.
— Ah, parece que algumas coisas mudaram, então.
— Parece.
— Você sabe que não vai ganhar, não sabe?
— Isso não é um jogo.
— Olha, eu não fui muito legal com você. Por isso, vou te dar uma chance. Se você se afastar, prometo que não vou ficar no seu caminho. As coisas são assim…
Que bondoso da parte dela, não? Será que ela sabia do que aconteceu todos esses anos em que ele esteve no exterior? Como Percy tinha sido o primeiro a retomar contato menos de uma semana depois dele ir para a Itália? E que no fim, não tinha nada a ser ganhado ou perdido? Foi por esse exato motivo que Nico preferiu ficar calado, observando Annabeth jogar o cabelo platinado para trás enquanto ela continuava a falar.
— .. cê vai se dar muito bem por aqui se seguir esses conselhos.
— Anne? — Alguém atrás deles a chamou. Era Silena e Grover, eles estavam vestidos ambos com roupas de líderes de torcida. Grover com uma calça de lycra e Silena com saia, mini-blusa e pompons na mão. — Drew está te chamando.
— Ela sempre está. — Foi a vez de Annabeth revirar os olhos e se levantar. — Acho que é isso. Faça um favor para nós dois, sim? Vai ser melhor assim.
Desse jeito, arrumando a saia e subindo os degraus da arquibancada, ele, Grover e Silena observaram Annabeth desfilar para longe, levando junto com ela a tensão que Nico nem tinha percebido que tinha se instalado. Bem, agora ele se lembrava de um dos principais motivos dele ter ido para bem longe dali.
— A gente sente muito. — Grover foi o primeiro a quebrar o silêncio, se sentando a seu lado.
— Ela não faz de propósito. — Silena se sentou do outro. — Não é pessoal.
— Nunca é com ela. — Nico murmurou de volta.
Ele nem sabia porque tentava. Agora, olhando as coisas bem de perto… talvez ele devesse ter continuado na Itália. A situação por lá era caótica, mas pelo menos era gerenciável. Ter que voltar e enfrentar as mesmas coisas traumáticas pode não ter sido a melhor das ideias.
— Não liga para ela. — Grover disse mais uma vez, enquanto os três observavam o time de basquete praticar bem no momento em que Percy fazia uma cesta e olhava em direção a ele, sorrindo vitorioso.
Talvez, no fim, todo esse drama valesse a pena se a recompensa fosse o sorriso iluminando o rosto de Percy Jackson.
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Obrigada por ler! Sua presença é sempre bem-vinda e se você tiver um comentário ou feedback para me motivar, mais ainda. Até Sábado!
Ei, como vai? As coisas começam ficar mais serias e logo vamos entender o que realmente aconteceu no passado. Enquanto isso a relação dos garotos continua evoluindo. Já aviso que vai ser algo d/s, sabe? Dominador e submisso, mas de uma forma bem natural. Quer dizer, eu sempre escrevo sobre isso, então, não é nenhuma novidade, só que não vai ter nenhuma explicação extensa ou deslocada do enredo. Não vai ser nesse capítulo que isso vai acontecer, mas eu queria dar um aviso bem antecipado: para quem não gosta desses temas, não perca seu tempo. Também queria avisar que a real personalidade deles logo vai aparecer.
A verdade é que vou escrevendo conforme as ideias vão aparecendo, então, se você ver algo que não faz sentido ou ver um furo narrativo, me informe. Até porque depois que terminar essa primeira versão, vou revisar.
Obrigado pelo apoio e sejam bem-vindos quem está chegando agora. Todos me encontraram no tumblr ou vieram do Spirit? Vou adorar conversar com vocês nos comentários ou asks!
Boa leitura!
Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV
Como previsto, era um novo dia. O sol brilhava forte pelas persianas, os pássaros cantavam e eles estavam atrasados. Entretanto, o que lhe preocupava não era o fato de ser quase sete horas da manhã e sim que alguém estava batendo na porta, e esse alguém ser sua irmã, Bianca, que geralmente estaria muito longe dali em sua primeira aula do dia, parada no lado de dentro do cômodo, os observando alegremente.
Aquilo era um pesadelo, essa devia ser a única explicação para justificar a cena em que Nico se encontrava. Percy contra suas costas, o abraçando apertado com apenas um lençol escondendo suas virilhas. Se Bianca decidisse puxar o lençol, veria tudo, as marcas nas costas de Percy e o cupão no meio de suas pernas, impossível de não reparar mesmo daquela distância. E ao contrário do que ele pensava, Bianca decidiu por ser bondosa. Ela deu um tchauzinho com um sorrisinho de canto e fechou a porta suavemente, embora ele conseguisse ouvir o som da risada dela enquanto se afastava pelo corredor. E de novo, ele se perguntava o que estava fazendo. Ele nem… nem tinha retribuído Percy na noite anterior. Ele era a pessoa mais mesquinha e egoísta desse mundo tod--
Nico teria continuado seu autoflagelo se não tivesse sentido uma risada silenciosa contra suas costas.
— Você está rindo de mim? — Nico disse, se virando nos braços de Percy. O garoto estava acordado e com um daqueles sorrisos que o enfurecia e excitava ao mesmo tempo.
— Você tem que admitir, é bem engraçado.
— Não é não!
— Qual a novidade? Não é a primeira vez que alguém pega a gente dormindo junto.
— É? Mas é a primeira vez que estamos pelados!
— Oh. — Percy diz, seu sorriso se suavizando. — É melhor ainda.
— Seu-- seu--!
Nico se levantou mais rápido que um foguete, pegou a primeira coisa que viu e jogou na cabeça de Percy. Quando viu que era um travesseiro, pegou o objeto de novo e bateu com ele na cabeça de Percy até que seus braços começaram a doer e ele foi obrigado a parar, se acomodando onde estava, e que ele percebia só agora ser o colo de Percy. O que mais o irritou foi o fato de Percy nem ter tentado se defender, rindo, estatelado na cama como se fosse o dia mais feliz de sua vida.
— Percy!
— Deuses! Acho que vou morrer. Eu voltei no tempo por acaso? Eu ainda me lembro--
— Não se atreva! Quantos anos você tem?
— Dez. Quer brincar de casinha como a gente costumava? Eu vou construir um forte com cadeiras e cobertores e a gente pode--
— O que deu em você hoje, hein?
— Eu estou feliz. Você não está?
Nico parou no meio de outra reclamação, percebendo que estava pelado e ainda sentado no colo de Percy, exatamente como em outras milhares de vezes, mas que dessa vez, significava muito mais.
— É claro que eu estou. Você não precisa voltar para o maternal.
— Por que não? Era mais divertido do que fingir ser um adulto responsável.
— A gente não está fingindo… está?
— Nico. — Foi o que Percy disse antes de se sentar e o abraçar forte pelo meio das costas. — Eu posso fingir muitas coisas, o que eu sinto por você não é uma delas.
— Eu não entendo porque logo agora. O que mudou?
— Tudo mudou. Você foi embora.
— Per… eu não sabia que você se importava tanto, pensei que… era melhor se você não tivesse uma sombra te seguindo pelos cantos.
— Nico. — Agora Percy parecia estar em dor. — Quem te disse isso? O que te faria pensar assim?
— Bem… é que… você sabe… ela disse aquelas coisas e eu me perguntei “e se for verdade?”. Pensei que um pouco de distância ia ser bom.
— Pra quem? Pra mim ou pra você?
Era uma boa pergunta. Ele só não queria se sentir tão mal a cada vez que via aquelas pessoas no corredor do colégio, murmurando em suas costas, coisas que ele nem queria saber o que era, mas que fundo já suspeitava o que poderia ser.
— Me responda. — Então, Percy segurou em seu rosto e o fez encará-lo. — Do que você estava fugindo?
— Faz diferença agora? O que você vai fazer? Ir atrás dessa pessoa e dizer como ela é horrível? Do que… do que adianta ficar olhando para o passado?
— Quando foi que você cresceu tanto? — Percy não parecia feliz com isso, no máximo resignado.
— Quando eu tive que deixar para trás a coisa que eu mais amava.
Isso finalmente fez Percy se calar, olhando para ele de forma tão triste que parecia que Percy cairia no choro a qualquer momento.
— Eu sei quem fez isso, eu precisava ouvir da sua boca. Não queria acreditar que ela faria algo assim.
Nico se pegou sorrindo, embora fosse um sorriso murcho e triste. Essa era a verdade, pessoas eram más e algumas delas fariam o impossível para conseguir o que queriam. O segredo era não ser inocente e se proteger, ou tentar ficar longe da ira delas. O que eles poderiam fazer além de tentar? Ele abraçou Percy bem apertado e colocou a cabeça sobre o ombro dele. Já que eles estavam atrasados, não tinha porque apressar as coisas.
***
Quando eles enfim desceram as escadas de banho tomado e cabelos penteados, o café da manhã já estava na mesa; ovos, bacon, café e suco. Algo simples, mas que eles raramente tinham tempo para fazer. Por que eles não tinham? Ah, agora ele lembrava. Ter que correr de Will ou explicar para o pai porque ele não queria passar tempo na empresa de fato tinha tomado todo o seu tempo e o de Bianca também, que corria de Hades tanto ou mais que ele. Mas, aqui? Na quietude sem pessoas os perseguindo era o paraíso, era um peso que finalmente tinha saído de suas costas. Provavelmente não ia durar muito, infelizmente. Era por isso que Nico queria ir devagar, e talvez assim, ele tivesse um tempo para organizar a mente e decidir o que fazer a partir daquele momento.
— Tudo bem? — Percy disse no corredor, assim que eles saíram do quarto, indo em direção às escadas para chegar no andar térreo. — Você está muito quieto desde que entramos no banho.
— Hm. — Ele era tão óbvio assim ou Percy apenas prestava atenção? — Eu estava pensando…
— No quê?
— Eu… eu só quero terminar o colégio sem drama, sabe? Me formar e tentar fazer algo útil da vida.
— Isso é sobre a gente?
— Falei sério quando disse que não queria um namorado.
— Tudo bem. — Percy acenou, todo sério, embora ele tivesse as mãos sobre os ombros de Nico enquanto eles desciam as escadas, perto demais para falar a verdade. Mas era um perto que Nico gostava, mesmo que soubesse que isso tornava as coisas mais complicadas. — Você vai parar de falar comigo ou é sobre o sexo?
— Eu… — Era outra boa questão. Ele queria se afastar de Percy?
— Então, não há motivo para colocar rótulos no que a gente é. É só um nome. Nunca vou pedir algo que você não está interessado em oferecer.
Nico sabia disso, Percy nunca tinha feito isso antes e não era agora que o amigo começaria a forçá-lo a algo. De fato, Percy tinha sido tão paciente que ele tinha confundido cuidado com desinteresse durante todos esses anos. Agora, ele entendia. Bem, ele entendia por causa do dia anterior. Era revelador. De verdade.
— Percy, olha--
— Eu entendo mais do que ninguém, mas isso não muda nada entre a gente. Não estou com pressa e não vou a lugar algum.
— Você promete?
— Eu prometo. Sou o mesmo velho Percy e você é o meu doce Nico. Nada vai mudar.
Nico piscou lentamente e se viu perdido nos olhos de Percy, preso em cada palavra e em cada sussurro proferido. Ele sabia de tudo isso e odiava como o apelido agora soava sexual, “Meu pequeno Nico” ou “Meu doce Nico”, saindo dos lábios de Percy num tom tão possessivo e quente que ele devia correr para bem longe enquanto ainda podia. Sabia que devia, e esse era o problema, a vontade e a compulsão de se aproximar de Percy eram maiores do que qualquer racionalização que ele pudesse ter. Quando percebeu o que acontecia, se viu prensado contra a parede ao pé das escadas, Percy colado a ele, mãos em sua bunda, quadris se roçando aos seus e os dedos de Percy o puxando pelos cabelos naquele tipo de beijo indicado para a privacidade de quatro paredes.
Ele não se lembrava de Percy ser assim, tão intenso. Tudo isso realmente era porque ele tinha ficado longe por dois anos? O garoto que ele conhecia era doce, gentil e bondoso. Agora, na maioria das vezes, ele mal conseguia se controlar quando Percy decidia que falar não era o que eles deviam fazer. Como nesse momento, sentindo o quadril de Percy se esfregando contra o seu, quase o fazendo gozar nas calças feito um adolescente à flor da pele, algo que ele nunca tinha sido.
Reunindo forças de onde ele nem sabia que tinha, Nico arrastou seus lábios para longe dos de Percy e respirou fundo para em seguida o empurrar para longe, apenas o suficiente para desgrudar seus corpos, segurando Percy pelos ombros numa distância segura.
— Você não pode fazer isso. Eu não consigo. Você disse que não me forçaria.
— Não estou te forçando. — Então, Percy pensou de novo e completou: — Me desculpa. Não vou fazer de novo.
Nico não sabia se acreditava. Aqueles olhos verdes sobre ele, tão intensos que pareciam queimá-lo onde quer que pousassem e o respirar rápido e arfado lhe diziam outra coisa, lhe diziam que se Percy pudesse decidir eles não estariam parados no meio das escadas.
— Percy, acho que isso não vai dar certo.
— Eu disse que sinto muito. Tive que esperar por muito tempo. É só isso. Não sou um monstro, não importa o que as pessoas digam.
— Ninguém disse nada. — Bem, não desde que ele foi para o exterior. Ele se lembrava de como Lou e Alabaster insinuaram que Percy estava esperando o momento certo para atacar. E tudo o que ele tinha pensado na época era “E daí se Percy estivesse? Eles estavam com inveja?” No fim, ele tinha ido embora com o coração partido e outro trauma para a coleção.
— Hm, lindo. — Percy sorriu e dessa vez Nico estava prestando atenção. Percy deu um passo para a frente e ao contrário do que ele esperava, Percy não tentou beijá-lo, quer dizer, não nos lábios. Percy segurou em suas mãos e as levou aos próprios lábios, beijando cada dedo separadamente. — Eu nunca faria qualquer coisa que pudesse te machucar. Espero que você saiba disso.
— Eu sei. — Nico achava que sabia, mas ele tinha descoberto que pessoas boas podiam fazer coisas ruins e depois de seu último relacionamento, ele não tinha certeza de nada. — Só… vamos devagar, sim?
— Claro, Nico.
Percy sorriu mais uma vez e deixou que ambas as mãos se separassem apenas para segurá-las em um aperto reconfortante, enquanto os dois olhavam para suas mãos entrelaçadas. Hm, era uma cena que ele nunca se deixou visualizar antes, ele e Percy, um lugar tranquilo, natureza ao redor deles, talvez algumas cadeiras estiradas ao sol e eles dois juntos, segurando um na mão do outro enquanto observavam o sol se pôr. Talvez… talvez se ele tivesse sorte o suficiente. Num futuro não muito distante. Talvez se eles conseguissem--
— Aqui estão vocês. Quanto tempo vão ficar sussurrando no escuro?
Era Bianca. Quem mais poderia ser?
***
Por algum motivo, Percy queria rir, embora a experiência estivesse sendo mais estranha do que ele tinha previsto. Ao invés de encontrar Hades que tinha dito para ele que chegaria naquela manhã, era Bianca que tinha os recebido noite passada e aberto a porta para eles; ela não havia perguntado nada e apenas dito: — O quarto do Nico está no mesmo lugar.
Dando de ombros, ele tinha pegado Nico no colo e subido as escadas nem um pouco desanimado pela presença de Bianca. Percy admitia que estava indo rápido demais, ansioso demais, porém, quem podia culpá-lo quando assim que entraram no quarto Nico tinha gemido suavemente e o beijado mais doce ainda, começando a tirar as próprias roupas e se deitando no meio da cama com as pernas abertas? Ele era humano, e como o ser fraco que era, fez o que Nico não tinha coragem de pedir, mas que dizia com o olhar e toda aquela pele exposta. Percy tinha se ajoelhado na cama, beijado desde as pernas de Nico até seu pescoço para enfim tocar onde ele mais queria. Talvez ele tenha se deixado levar um pouco, tocado muita força e quando viu Nico estava gozando em sua boca, em seu rosto, gemendo como se doesse e se contraindo tanto que por um momento achou que Nico fosse ter uma crise de epilepsia, o único motivo dele não se preocupar foi a expressão de puro êxtase no rosto moreno e delicado, o suspiro arfado quando Nico relaxou na cama e fechou os olhos, calmo e contente.
Ele nem tinha se importado com o resultado, ele excitado e frustrado, e Nico dormindo tranquilamente. Era sua culpa, além de que Nico não tinha nenhuma obrigação de retribuir, eles sendo namorados ou não. Respirando fundo, tudo o que Percy fez durante longos minutos foi observar Nico dormindo confortável na cama, braços estirados em cima da cabeça, agarrando os travesseiros, pernas abertas e membro agora flácido, pequeno e recolhido no caminho de pelos negros e ralos que iam desde a parte baixa de seu umbigo até sua virilha, ainda molhados por saliva e sêmen. Percy queria voltar a tocá-lo naquele mesmo instante, excitar Nico mais uma vez e ver quanto tempo ele demoraria para gozar de novo.
No fim, fazendo esforço para se afastar, Percy saiu da cama devagar para não acordar Nico, entrou no banheiro que ficava dentro da suíte e abaixou as calças, seria mais seguro se ele cuidasse das coisas longe de Nico, apenas para ter certeza que conseguiria se comportar o resto da noite; sabia como Nico era desconfiado quando se tratava de sexualidade e confiança, principalmente quando um ano atrás Nico tinha terminado com o namorado e não contado a ele qual o motivo. E mesmo que ele suspeitasse o que tinha acontecido, isso também não era de sua conta. Se Nico não queria contar a ele, Percy devia respeitar sua decisão. Por enquanto.
Dessa forma, ele tinha cuidado das coisas mecanicamente, encontrado uma tolha limpa, a umedecido com água morna e tinha limpado Nico para logo em seguida tirar as roupas e se deitar na cama com ele. Percy mal tinha deitado a cabeça no travesseiro quando Nico o abraçou pelo pescoço em seu sono, se acomodando contra ele. Pernas contra pernas e peito contra peito, praticamente o beijando, estirado contra seu corpo.
— Senti sua falta. — Nico tinha murmurado, suspirando contente e voltado a relaxar em seu sono que se aprofundava uma vez mais.
Percy achava que aquele tinha sido um dos momentos mais felizes de sua vida, Nico depois de tanto tempo se deixava ficar vulnerável perto dele quando Percy pensava que essas cenas nunca mais se repetiriam.
Sentindo um aperto no coração como se ele fosse explodir a qualquer momento e querendo chorar, Percy enfim se permitiu fechar os olhos e aceitou seus sentimentos. Ele amava Nico, nem o tempo ou outras pessoas fariam com que essa mesma sensação de completude se instalasse; ninguém o fazia se sentir tão bem e tão poderoso como Nico fazia, ninguém o fazia rir ou chorar com tanta facilidade, ou gerava essa vontade louca nele de ser o melhor só para ter certeza que seria capaz de dar tudo o que Nico precisasse.
— Eu também senti sua falta. — Percy acabou murmurando de volta antes de cair no sono, puxando Nico para mais perto e enfim se deixando levar.
Agora eles estavam sentados à mesa da cozinha, Bianca sentada em frente a ele enquanto Nico se sentava a seu lado, enchendo um prato com comida e uma xícara com café puro e sem açúcar, entregando a ele.
— Você ainda se lembra. — Ele murmurou e pegou a xícara, tomando um gole e inalando a fragrância de café recém feito e recém-moído, não tão forte como ele gostava, mas era de qualidade exemplar. Era tudo tão familiar que Percy se pegou sorrindo, observando Bianca sorrir e Nico fingir que não estava encabulado pelo elogio. Nico nunca foi muito bom em recebê-los.
— Eu não fiz nada.
— Hm. — Ele murmurou, tentando não provocar Nico ainda mais. Porém ele não podia evitar, seguiu Nico com o olhar, o vendo finalmente se sentar e pegar um copo com suco de laranja, dando um longo gole antes de se concentrar em seu prato, quando Bianca o encarou e perguntou:
— Percy Jackson, o que te traz aqui?
— Nico. — Ele disse e sorriu para Bianca. Entre eles nunca houve espaço para nada além de sinceridade sem rodeios. Afinal, ela tinha permitido que Nico praticamente se mudasse para sua casa naqueles longos e magníficos anos e ele não faria nada que pudesse quebrar a confiança entre eles.
— É sério dessa vez?
— Sim.
— Tudo bem.
Bianca acenou, satisfeita. Ela se voltou para sua comida e levou uma garfada de ovos aos lábios.
— O que foi isso? — Nico perguntou, largando seu garfo. Ele cruzou os braços e os encarou.
— Eu queria saber. — Bianca deu de ombros. — Ontem vocês chegaram tarde.
— Não pode ser! — Nico cobriu o rosto e gemeu, ansioso. — Você viu a gente?
— Eu vi tudo.
O silêncio se fez, porém, não por muito tempo. Nico empurrou sua cadeira para trás e se levantou, cambaleando.
— Eu preciso… preciso pegar minha bolsa.
O que era apenas um motivo para ele se esconder durante algum tempo ou até que o rubor sumisse. Percy observou Nico se arrastar para fora da cozinha e se virou para Bianca.
— E, então? — Ele perguntou. Sabia que Bianca queria falar algo, mas não queria que Nico escutasse.
— Você parece diferente.
— Como?
— Mais… decidido.
— Algumas coisas aconteceram.
Quando Bianca não disse mais nada, ele deu de ombros e continuou:
— Nico foi embora e eu descobri algumas coisas.
— Sim?
— Nada demais.
Bianca levantou as sobrancelhas e Percy se rendeu.
— Parece que eu era muito bonzinho e inocente. Então, decidi não ser mais.
— Não me diga.
— Ninguém me conta essas coisas! Pensei que Nico não pensava em… em…
— Sexo?
— Aparentemente, eu estava errado e ele pensou que eu não estava interessado.
— Hm… — Bianca olhou por mais alguns momentos para ele e teve misericórdia. — Não é sua culpa, era aquela garota loira que vivia atrás de você.
— Porra, eu nem gosto de mulher!
— É? Eu tomaria mais cuidado se fosse você.
Percy sabia que aquilo não era uma ameaça e sim um aviso, pois Bianca nunca faria nada para ficar no caminho da felicidade de Nico.
— Você acha que eu devia fazer algo mais drástico?
— Eu acho que o Nico faria algo drástico se ele pensar que está atrapalhando.
Percy parou de respirar por um momento e percebeu a gravidade do problema, só agora ele via que Bianca parecia preocupada. Ela não estaria em casa quando a responsabilidade sempre veio em primeiro lugar para os Di Angelo; ela não estaria perdendo aquele precioso tempo se Bianca não pensasse que fosse extremamente importante.
— Eu vou cuidar de tudo. Você não precisa se preocupar.
— É o que eu espero.
Com isso, ambos baixaram a cabeça e continuaram a comer até que Nico voltou, mais calmo e composto. Ambos terminam de comer o resto da comida, e apressado, Nico logo o puxou pela mão e em direção ao carro estacionado em frente a casa dos Di Ângelo.
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Obrigada por ler!
*deep breath*
Dark Starker
Hi, I came earlier than expected. As I had some time free, here's another chapter. There's probably more until Friday, but I'm not sure. Hope you enjoy. And thank you for your support in advance.
In this chapter I need to give some warnings. For those who know me, they know that I always write about sex, whether in the beginning, middle, end or during the whole story, but as this blog is new, I thought it would be good to let you know. Another thing is that, as I am posting as I write, some things may change. So, if there's something new that has changed, I'll let you know in the final notes or here at the beginning. And like, I mean, I don't like very... nice characters, so Percy and Nico's personalities will start to show, okay? Nothing villainous, but it could generate some kind of discussion, and I don't warn you about that things. In fact, I rarely do announcements, although I do enjoy talking about the story. (Warnings are about things I don't usually write about, subjects too taboo, or some kind of non-con). In this way, you are invited to give your opinion on any aspect of the story, whether in Portuguese, English or Spanish. Yes, I'm almost trilingual or would I be polyglot? srsrsr Anyway, I hope it's a good read!
Previous chapters: CHAPTER I / CHAPTER II / CHAPTER III
"Then, let me decide. I just need your permission.”
"Permission to do what?"
Nico watched in slow motion as the hand that had been around his shoulder traveled to the back of his neck, massaging the spot, and gently pulled him closer, tilting his head until it reached just the right position for Percy's lips to finally come down against his in the sweetest, most innocent kiss he'd ever tasted, as if Percy was determined to regain everything they'd lost, starting with a tender, chaste kiss, a light brush of lips, candlelit dinners, and... and a lot of hugging?
The problem was things didn’t stay chaste for long. Moaning and shuddering, Nico felt one of Percy's hands slide down his back in a slow, willing caress, slipping inside his shirt, pressing him against his chest just as he opened his mouth in a needed gasp to have his tongue captured and sucked, so deliciously that he found himself closing his eyes and moaning again, clutching Percy's shoulders fearing he would fly away.
"That’s good, hm?" Percy murmured sometime later, lips still glued to his, nibbling slowly, hands safe and away from any sensitive parts. For now.
That was so unfair! Nico had waited so long for this moment! And now it was hard to think, let alone return an acceptable answer. He had missed that closeness and mostly had missed kissing Percy, even if Nico had only kissed him once before heading off to Italy, embarrassed and with his tail between his legs.
"Baby.” Percy whispered once more against his lips and licked them, catching him off guard once more, his tongue finding Nico’s, sealing their lips together, Percy's hands digging into his hair, pulling it a little, making him moan, while the other hand on his waist dragged him across the bench, pulling him closer, almost putting him in his lap, that is, when coughing was heard somewhere near them.
"Are you gentlemen ready to order?"
The kiss was broken with a wet sound and a needy whimper that came from Nico himself. The truth was simple, Nico was flying, floating in sensations he didn't even remember ever having, and not even the waiter trying to get their attention could stop him from feeling it. Then, his back was placed against the seat of the bench, and Percy's hands returned to his shoulders, now massaging him slowly as if that would calm him down. He heard a chuckle, and then Percy's voice came through the room, husky and slow, asking for wine and the dish of the day. Just one dish. Anyway, it's not like they're going to eat a lot.
"Thanks.” Percy said after a few minutes, Nico was content to sit still and watch the waiter walk away in embarrassment.
“Bad boy, embarrassing poor servants. What will they say about us?”
"Who's bad here?" he found himself saying, not the least bit sorry, although he was not the one who started it.
“You're right, I am. As long as you're good to me.”
He didn't even bother to answer, just looked at the smug expression on Percy's face, so arrogant he had the urge to show him who was in charge. Then, as if by magic, Percy smiled and held his face and pressed their lips against his for a long time in an affectionate gesture that warmed his skin the way something more intense would.
"Don’t be mad.”
"Do you think you can solve everything with kisses?"
"Not everything. Sex and gifts can also help. Who knows a very relaxing massage?”
Nico felt like hitting Percy until he couldn't anymore. Luckily, their food arrived, and an entire bottle with two glasses was placed on the table.
"Are you trying to get me drunk?"
“It's your favorite.”
It really was his favorite, dry and red, strong. A good vintage too. He wondered if every Italian family was like that, looking like they had wine in their veins instead of blood. It didn't matter, so Percy opened the bottle and filled their glasses to the brim.
“To new beginnings and old friends.”
They toasted, taking a few mouthfuls in between kisses and laughter, and drank some more until the bottle was empty, the sky outside long ago dark, lost in the black of the night along with any inhibitions they might’ve had.
***
And as he'd said before, his life was one big cheap cliché. Nico didn't remember how he got home, who opened the door, or how they got upstairs to his room. Had they locked the door? Where was his backpack? And the guitar? Had they--
"Nico… baby…" He threw his head back and moaned. He was so drunk, his legs on Percy's shoulders and hands gripping anything he could get hold of.
It hadn't been long since Percy had thrown him onto the bed and ripped off his shoes and pants, boxers, jacket, and shirt all at once. He barely had time to climb onto the pillows before Percy was there, between his legs, touching, kissing, marking with his teeth wherever they landed. Everything was going so fast that when he least realized it, Percy was licking his cock quickly, from top to base, to go past his balls and then…then his entrance, nibbling and using his fingers and tongue, both of them fighting the drunkenness and the narrow path, so narrow... it'd been so long since he had tried anything, even if that thing hadn’t been successful.
“Nico, are you sure--”
"I am! I am!”
“Is everything fine? It's so tight… hmm…” But Percy was moaning as if he was the one being touched. "And it smells so good…"
Nico was so glad he'd been prepared! He didn't even have time to finish the thought when he felt... he felt Percy's fingers slip out of him, replaced by Percy's tongue, wet and slightly rough, brushing around the puckered area to force himself in, moving rhythmically… he wasn't going to make it, it had been so long since anyone had tried to touch him there, it felt so much better this time, so good he could… his spine bowed and he groaned, a deep sound coming from his lungs, escaping his lips. And, of course, Percy's mouth was already there, momentarily helping to prolong his orgasm, Percy's fingers penetrating him again, now sliding around more easily, the lube finally doing its job. But it was too late. Percy's lips on his cock were too intense, more than he could handle. He finally felt himself coming and coming as Percy sucked him hard, licking the head, making it ache so good he had to pull Percy by the hair to push it away from his cock, still pulsing with the semen that escaped from Percy's lips, trickling down his neck.
"All good?” Percy asked, but he didn't know. It felt like Percy had ripped his soul through the orgasm. Nico could barely open his eyes or breathe, still feeling himself throb and shudder. "I hurt you?”
Nico could only shake his head, trying to control his body. It’d been so sudden that his nerves were still trying to keep up with the events, and he… Nico couldn't remember anyone ever doing this for him, so… so… thoroughly.
“Nico.”
He was trying. He swore he was. He was just having a hard time getting his head to stop spinning.
“Nico, look at me.” So he did, because it seemed simple enough.
"Here you are. My Nico lied to me?”
"I lied?” Nico didn't understand the question. Why would he lie? He blinked slowly and saw that Percy didn't look angry. He was lying between his legs, still fully dressed. Percy held Nico’s hair and stroked it with a pretty smile on his face.
"When was the last time?”
"I don't know. Never? I never got to… you know, go to the end.” He found himself sighing, his eyes growing heavy from Percy's fingers on his scalp, slowly lulling him to sleep.
“That explains a lot.”
“Hm?”
“Why don't you get some rest?”
"Where are you going?” But it was too late. With another sigh, his eyes closed once more, putting him to sleep faster than any pill ever could.
***
When Nico opened his eyes again, it was still dark, and the clock on the wall marked two in the morning. They were still in Nico’s bed, and as usual, Percy had kept his promise; they were sleeping on their sides, the sheet covering them, Percy behind him, hugging him around the waist, with his other hand under... under his head, curling around his neck, chest against back, face against the back of his neck and, maybe, he was holding on to this one arm around his neck like he was hugging a teddy bear close to his chest. Strangely, he didn't feel suffocated the way he would with anyone else, it was like… like a physical reminder that they were here together, and this time Percy wasn't going to let him get away.
What was he doing? A few hours ago he was saying that he wasn't ready and that he didn't want a relationship, and now… what? Was he comfortable staying in that position, trapped in that more than possessive hold, and still… still enjoying it? Approving Percy's attitude? He had sworn he would never let anyone get that close again, in that affectionate way, but this was Percy, wasn't it? Nico knew he could trust him. Right? And after all, it was just sex. What was wrong with that? Even if he was talking about Percy, the person who knew him the most in this world...
That is, he had come back because he missed Percy, but he didn't expect to be reciprocated and much less so quickly, also because they had so much time together and nothing had happened in the past, so why would it happen like this? Out of the blue? He knew Percy tried to be the best version of himself, though, knowing Percy the way he knew him?... Well, Percy wasn't the kind of person to forgive easily, a trait they both shared. Then, no one could blame him if he was expecting to spend time with his friend to finally come to terms with the fact that things between them weren't going to work out. Now, he found himself at this dead end, actually being reciprocated. The truth is, Nico hadn't prepared for any of this, hadn't planned or thought about what Percy liking him back really meant for his future. He would probably have gone back to Italy after graduating in a few years, staying long enough to take care of what he needed, and then…then he would do what his father had been asking him for years.
What was he supposed to do now? This couldn't be a good idea, he was sure something would happen and destroy everything because that was what happened to him, and he would have to deal with the consequences. So why did he get carried away? Was it because of the wine? What excuse would he use now that he wasn't drunk anymore? Why was he still in the same position, as content as he'd ever been, letting himself be held like that and feeling Percy practically press him against the bed in his sleep? And if he--
“Nico?” Percy said hoarsely, his sleepy voice drawing his attention.
"Did I wake you up?”
"Your heart. Is racing.”
To prove his point, Percy brought his hand to the middle of Nico's chest and massaged the spot, moving his hands up and down, making things worse. Nico wanted to cry and wanted to struggle. He wanted to run back to Italy and hide where no one would ever find him again. In the end, all Nico did was lie still, barely breathing, feeling Percy move against him. Percy tucked one of his legs between Nico’s, making him gasp as Percy brushed his lips against the back of his neck, turning Nico’s head slowly toward him until Percy brought their lips together in a slow, affectionate gesture.
"What happened, hmm? What's the problem?” Percy said, sounding more like he was asleep than awake, grinding against him, slow and calm, in control.
Nico didn't know exactly what was going on, he just knew it was working. Feeling skin on skin and so safe, he let his breath out and opened his mouth, finding Percy right there, ready to welcome him sweetly, going back to hugging him tightly, sliding their tongues together, easy and delicious, as if they had always had done that, as uncomplicated as breathing.
"Aren't you going to tell me?" Percy pulled away for a moment and blinked slowly at him, a little more awake.
Nico just looked at Percy, hair tousled and lips swollen, eyes almost closing with exhaustion. That's when reality hit him like a punch in the stomach. He loves Percy, really loves him. Nico didn't like Percy because no one else wanted to be his friend at his worst or because Percy stood up for him during childhood, it wasn't even because Percy had always been his best friend and always would be. Now, looking into those green eyes, he finally realized the truth. How could he not love someone so generous and caring, someone so kind? So helpful, always willing to solve his problems without Nico even having to ask for help?
"I love you.” Nico said without thinking, distracted by the way Percy leaned towards him once more, about to give him another kiss. That made Percy stop in his tracks, wrinkle his nose in a confused expression, and then smile, moving the rest of the distance closer, touching their lips in a light brush.
"I love you more. Very. A lot more.”
It was strange. He didn't feel any different than he had five minutes ago, but it was good for his heart, allowing him to lift a weight off his back that Nico didn't even know was there. Percy saying he loved him didn't make him feel better or worse, either. It was a pretty obvious fact, especially after seeing everything that had happened these last few years. The only apparent effect was to warm his heart, like the phone calls did, like looking into Percy's face and seeing the warm smile there, always available for him, or how Percy's arms were always open to receive him.
“No need to worry about it." Percy said, going back to caressing the middle of his chest, turning him to face Percy and hugging him again, not an inch of distance between them, Percy's hands sliding down his back, one of them digging into the hair at the back of his neck, Percy's favorite place to touch him now, and in the past when he didn't know what that gesture meant. Or when he chose to ignore the fact.
"Worry about what?"
“I can see it in your face.”
"I did nothing.”
“But you want to. So, before you create these stories and act impulsively, talk to me.”
“Per.”
“You promised you wouldn't run away.”
"When was that?”
"When you said you come back to stay."
Nico didn't promise anything, but it was like he had.
In the end, Percy was right. He should worry less. What was the use of anticipating what might happen if the future had so many possibilities? Or those positive, happy thoughts could be Percy's influence on him. Nico suspected that once Percy stopped touching him, those worries would come back like an anvil thrown at his head. However, at that moment, he would let himself be comforted and hugged, he would let Percy's smile light up the darkness around him, and he would let one more kiss make him sigh and forget that tomorrow was a new day and that with it, more problems would appear to worry him.
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Thanks for reading! Comments are always welcome^^
There is this a peculiar set of reasons and biases when it comes to NOT commenting on AO3.
They are all false, but here they are:
Do not comment on old fics
Do not comment on each chapter of a multichapter
Do not comment if the author left the fandom
Do not comment if the author doesn’t respond to comments
It can be summoned up as DO NOT ACT LIKE YOU ENJOYED THE WORK AND YOU LIKE THE AUTHOR.
It comes from the idea, that if you leave a comment on my old work, or leave too many comments, I will think you are strange, clingy, and gross.
Readers are imagining it as commenting on an old Facebook photo — only your granny and creepy strangers do that.
That is not the case with AO3.
Writers put their works there for long-term storage, and we expect, wish, and hope that you will like our works and tell us about it.
This has awful consequences. Fanfic authors feel constant pressure to create more and crippling fear of being forgotten, useless, and being literally kicked away from fandom.
I’m online friends with a few great fandom authors, who wrote storied with thousands of kudos, but ALL of them at some point expressed this fear. Very talented people told me, “I’m not sure if I should have ‘writer’ in my bio. I didn’t post anything new in the last half of a year.”
Some young or entitled readers might say, “Hm, well, they are right. They should create MORE to be relevant. Isn’t that a good thing to push authors to write more?”
For better or worse, life doesn’t work like that. We are talking about real people, who go to real schools, have real jobs, families, and all the other important things outside the fandom. Some of them might push to create more from that fear, but most would only get more frustrated and depressed about the whole fanfic writing.
So, please, if you like the work comment on it.
Even if it’s old, even if it’s a multichapter, even if the author doesn’t have time and energy to interact. Especially in all those cases.
Encourage your authors, and show them your support.
Okay, so, looks like Google Docs might actually start implementing their rule about not sharing explicit content. (This includes writing.) How in the ever loving fuck am I supposed to back up 1,000+ stories that equate to 3 million+ words into fucking Microsoft Word????? And efficiently, for that matter?! HELP.
Oii, como vai? Mais um capítulo! Decidi não me alongar muito na história já que acabei criando uns furos de enredo, o que significa muita coisas para reescrever, mas também encontrei alguns temas interessantes além do relacionamento entre o Percy e o Nico. Assim, vou escrever até o fim de janeiro, em fevereiro vou fazer a versão em inglês e depois passar os proximos meses revisando. Obrigada pela compreensão!
Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII / CAPÍTULO XIV / CAPÍTULO XV / CAPÍTULO XVI / CAPÍTULO XVII / CAPÍTULO XVIII / CAPÍTULO XIX / CAPÍTULO XX
— Eu também te amo.
Percy continuou segurando Nico contra seu peito e só se moveu quando teve certeza que Nico não continuaria o odiando. Se recostou contra o apoio do sofá e trouxe Nico com ele, o tocando delicadamente.
Por um momento, no silêncio da sala de estar, onde se podia ouvir apenas a respiração pesada de Nico que começava a desacelerar, pensou que as coisas entre eles voltaria ao normal e que finalmente Nico ficaria satisfeito. Imaginem sua surpresa ao sentir Nico se mover em seu colo de uma forma bem específica, se esfregando contra ele, o fazendo perder o ar quando sentiu mãos pequenas tocar entre suas pernas sobre a calça, um toque tão suave que o fez arfar, a doce tortura o fazendo se lembrar de sua ereção.
— Você quer…? — Ele ouviu Nico dizer, certa incerteza em sua voz, embora isso não fosse um empecilho para Nico, sentindo as mãos de Nico continuarem a explorar a área, deslizando para cima e para baixo, arrancando um gemido torturado dele.
— Não precisa. — Ele murmurou, ou achava que tinha. Nesses momentos era difícil diferenciar o que era real e o que era criação de sua mente.
— Eu sei que você está… está tentando me tratar com respeito, mas… será que isso é necessário? Não foi por causa de sexo que a gente… se separou?
A insinuação era clara, e a cada dia que passava Percy via o quanto as palavras não ditas faziam a distância entre eles aumentar.
— Você acha que esse é o motivo por eu gostar de você?
— Bem… você sempre diz que eu sou bonito. — Nico disse na voz mais baixa, como se esperasse não ser escutado. Foi nesse momento onde Nico hesitou que Percy se lembrou de desgrudar os olhos do que Nico fazia entre suas pernas e prestar atenção no que Nico dizia. O que mais chamou sua atenção foi a expressão vazia no rosto de Nico, a forma distraída que ele o tocava, como se ele tentasse esconder algo por trás da máscara de indiferença. — Não foi por isso que você procurou outras pessoas quando eu estava bem na sua frente? Por pensar que eu era… puro?
— Nico. Isso não faz sentido! Eu não faria isso de novo. — Quando ele teria tempo de fazer isso? Entre a depressão e a montanha de trabalhos e estudo?
— Não faria? — Nico então levantou a cabeça e o encarou, sem nenhum tipo de julgamento na voz, mas que ainda assim isso o fez se sentir muito julgado. — O que eu tenho que fazer para você não me ignorar?
— Eu não estou te ignorando! — Quer dizer, ele achava que não estava. Certo? Eles não passavam o dia todo juntos? Como Percy poderia ignorar alguém que estava ao lado dele?
— Quando foi a última vez que você fez algo que queria?
— Eu… a gente foi naquela festa semana passada?
— Percy. — Agora Nico parecia a ponto de chorar. — Quando foi a última vez que você fez algo que ninguém te pediu? Você diz que eu não tenho interesse nas coisas? Você também não tem. E agora, nem sexo você quer.
— Não é sua culpa. Não é porque você voltou.
— Estou começando a ver isso. Mas isso não me faz menos culpado.
— O que você quer que eu faça? Tudo o que eu faço é um erro! É melhor que as coisas fiquem assim. Se eu fizer o que as pessoas esperam de mim, eu não vou errar.
— Percy! — O grito de Nico ecoou pela sala, o fazendo abrir bem os olhos. Com a garganta seca, Percy observou Nico se levantar de seu colo e se ajoelhar entre suas pernas, os olhos cheios de lágrimas, apoiando as mãos em coxas e apoiar o rosto em seu colo, pronto para começar a implorar. — Ninguém está pedindo que você seja perfeito!
— Eu tenho que ser!
— Eu nunca devia ter voltado! Se for para ver você assim, era melhor ido para outro lugar. Doeria menos. Você pode dizer o que quiser, eu sou culpado por você estar agindo assim de novo.
— Como você poderia fazer isso?
— Eu fiz você se lembrar do passado.
Nisso Nico estava certo. Percy estava pensando sobre sua infância com mais frequência do que o costume. Ele tinha trabalho para se livrar dela e agora que suas memórias vinham à tona era difícil diferenciar a pessoa que ele costumava ser e a pessoa que ele era agora.
— Por favor. — Nico enfim implorou na voz mais miserável que ele já havia escutado. — Eu não quero que você se reprima por causa de mim. Eu sei que você se importa comigo e eu me importo com você. Eu só… eu quero viver essas coisas com você. Quero acordar todos os dias do seu lado e quero estar com você todos os dias, quero que você tenha todas as coisas que deseja e quero… quero, hm… você sabe… não me importo se você for… não tão bondoso na cama. Eu gosto… de verdade. Quer dizer, você nem sempre foi um santo, talvez um pouco vingativo, e também--
— Fico feliz que você pense isso de mim. — Percy disse e sorriu sinceramente pela primeira vez em muitos dias, interrompendo Nico. O garoto queria que ele fosse sincero e fizesse o que queria, não? — Isso não é justo. E como você fica nisso?
— Eu? Eu fico com você. — Nico disse e sorriu de volta para ele, ainda com a cabeça em seu colo, se esfregando nele feito um gatinho. — Prefiro ver você agindo feito a pior pessoa do mundo do que ver você se transformando em uma casca vazia.
— Nico. — Percy se inclina para a frente a segura Nico pela nuca, o fazendo levantar a cabeça. — Eu não quero abusar de você. Sinto que isso vai acontecer se a gente continuar assim.
— O que você está esperando, então?
— Nico!
— Não há nada de nenhum de nós possa fazer. O estrago já está feito. Agora, você tem que se responsabilizar pelo o que fez.
— E o que seria isso?
— Você pode começar me levando pro quarto e tirando minha roupa.
— Eu não tenho certeza.
— Mas eu tenho. — Nico fez um biquinho fofo, e Percy se viu sorrindo novamente, observando Nico se esticar em direção a ele ainda ajoelhado e o beijar docemente. — Eu posso esperar.
Quando Nico falava assim… tão convincente, Percy quase podia ver a razão nisso tudo. Embora não entendesse de verdade. Quem gostaria de ser tratado como Nico tinha sido e ainda pedir para continuar sofrendo ao lado de uma pessoa como ele? Percy tentaria mais uma vez. Se Nico tinha se ajoelhado a seus pés e colocado a cabeça em seu colo feito um pet de estimação, Percy também poderia se esforçar para ser um bom dono.
***
Sinceramente? Percy não pensava que seria tão fácil se render depois de tanto tempo lutando contra essas vontades. Era uma visão magnífica observar Nico se levantar do chão. Ainda com as calças abertas, cabelos bagunçados e lábios inchados, Nico ofereceu a mão a ele. Percy não hesitou, como tinha prometido, subiu as escadas em direção a seu quarto. Se sentou na beirada da cama e tirou as roupas de Nico. Primeiro, a camiseta de caveira, depois, puxou as calças de Nico para baixo, levando junto a cueca, tirando os allstar’s e meias, se permitindo um momento para apreciar a beleza de Nico.
No fim, o que seu bebê tinha dito era verdade. A primeira coisa que tinha chamado sua atenção em Nico era a beleza natural. Longos cílios, olhos negros profundos, boca carnuda, pele macia, quadril arredondado, longas pernas, a voz mais doce mesmo quando zangada e principalmente aquela aparência de garoto bem-comportado, sempre obedecendo o que ele dizia. Tinham suas exceções, é claro, momentos como esses em que eles se encontravam, onde Nico implorava, nunca parecendo exigir e dar uma ordem, não como ele faria.
— E agora? Como a gente fica? — Era um pergunta retorica, e ambos sabiam disso. Percy sorriu e Nico se aproximou mais, se colocando entre suas pernas, segurando em seus ombros.
— Você quer ver uma coisa?
— Depende. É uma surpresa?
— Você poderia dizer isso.
Nico sorriu e correu em direção ao guarda-roupa, voltando com um caixa dourada com uma tampa em cima.
— Você comprou pra mim?
— Não, é pra mim. — Ainda sorrindo, Nico disse e tirou a tampa revelando uma bela coleção de brinquedos, só que esses brinquedos eram para adultos. Três dildos de diferentes tamanhos, uma bolinha vibratória, algemas, pregadores de mamilos e até uma palmatória. E muito lubrificante, no mínimo três tubos grandes.
— Tem certeza que você não andou se divertindo com alguém? — Ele nem poderia culpar Nico se esse fosse o caso.
— Eu não quero ninguém além de você me tocando. Isso tudo é sua culpa! Eu aqui me oferecendo e dizendo que você pode fazer o que quiser comigo e você tendo uma crise de consciência? Nunca pensei que algo assim aconteceria.
— Ei! Eu não sou tão ruim!
— Não é agora.
— É exatamente por isso que eu prefiro ir devagar.
— Desculpa. Eu também mudei. Mas se eu soubesse nunca teria fugido. Pelo menos, você não fez o mesmo eu fiz.
É, Percy até poderia imaginar. Para onde ele fugiria? Para casa do pai? Olhar para a cara da madrasta que o odiava ou lidar com o meio-irmão que o perseguia quando a mãe não estava vendo? Sem chance.
— Eu precisava de um tempo. Quero ter certeza que algo assim não vai se repetir.
— Eu sei. Eu estava seguro em Verona. Hades não tem coragem de enfrentar a nona. Se ela soubesse de tudo hoje Hades não teria um centavo.
— Por que você não contou pra ela?
— Não é importante. Ela já me mima demais. — Mas Nico dizia isso com um sorriso no rosto, parecendo se lembrar de tempos felizes. — A gente não precisa fazer nada hoje. Nem amanhã. Eu quero que você saiba que estou aqui e que você não precisa se sentir culpado, porque eu nunca te culpei de nada. Tudo bem?
Nico pegou a caixa de suas mãos e a colocou na cama para logo em seguida sentar em seu colo, o beijando mais uma vez. E talvez… talvez não fosse tão ruim assim se deixar levar um pouco.
***
Então… hmm… Percy descobriu que gostava muito daquela caixa de brinquedos que Nico tinha montado. Especialmente a bolinha vibratória. Ela tinha o tamanho de seu dedão e era rosa fosforescente, com um fio longo e um botão no meio. Realmente interessante. E já que Nico tinha comprado todas aquelas coisas, seria um desperdício não usá-las.
Ele pegou as algemas, o lubrificante e a bolinha, e bem, ali estavam eles. Nico deitado contra os travesseiros, de costas na cama e mãos presas em cima da cabeça no batente da cama, enquanto ele se encontrava entre as pernas de Nico, completamente vestido. Era até engraçado. Percy tinha apertado o botão na bolina e ela tinha começado a vibrar imediatamente, o fazendo rir e dizer “Foi você quem pediu por isso” e antes que Nico pudesse reclamar, Percy levou o brinquedo que vibrava loucamente para as pernas de Nico, seguindo o mesmo caminho com sua boca. Parecia que Nico não sabia o que fazer, se ele ria por causa da vibração ou se gemia, marcas de mordidas, de dentes roçando em sua pele e chupões de lábios em lugares que nunca tinham sido marcados antes.
— E agora? Devo parar? — Percy disse na voz inocente, subindo com a bolinha entre as pernas de Nico, parando em sua virilha antes alcançar alguma parte mais sensível.
— Não! Por favor!
— O que eu ganho se continuar?
— Qualquer coisa!
— Eu não sei… parece muito genérico.
— Um-- eu… eu te chupo? Ou…
— Ou?
— O que você quiser.
— Mesmo?
— Hmhm. — Nico suspirou e arfou, porque Percy tinha cansado de brincar. Ele levou a bolinha um pouco para baixo e a pressionou contra o membro de Nico, que de semi ereto, em um passe de mágica, parecia tão duro a ponto de doer. Percy deslizou o vibrador pela base do membro e subiu lentamente, chegando na pontinha e se demorando por lá, pressionando em pequenas voltas na cabecinha a avermelhada.
Percy não podia acreditar em seu olhos, ele pressionou só mais um pouquinho e de repente, Nico estava gritando, o pequeno membro pulsou em sua mão e expeliu mais rápido do que Percy pôde reagir. Ele tirou o vibrador do membro de Nico e observou Nico se contrair todo, respirando como se tivesse corrido uma maratona. Mas ele queria mais, Nico reagia tão forte as vibrações que Percy queria ver até onde Nico aguentaria.
Ele ligou o brinquedo novamente, o sentindo vibrar em sua mão por alguns momentos e esperou até que Nico não estivesse a ponto de ter um ataque de asma, e devagar, como se nada tivesse acontecendo, voltou a encostar a bolinha na pele de Nico, perto do seu quadril, descendo pelas longas pernas. Tudo o que Nico fez foi arfar surpreso, e ainda tremendo, não disse nada e nem mesmo se moveu como protesto, apenas olhou para Percy o olhar meio perdido e meio extasiado, confiando em Percy e se permitindo sentir, como se isso fosse tudo o que desejava fazer. Então, Percy, como o cavalheiro que era, continuou com sua exploração. Voltou a subir com o vibrador e chegou mais uma vez a virilha de Nico, dessa vez passando direto por seu membro e tocando em seus testículos, vendo Nico abrir os lábios em um gemido silencio, seu corpo tremendo sem seu controle. Para Percy a experiência toda parecia dolorosa, a forma como Nico se contraia e se curvava, os gemidos agudos, se não fosse a expressão de completo prazer no rosto de Nico, pensaria que… não… era melhor ele não pensar nisso.
Percy se concentrou no que estava fazendo e finalmente levou o vibrador mais para baixo, encontrando a entrada de Nico, que deixou escapar um gemidinho tão gostoso que Percy teve vontade de tornar as coisas ainda mais interessantes. Mas, não, isso era suficiente. Então, ele roçou a bolinha ao redor da entrada até que ela entrou, sumindo dentro de Nico. Talvez ele tenha exagerado, Nico abriu bem olhos e se remexeu, choramingando e arfando, como se nunca tivesse feito isso antes, mas como Nico não fez nada para pará-lo, Percy continuou. Ele puxou o vibrador pela cordinha e pressionou de volta, brincando com a entrada, fez isso por tantas vezes a pele começou a ficar inchada, como quando você beijava alguém por um longo tempo e esse era o resultado.
— Por favor! — Nico implorou, se contraindo na cama, costas curvadas e cabeça jogada para trás, parecendo a ponto de gozar mais uma vez. E quem era Percy para negar seu doce bebê.
Ele pressionou a bolinha mais uma vez para dentro, fazendo Nico estremecer e dessa vez, a empurrou mais para dentro, inserindo seus dedos juntos, movendo o vibrador ao redor. Nico foi a loucura, começou a implorar sem parar e segurou no batente da cama, seus dedos dos pés se curvando. Foi um momento mágico para Percy, com dois dedos, ele levou a bolinha um pouco mais adentro e pressionou naquele lugarzinho que ambos conheciam bem. A reação foi imediata, Nico gritou com toda a força e Percy se maravilhou, ele nunca tinha visto Nico gozar tão rápido e forte, fazendo o orgasmo de Nico atingir seu peito.
— Bom garoto. Tão obediente. — Ele disse enquanto puxava a bolinha pela corda, enfim a trazendo para fora. Nico caiu na cama e soluçou, ainda terminando de gozar com uma estranha expressão presa entre agonia e êxtase. Talvez ele tenha exagerado, mas Percy deixaria para que Nico decidisse isso, já que ele próprio não sabia se fugia para longe, enojado consigo mesmo ou tentava não pensar na ereção ao ver Nico sob seu controle dessa forma.
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Obrigada por ler! Sua presença é muito bem vinda e sua opnião ainda mais!
Até logo.
Oii, como vai? Mais um capítulo fresquinho. Completamente sem revisão, então relevem os erros.
Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII / CAPÍTULO XIV / CAPÍTULO XV / CAPÍTULO XVI / CAPÍTULO XVII / CAPÍTULO XVIII / CAPÍTULO XIX / CAPÍTULO XX / CAPÍTULO XXI / CAPÍTULO XXII
— Você tem estado muito suscetível a... sugestões. Sou eu ou é algo geral?
— Só você. Acho que... eu confio em você.
— Me sinto honrado. — Percy disse sem nenhuma ironia, o tom de voz baixo e aveludado dando lugar a algo mais normal. — Eu tinha medo que isso acontecesse. Nunca vou abusar da confiança que você me dá.
— Eu sei disso. Nunca duvidei disso.
— É por isso que tenho que falar algo com você.
Essa não. Será que ele estava encrencado?
Nico observou Percy se levantar e pegar uma caixa que estava no pé da cama, um pouco maior que uma caixa de sapatos.
— O que é isso?
— É a surpresa que eu queria te mostrar.
Nico tinha até medo de olhar. O que poderia ser tão importante que Percy sentiu a necessidade de esconder do resto da família? Hesitando, Nico se manteve quieto, encostado contra a cabeceira da cama e esperou Percy se aproximar mais uma vez, se sentando a seu lado.
— Estive pensando sobre o que você me disse, que eu não levo a sério o que você diz.
— Eu sei que você--
— Eu não terminei. — Percy nem mesmo faltou mais alto, porém seu tom de voz demandava obediência. E Nico já estava cansado de lutar contra seus instintos, então, Nico apenas se calou e prestou atenção em Percy.
O problema nisso era que Percy parecia culpado por alguma coisa, seu rosto se contorcendo numa careta. Nico continuou esperando, vendo Percy quase se remexendo de ansiedade. É claro, até Percy suspirar e olhar mais uma vez para ele, parecendo tão conformado quanto Nico.
— Eu não queria falar assim com você. — Percy enfim disse, tentando soar despreocupado.
— Eu não me importo. Se você me disser para fazer, eu vou. É algo natural pra mim, sabe?
— Nico. — Percy suspirou mais uma vez, parecendo cansado.
— Você poderia... apenas... fazer o que parece natural para você também? — Quando Percy levantou as sobrancelhas, parecendo descrente, Nico completou: — É só uma sugestão.
— Vou pensar sobre isso.
— Quer dizer, você sempre teve essa aura de...
— Autoritário?
— É mais, tipo, você espera ser obedecido. E está tudo bem?
— Isso é uma pergunta ou afirmação?
— Depende de você. — Nico acabou dando de ombros, tentando fingir a calmaria que ele não sentia no momento.
— Você quer me dizer que eu posso ser autoritário o quando eu quiser que você vai me obedecer? Sem questionar?
— Hm... provavelmente? — A resposta certa era “com toda a certa”, mas isso seria humilhação demais para uma pessoa só.
— Mesmo? Até quando você não concorda?
— Eu acho que sim. — Nico deu de ombros novamente e desviou a olhar para longe de Percy. Na maioria das vezes era o que acontecia de qualquer jeito; ele não queria e no fim, Percy estava certo. Se ele tivesse escutado Percy no passado, poderia ter evitado muitas coisas.
— Bebê. — Então, ele ouviu o tom de voz de Percy mudar, se tornando mais suave e aveludada.
Não era que ele tivesse uma vontade incontrolável de obedecer, era o conhecimento que ele seria muito bem recompensado se decidisse ser um bom garoto. E ele foi, imediatamente ao escutar aquela palavra. Percy o segurou pelo pescoço, o fazendo levantar a cabeça e o beijou, juntando suas línguas em um suspiro.
— Eu não quero que você se sinta preso ou que não tem alternativa. — Percy disse algum tempo depois, roçando os lábios junto aos seus.
— Eu não me sinto assim. Me sinto livre sabendo que você vai cuidar de mim.
— Você tem certeza?
— Eu confio em você.
— Tudo bem, então.
Percy se afastou de Nico o suficiente para olhar em seu rosto e sorriu, parecendo dessa vez estar contente, porém ainda o segurando pelo pescoço, possessivo e firme, ainda que sua voz permanecesse suave.
— É por isso que preciso te mostrar o que tem dentro dessa caixa.
Percy, então, o soltou e pegou a caixa mais uma vez, a colocando entre eles, no próprio colo. Percy a abriu, tirando o laço e a tampa, dando tempo de Nico examinar o conteúdo dentro dela.
— O... que é isso? — Sua voz saiu fraca e suas mãos tremeram, apoiadas no próprio colo.
Nico sabia perfeitamente o que aqueles objetos eram. Sabia exatamente o que eles significam, o problema é que seu cérebro se recusava a acreditar no que via. Por que logo agora? Depois de tanto tempo? Por isso permaneceu parado feito uma estátua, mal conseguindo respirar.
— Eu não te tratei como devia. Ignorei o que estava claro. — Percy disse, voltando a segurar em seu pescoço, o forçando a encará-lo. — Entendo por que você hesitou por tanto tempo, por que as vezes ainda hesita.
— Eu--
— Eu hesito pelo mesmo motivo. — Percy pareceu respirar fundo e tirou uma gargantilha de couro com pedras preciosas a enfeitando. — Quero que você saiba, estou comprometido e nunca mais vou fugir das minhas responsabilidades.
Nico achava que iria desmaiar. Percy estava o pedindo em casamento? Mais uma vez? Agora da forma que ele nunca esperava que fosse acontecer? Nico nem mesmo sabia o que dizer! Era obvio, não? Esperou esse por esse momento desde que colocou os olhos no garoto alto que parecia ter saído de um pornô clichê onde o cara mal iria fazer a mocinha se arrepender de andar sozinha pelas ruas desertas. Nada o preparou quando o momento enfim chegou, Percy segurou a gargantilha delicada entre os dedos, a levou a seu pescoço e a prendeu cuidadosamente, tento certeza que não estaria apertado demais.
Ele... ele não sabia... seria impressão sua ou... ah, não, Nico não estava enganado. Assim que a gargantilha se acomodou a sua pele, Percy envolveu o couro, colocando a mão ao redor de seu pescoço e tocou ao redor da gargantilha, massageando sua pele e admirando a joia. Entretanto, foi o olhar no rosto de Percy que roubou seu ar; Percy o olhava como se ele fosse... como se ele fosse--
— Meu. — Percy disse. — Agora você é meu.
Por que era tão difícil respirar? Por que Nico estava tremendo tanto?
— Eu...
— Eu sei. — Percy disse no tom mais condescendente que Nico já tinha ouvido, quase maldoso, quase zombador, mas ainda... suave, como se Percy falasse com alguém que fosse lento mentalmente. — Sem pressa. Eu mesmo nunca imaginei que iria fazer algo assim.
— Tão malvado. — Nico conseguiu balbuciar, Percy obviamente lhe dando tempo para absorver os fatos, ainda o segurando pelo pescoço, como se Nico fosse sua possessão e não um ser humano.
— Você não viu nada. Mas acho que ainda não estamos prontos para isso.
— Hmm... — Nico gemeu apenas em imaginar no que poderia acontecer. Será que ele já podia desmaiar? Seria muita humilhação?
Ele ouviu uma risadinha zombadora e então mãos estavam ao redor dele, massageando sua coluna e cabelos do jeito que ele mais gostava. No fim, Percy estava certo mais uma vez. Ele não estava pronto para nada disso. Se só uma coleira ao redor de seu pescoço o fez reagir assim, o que aconteceria quando... quando as coisas realmente acontecessem?
***
— Shhh... tudo bem. Eu não vou ser mal com você, hm?
— Mentiroso. — Sua voz falhou e Percy riu novamente, bem no pé de seu ouvido.
— Talvez um pouquinho. Eu sei que você gosta.
— Para!
Percy estava certo, como sempre. Por algum motivo, Nico se viu rindo, batendo no braço de Percy que apenas riu mais, se divertindo com sua dor.
— Tá bom. Parei. Agora, vamos o que é importante.
— Como o quê?
— Tem alguma coisa que eu devo saber? Limites fortes ou fracos? Algo que você não gosta de jeito nenhum?
— Oh. — Era uma boa pergunta.
Ele não tinha feito tantas coisas assim. Deixou alguns caras baterem em suas nádegas e algum bondage, mas tirando isso? Nada que fosse interessante. Quer dizer, teve aquela vez em que ele deixou que dois garotos usassem sua boca...
— Nico?
— Eu não sei. Nunca fiz nada muito diferente.
— Queria seria?
Agora Percy olhava pare ele parecendo que iria arrancar a verdade de Nico, ele querendo ou não.
— Hm... você sabe...
— Não. Eu não sei.
— Teve uma vez que uns garotos... que eu chupei uns garotos e... um cara usou o cinto em mim...
— E?
— Fui amarado também.
— Isso é tudo?
— Eu prometo.
Na época tinha sido bem aventuresco, entretanto, se ele analisasse a noite passada, ninguém o tinha feito gozar daquela forma e o fazer flutuar por tanto tempo. Talvez fosse algo mais psicológico do que físico.
— Bebê. — E de novo, aquele tom de voz condescendente que o deixava puto da vida e fazia seu estomago se encher de borboletas voltava. — O que aqueles garotos no banheiro iam fazer com você é muito interessante do que isso. Tem certeza?
— Quem você pensa que eu sou? Uma puta para deixar qualquer um me usar?
Não! O que ele tinha acabado de falar? Nico até tinha medo de encarar Percy, mas ele fez mesmo assim. Devagar, virou a cabeça em direção a Percy e viu um brilho estranho em seus olhos, um sorriso de canto um tanto cruel.
— Esse é o jeito de falar com seu dono?
Nico não entendeu o que acontecia até escutar o som estalado e agudo, então, veio a ardência que o fez gemer, um lado de sua bunda queimando com o impacto.
— Me-- me desculpa. — Nico murmurou, baixinho, parecendo perder as forças, ainda sentado no colo de Percy.
— Eu entendo. Mas um bom garoto não fala assim com as pessoas, hm?
Nico acenou e Percy beijou seu rosto, massageando a pele levemente avermelhada.
— Agora, sobre o que estávamos falando?
— Limites?
— Sim. Tem algum que eu deva saber?
— Nada nojento? Ou... líquido.
— Eu nunca faria isso. Você é o meu bebê e eu só quero o que for o melhor.
— E você?
— Hm. Acho que bondage, nada que impeça eu de me mover. E garoto desobedientes e malcriados
— E sobre... garotos arteiros? — Nico tinha que ter certeza.
— Com tanto que você saiba das consequências.
— Oh.
Será que ele iria querer desapontar Percy a esse ponto? E que tal só um pouquinho?
— Eu sei o que você está pensando. Pode parar agora. Você só tem que pedir, não importa o que seja.
— Eu sei. É mais divertido assim.
— É melhor você não me testar, sim?
— Tão malvado. — Nico sabia que ele tão pouco era alguém fácil de se lidar. Ele podia ser mimado e distante, perdido no próprio mundo, e também podia ser imprevisível, fugindo de qualquer coisa que ele não gostasse sem deixar qualquer rastro. — Eu vou me comportar.
— Bom garoto.
— E as outras coisas dentro da caixa?
— É um assunto para outra hora. Agora, nós vamos deitar e ter uma longa soneca. As provas estão chegando e precisamos estar descansados, hm?
Percy beijou seu rosto e o colocou contra os travesseiros, se deitando a seu lado em seguida. Percy estava certo, com tudo o que aconteceu Nico não tinha estudado tudo o que precisava, então, infelizmente algumas horas seriam gastas em frente a uma pilha de livros.
***
Nico bocejou e se encostou contra as almofadas, sentindo o sol de fim de tarde atingir seu rosto. Quando ele menos percebeu faltava uma semana para o início das provas do meio do ano. Agora, eles estavam no jardim perto da piscina, mesas e almofadas para todos os lados, embora Percy e os amigos não estivessem tão interessado no cronograma de estudos que ele tinha criado. Percy, Tyson, Luke e Grover estavam na piscina enquanto ele, Silena e Clarisse, ocupavam uma mesa, com Chris plantado ao lado de Clarisse feito um bobo apaixonado mesmo depois de tantos anos.
Se ele pudesse também estaria se divertindo, Nico podia pensar em várias coisas que gostaria de estar fazendo. Um exemplo disso, era a surpresa que ele tinha aguardado para Percy que ainda não tinha tido a oportunidade certa para fazer. Não que ele ainda precisasse surpreender Percy, porém, não seria legal se ele se esforçasse o tanto que Percy se esforçava?
Nico tinha que ser sincero. Não esperava que Percy fosse levar a sério essa coisa de dominador e submisso. A prova disso era a gargantilha em volta de seu pescoço e claro, o anel em seu dedo. Ele não podia deixar de tocar no pedaço de couro em sua pele, feito uma coleira, não o deixando esquecer dos últimos dias. Nada tinha realmente mudado, embora ele se sentisse diferente. Mais tranquilo de algum jeito. Seguro. Quer dizer, Percy agora não hesitava quando queria algo dele, o que era um ótimo desenvolvimento. A questão é que... as coisas eram quase como elas costumavam ser no passado, quando eles eram crianças e as coisas eram mais simples. Se ele ignorasse a ansiedade que costumava sentir e a falta de sexo, era como se tivessem evoluído o que eles já tinham. E ele gostava muito disso, lhe dava um conforto que gesto ou palavra alguma conseguiria.
— Nico, você está me ouvindo?
— Hm?
Era Clarisse, irritada com ele. Ela tinha os braços cruzados e revirava os olhos, impaciente.
— Se você vai fazer isso, é melhor você ir lá. Qual foi a última palavra que você leu?
Era uma boa pergunta.
— Desde quando você se tornou tão dependente dele? — Clarisse, insistiu, se levantando.
— Eu não sou dependente de ninguém. De onde você tirou isso?
— Você acha que engana alguém? Ele até te colocou numa coleira!
— Não sei do que você está falando. — Nico nem mesmo levantou a voz, e mesmo fosse verdade, ele estava feliz de finalmente ser encoleirado.
— Nico! Para de brincar com essa gargantilha e presta atenção!
Clarisse antou até ele, segurou em sua mão e o fez levantar junto com ela. E então, o empurou em direção a piscina.
— Vai lá. Não volte aqui até que você consiga se concentrar.
— Eu não s--
— O que está acontecendo aqui?
Bem que Nico tinha percebido o sol sumir. Era apenas Percy parado atras dele, fazendo sombra.
— Nico sente sua falta. Cuide disso.
Com isso, Clarisse se sentou nas almofadas mais uma vez e se encostou contra o peito de Cris que sorriu satisfeito, ambos voltando a seus livros.
Isso não era justo! Ele não tinha um peito firme para se encostar enquanto estudava.
Nico se virou em direção a Percy, prestar a dizer exatamente isso a ele, parando antes que pudesse continuar. Nico se lembrava do que aconteceu nas outras vezes que tinha levantado a voz para Percy, e se ele fizesse isso agora Percy também não se reprimiria.
Nico sorriu, engolindo a indignação e olhou para Percy, esquecendo por um momento a raiva. Percy ainda pingava da água da piscina, tinha os cabelos jogados para trás e vestia uma sunga tão justa que não escondia nada. Não que Percy estivesse tentando.
Ele abriu a boca, pensou melhor e disse:
— Você precisa usar algo tão pequeno?
Mas Percy já estava sorrindo, vindo o resto do caminho em sua direção. Ele abriu os braços e imediatamente Nico foi envolvido por ele, sendo puxado contra o peito de Percy e se molhando no processo. Isso também era injusto, nenhum garoto de dezessete anos deveria ser tão alto ou ter aqueles músculos.
— O que foi? Cansou de estudar? — Percy o levantou do chão, o fazendo enrolar as pernas em volta dele. E tudo o que Nico escutou foi “está na hora de ir para o quarto?”
— Percy! Você devia estar estudando comigo!
Oh, não! Nico pensou, mal tendo tempo de segurar nos ombros de Percy, sentindo o impacto que mesmo sobre o tecido dos shorts, o fez gemer.
— Eu sei, bebê. — Então, Percy o segurou pelo queixo e o fez encará-lo, o beijando suavemente, o fazendo esquecer que eles tinham uma plateia. — Nós estudamos bastante essa semana. Nunca estive mais preparado, hm? Que tal a gente descansar um pouco? Só nós dois?
Parecia uma pergunta, mas não era uma. No meio de assobios e gritos, Percy o levou para dentro da casa, subindo as escadas como se Nico não pesasse nada, o encarando bem de perto enquanto ia.
— Qual o problema?
Essa era a questão. Pela primeira vez em muito tempo Nico não tinha nenhuma preocupação que não fosse passar em suas provas. Então, ele não podia dizer que era um problema. Era a solução, de fato. Nico estava estranhando a facilidade que ele tinha em deixar tudo nas mãos de Percy e se manter em seu pequeno e perfeito mundo onde nada parecia ser capaz de afetá-lo se Percy quisesse assim.
— Não é nada. — Ele enfim disse quando chegaram no quarto e Percy o colocou sentado na ponta da cama, se ajoelhando no chão entre suas pernas. — Está tudo bem?
— É claro, bebê. Nunca estive melhor.
Isso era verdade. A cada dia que passava Percy tinha mais energia e vigor, e devagar, tomava conta de todas as decisões que se referia a ambos. Eles fariam uma viagem? Percy decidia para onde. O que eles comeriam de manhã? Geralmente seu prato estaria pronto antes dele ter que pedir. Quer dizer, era sempre o que Nico gostava e do jeito que ele mais gostava, cada decisão parecendo ser algo que Nico escolheria por si mesmo se tivesse a chance. Às vezes, era até melhor. Sinceramente? Era um fardo que ele com muita alegria estava feliz de se livrar. Entretanto, ele não queria que isso se tornasse um peso para Percy, algo que ele fazia por obrigação.
— Está tudo bem mesmo? Suas notas melhoraram?
Isso pareceu fazer Percy parar por um momento, o observando mais de perto. Percy não tentou sorrir, ele o segurou pela nuca e o abraçou apertado, fazendo algo em seu peito se aquietar.
— É sobre a nossa relação? Está sendo muito?
— Não, eu gosto. — Nico negou, o abraçando de volta tão forte quanto Percy havia o abraçado. — Eu me preocupo com você.
— Bem, não esquente essa sua cabecinha, mm? Está tudo sob controle.
— Tem certeza?
Percy beijou seu pescoço e disse:
— Contanto que você permita, vou cuidar de tudo.
— Você me trata tão bem. Ninguém fez tanto por mim quanto você faz.
— Acho bom. Espero que ninguém faça ou teremos um problema.
Nico queria rir. Ele também esperava que ninguém fizesse, porque se esse fosse o caso, signifaria que eles não estariam mais juntos. Ao invés de responder, Nico preferiu deixar que Percy decidisse os proximos passos; se seria sexo, um longo banho ou uma soneca no meio do dia, não importava para Nico. Se eles estivessem juntos, era o suficiente para ele.
***
No fim, eles tinham decidido por um banho na jacuzzi, um longo e relaxante banho onde Percy tinha massageado suas costas e feito a tensão que ele nem sabia que tinha, desaparecer como num passo de mágica. Percy estava sendo tão bom para ele que Nico finalmente havia achado a oportunidade perfeita para colocar seu plano em ação.
Ele deixou que Percy o secasse dos pés à cabeça, como em qualquer dia, o carregasse até a cama e o beijasse antes de Percy se levantar e ir colocar as toalhas no cesto de roupas sujas. Nico aproveitou esse momento para pegar o pacote dentro do fundo de uma gaveta e entrou no closet, uma porta que ficava perto do guarda-roupa e que eles raramente usam. Felizmente, ele finalmente teria um uso.
Rasgando a embalagem, Nico tirou as duas peças e as seguros entre os dedos, percebendo que talvez tenha comprado em um tamanho menor do que tinha planejado. O tecido era uma de seda deliciada e de cor rosa clarinha, parecendo ser tirada de um tule, porém bonita e feminina. Ele achava que Percy iria gostar, seria um contraste interessante contra sua pele. Bem, Nico não sabia até experimentar. Então, pegando a tanga, colocou os pés nos espaços certos e vestiu a parte de cima, sentindo a seda deslizar por sua pele.
Agora Nico sabia por que as mulheres gostam tanto desse tipo de lingerie, o tecido era tão macio e fino... era como se ele nem estivesse usando nada, mas, mesmo assim, estivesse sendo acariciado.
— Nico? Onde você está? — Ele escutou Percy o chamando.
Era agora ou não, certo?
Nico nem mesmo pegou um roupão antes de abrir a porta do closet. Ele apenas arrumou a canga e caminhou para dentro do quarto, parando perto do batente da porta. Ele se sentiu um pouco ridículo com aquela roupa cheia de fru-fru? Sim. Porém, tudo valeu a pena no exato momento em que encontrou Percy no meio do cômodo, vendo a expressão no rosto de Percy ir de confuso para chocado e então, o puro prazer.
Ele andou o resto do caminho e parou em frente a Percy, decidido a ser o melhor dos submissos. Ele abaixou levemente a cabeça, mostrando respeito e colocou as mãos trás das costas, permitindo que Percy visse sua frente.
— Tão bonito. Tudo isso é pra mim? — Percy disse mais sério do que Nico esperava. Sua voz soando mais firme e grave, ainda sem tocar nele.
— Eu queria fazer uma surpresa. Você gostou?
Nico esperou pacientemente, segurando o folego. Isso era porque Percy não gostava de ser surpreendido. Eles nunca tinham conversado sobre essas coisas, mas no fundo Nico sabia que isso era verdade. Se Percy fosse surpreendido, quer dizer que ele não tinha o controle do que acontecia. Mas ainda assim, Nico queria ver a reação de Percy, talvez assim Percy não fosse tão cuidadoso com ele. Não o entendam mal, ele amava cada dia que passava ao lado de Percy, mas a... excitação não acontecia com tanta frequência como ele gostaria. Talvez isso fosse o que eles precisavam.
— Meu bebê está tentando me provocar, é isso?
— Está dando certo?
Nico espiou entre os cílios e viu um brilho estranhos nos olhos de Percy.
Nesses momentos as feições de Percy se transformavam completamente. De calmo ele se tornava sério e... e algo mais que era difícil definir. As vezes era brincalhão, e outras, maldoso, como se Percy se divertisse com sua angústia. Percy nunca perdia a calma, entretanto, era como se algo além disso viesse a superfície, algo que Percy escondia e que apenas se manifestava se provocado.
— Você quer descobrir?
Bem, Nico teria respondido se pudesse, se tivesse sido uma pergunta. Era mais um aviso, um comunicado do que estava prestes a acontecer.
Ainda segurando o folego, Nico continuou a observar Percy, como ele parecia estar se preparando para fazer algo... tinha sido um erro? Quem ele devia ter avisado e-- Percy então se moveu. Apenas um passo para a frente e suas mãos quentes estavam sobre Nico, no pescoço, puxando sua cabeça para trás e em sua cintura, o mantendo no lugar. O que tinha sido uma boa ideia. Sem nenhuma roupa para cobri-lo, as sensações pareciam mais intensas, o fazendo estremecer dos pés à cabeça.
— Nós não conversamos sobre isso. Você sabe o que uma palavra de segurança é?
— Oh. — Ele sabia! Finalmente! Nico sabia e tinha esperado por esse momento. O problema era que ele se encontrava com dificuldade para falar. Então, acenou, se sentindo preso pelos olhos de Percy que o fitavam, intensos.
— Use suas palavras, bebê. — Nico sabia que o apelido devia suavizar o momento, mas ele só se sentia mais tenso, se preparando para o que estava prestes a acontecer.
— Eu-- eu tenho. Torta?
— Você tem certeza? — E agora tinha um certo tom de humor da voz de Percy, suas covinhas aparecendo.
— Na verdade, não. Sei como funciona, mas nunca usei uma antes.
— Nunca? — Percy franziu a testa, parecendo nada contente. — Isso é muito irresponsável.
— Eu sei, mas…
— Me diga.
— Eu não consigo falar muito, sabe? Durante.
Isso pareceu acender uma luz no rosto de Percy.
— Vamos manter isso em mente. Agora, deixa eu ver... quem comprou isso pra você? — Mas Percy estava sorrindo, deslizando as mãos por seu corpo. Ombros, costas, cintura, andando em volta dele e tocando em todos os lugares até chegar em sua bunda, acariciando suas nádegas e escorregando um dos dedos pelo fio da tanga em direção a sua entrada.
— Ah!
— Não era isso o que você queria? Eu devia usar o meu presente? Hmm?
E de novo, parecia uma pergunta, mas não era uma. Nico permaneceu como estava, com as mãos atrás das costas, e apenas se moveu quando Percy o segurou pelo braço, o guiando para a cama.
— Onde foi que você aprendeu essa posição, bebê? — Percy disse enquanto eles iam em direção a cama.
— Eu vi em um vídeo…
— Você sabe o que isso significa?
Nico acenou, envergonhado demais para dizer.
— Eu quero ouvir.
— Servidão e obediência.
— É isso mesmo. — Percy disse, satisfeito. — Não precisa se apressar, tudo vai acontecer na hora certa. Quero que você relaxe, tudo bem?
Foi o que Nico fez. Deixou que Percy o colocasse sentado na ponta da cama e quando enfim Percy se aproximou, ele fechou os olhos e gemeu, sentindo seu corpo reagir livremente.
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Obrigada por ler. Nos vemos na proxima!
Como vão todos? Finalmente terminei minha mudança e só sobraram os cacos dos meus ossos. Brincadeiras a parte, estou descansando um pouco e logo teremos a continuação das versões em inglês. Provavelmente dentro de uma ou duas semanas as coisas vão se normalizar. Vou tentar trazer um capítulo ainda essa semana, mas não prometo nada. O pior é que eu queria estar escrevendo, mas a exaustão não me deixa. Tipo, eu na maioria dos anos participo do kinktober, porque esse desafio me dá ideias para escrever longas histórias para o próximo ano. É muito eficaz, mas parece que esse vai ser outro que eu não vou conseguir.
De qualquer forma, obrigada pela paciência e carinho.
Sejam bem-vindos! Olá, esse é meu blog pessoal. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e orginais, e reblogo alguns posts de vez em quando. História Atual Não há lugar como o Lar - versão em Portugues There's no Place like home - English version Resumo: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro. Se você quiser saber o que eu escrevo, siga a tag #my writing
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