NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XXI

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XXI

Oii, como vai? Mais um capítulo! Decidi não me alongar muito na história já que acabei criando uns furos de enredo, o que significa muita coisas para reescrever, mas também encontrei alguns temas interessantes além do relacionamento entre o Percy e o Nico. Assim, vou escrever até o fim de janeiro, em fevereiro vou fazer a versão em inglês e depois passar os proximos meses revisando. Obrigada pela compreensão!

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII / CAPÍTULO XIV / CAPÍTULO XV / CAPÍTULO XVI / CAPÍTULO XVII / CAPÍTULO XVIII / CAPÍTULO XIX / CAPÍTULO XX

— Eu também te amo.

Percy continuou segurando Nico contra seu peito e só se moveu quando teve certeza que Nico não continuaria o odiando. Se recostou contra o apoio do sofá e trouxe Nico com ele, o tocando delicadamente. 

Por um momento, no silêncio da sala de estar, onde se podia ouvir apenas a respiração pesada de Nico que começava a desacelerar, pensou que as coisas entre eles voltaria ao normal e que finalmente Nico ficaria satisfeito. Imaginem sua surpresa ao sentir Nico se mover em seu colo de uma forma bem específica, se esfregando contra ele, o fazendo perder o ar quando sentiu mãos pequenas tocar entre suas pernas sobre a calça, um toque tão suave que o fez arfar, a doce tortura o fazendo se lembrar de sua ereção.

— Você quer…? — Ele ouviu Nico dizer, certa incerteza em sua voz, embora isso não fosse um empecilho para Nico, sentindo as mãos de Nico continuarem a explorar a área, deslizando para cima e para baixo, arrancando um gemido torturado dele.

— Não precisa. — Ele murmurou, ou achava que tinha. Nesses momentos era difícil diferenciar o que era real e o que era criação de sua mente.

— Eu sei que você está… está tentando me tratar com respeito, mas… será que isso é necessário? Não foi por causa de sexo que a gente… se separou?

A insinuação era clara, e a cada dia que passava Percy via o quanto as palavras não ditas faziam a distância entre eles aumentar.  

— Você acha que esse é o motivo por eu gostar de você?

— Bem… você sempre diz que eu sou bonito. — Nico disse na voz mais baixa, como se esperasse não ser escutado. Foi nesse momento onde Nico hesitou que Percy se lembrou de desgrudar os olhos do que Nico fazia entre suas pernas e prestar atenção no que Nico dizia. O que mais chamou sua atenção foi a expressão vazia no rosto de Nico, a forma distraída que ele o tocava, como se ele tentasse esconder algo por trás da máscara de indiferença. — Não foi por isso que você procurou outras pessoas quando eu estava bem na sua frente? Por pensar que eu era… puro?

— Nico. Isso não faz sentido! Eu não faria isso de novo. — Quando ele teria tempo de fazer isso? Entre a depressão e a montanha de trabalhos e estudo?

— Não faria? — Nico então levantou a cabeça e o encarou, sem nenhum tipo de julgamento na voz, mas que ainda assim isso o fez se sentir muito julgado. — O que eu tenho que fazer para você não me ignorar?

— Eu não estou te ignorando! — Quer dizer, ele achava que não estava. Certo? Eles não passavam o dia todo juntos? Como Percy poderia ignorar alguém que estava ao lado dele?

— Quando foi a última vez que você fez algo que queria?

— Eu… a gente foi naquela festa semana passada?

— Percy. — Agora Nico parecia a ponto de chorar. — Quando foi a última vez que você fez algo que ninguém te pediu? Você diz que eu não tenho interesse nas coisas? Você também não tem. E agora, nem sexo você quer.

— Não é sua culpa. Não é porque você voltou.

— Estou começando a ver isso. Mas isso não me faz menos culpado.

— O que você quer que eu faça? Tudo o que eu faço é um erro! É melhor que as coisas fiquem assim. Se eu fizer o que as pessoas esperam de mim, eu não vou errar.

— Percy! — O grito de Nico ecoou pela sala, o fazendo abrir bem os olhos. Com a garganta seca, Percy observou Nico se levantar de seu colo e se ajoelhar entre suas pernas, os olhos cheios de lágrimas, apoiando as mãos em coxas e apoiar o rosto em seu colo, pronto para começar a implorar. — Ninguém está pedindo que você seja perfeito!

— Eu tenho que ser!

— Eu nunca devia ter voltado! Se for para ver você assim, era melhor ido para outro lugar. Doeria menos. Você pode dizer o que quiser, eu sou culpado por você estar agindo assim de novo.

— Como você poderia fazer isso?

— Eu fiz você se lembrar do passado.

Nisso Nico estava certo. Percy estava pensando sobre sua infância com mais frequência do que o costume. Ele tinha trabalho para se livrar dela e agora que suas memórias vinham à tona era difícil diferenciar a pessoa que ele costumava ser e a pessoa que ele era agora.

— Por favor. — Nico enfim implorou na voz mais miserável que ele já havia escutado. — Eu não quero que você se reprima por causa de mim. Eu sei que você se importa comigo e eu me importo com você. Eu só… eu quero viver essas coisas com você. Quero acordar todos os dias do seu lado e quero estar com você todos os dias, quero que você tenha todas as coisas que deseja e quero… quero, hm… você sabe… não me importo se você for… não tão bondoso na cama. Eu gosto… de verdade. Quer dizer, você nem sempre foi um santo, talvez um pouco vingativo, e também--

— Fico feliz que você pense isso de mim. — Percy disse e sorriu sinceramente pela primeira vez em muitos dias, interrompendo Nico. O garoto queria que ele fosse sincero e fizesse o que queria, não? — Isso não é justo. E como você fica nisso?

— Eu? Eu fico com você. — Nico disse e sorriu de volta para ele, ainda com a cabeça em seu colo, se esfregando nele feito um gatinho. — Prefiro ver você agindo feito a pior pessoa do mundo do que ver você se transformando em uma casca vazia.

— Nico. — Percy se inclina para a frente a segura Nico pela nuca, o fazendo levantar a cabeça. — Eu não quero abusar de você. Sinto que isso vai acontecer se a gente continuar assim.

— O que você está esperando, então?

— Nico!

— Não há nada de nenhum de nós possa fazer. O estrago já está feito. Agora, você tem que se responsabilizar pelo o que fez.

— E o que seria isso?

— Você pode começar me levando pro quarto e tirando minha roupa.

— Eu não tenho certeza.

— Mas eu tenho. — Nico fez um biquinho fofo, e Percy se viu sorrindo novamente, observando Nico se esticar em direção a ele ainda ajoelhado e o beijar docemente. — Eu posso esperar.

Quando Nico falava assim… tão convincente, Percy quase podia ver a razão nisso tudo. Embora não entendesse de verdade. Quem gostaria de ser tratado como Nico tinha sido e ainda pedir para continuar sofrendo ao lado de uma pessoa como ele? Percy tentaria mais uma vez. Se Nico tinha se ajoelhado a seus pés e colocado a cabeça em seu colo feito um pet de estimação, Percy também poderia se esforçar para ser um bom dono.

***

Sinceramente? Percy não pensava que seria tão fácil se render depois de tanto tempo lutando contra essas vontades. Era uma visão magnífica observar Nico se levantar do chão. Ainda com as calças abertas, cabelos bagunçados e lábios inchados, Nico ofereceu a mão a ele. Percy não hesitou, como tinha prometido, subiu as escadas em direção a seu quarto. Se sentou na beirada da cama e tirou as roupas de Nico. Primeiro, a camiseta de caveira, depois, puxou as calças de Nico para baixo, levando junto a cueca, tirando os allstar’s e meias, se permitindo um momento para apreciar a beleza de Nico.

No fim, o que seu bebê tinha dito era verdade. A primeira coisa que tinha chamado sua atenção em Nico era a beleza natural. Longos cílios, olhos negros profundos, boca carnuda, pele macia, quadril arredondado, longas pernas, a voz mais doce mesmo quando zangada e principalmente aquela aparência de garoto bem-comportado, sempre obedecendo o que ele dizia. Tinham suas exceções, é claro, momentos como esses em que eles se encontravam, onde Nico implorava, nunca parecendo exigir e dar uma ordem, não como ele faria.

— E agora? Como a gente fica? — Era um pergunta retorica, e ambos sabiam disso. Percy sorriu e Nico se aproximou mais, se colocando entre suas pernas, segurando em seus ombros.

— Você quer ver uma coisa?

— Depende. É uma surpresa?

— Você poderia dizer isso.

Nico sorriu e correu em direção ao guarda-roupa, voltando com um caixa dourada com uma tampa em cima.

— Você comprou pra mim?

— Não, é pra mim. — Ainda sorrindo, Nico disse e tirou a tampa revelando uma bela coleção de brinquedos, só que esses brinquedos eram para adultos. Três dildos de diferentes tamanhos, uma bolinha vibratória, algemas, pregadores de mamilos e até uma palmatória. E muito lubrificante, no mínimo três tubos grandes.

— Tem certeza que você não andou se divertindo com alguém? — Ele nem poderia culpar Nico se esse fosse o caso.

— Eu não quero ninguém além de você me tocando. Isso tudo é sua culpa! Eu aqui me oferecendo e dizendo que você pode fazer o que quiser comigo e você tendo uma crise de consciência? Nunca pensei que algo assim aconteceria.

— Ei! Eu não sou tão ruim!

— Não é agora.

— É exatamente por isso que eu prefiro ir devagar.

— Desculpa. Eu também mudei. Mas se eu soubesse nunca teria fugido. Pelo menos, você não fez o mesmo eu fiz.

É, Percy até poderia imaginar. Para onde ele fugiria? Para casa do pai? Olhar para a cara da madrasta que o odiava ou lidar com o meio-irmão que o perseguia quando a mãe não estava vendo? Sem chance.

— Eu precisava de um tempo. Quero ter certeza que algo assim não vai se repetir.

— Eu sei. Eu estava seguro em Verona. Hades não tem coragem de enfrentar a nona. Se ela soubesse de tudo hoje Hades não teria um centavo.

— Por que você não contou pra ela?

— Não é importante. Ela já me mima demais. — Mas Nico dizia isso com um sorriso no rosto, parecendo se lembrar de tempos felizes. — A gente não precisa fazer nada hoje. Nem amanhã. Eu quero que você saiba que estou aqui e que você não precisa se sentir culpado, porque eu nunca te culpei de nada. Tudo bem?

Nico pegou a caixa de suas mãos e a colocou na cama para logo em seguida sentar em seu colo, o beijando mais uma vez. E talvez… talvez não fosse tão ruim assim se deixar levar um pouco.

***

Então… hmm… Percy descobriu que gostava muito daquela caixa de brinquedos que Nico tinha montado. Especialmente a bolinha vibratória. Ela tinha o tamanho de seu dedão e era rosa fosforescente, com um fio longo e um botão no meio. Realmente interessante. E já que Nico tinha comprado todas aquelas coisas, seria um desperdício não usá-las. 

Ele pegou as algemas, o lubrificante e a bolinha, e bem, ali estavam eles. Nico deitado contra os travesseiros, de costas na cama e mãos presas em cima da cabeça no batente da cama, enquanto ele se encontrava entre as pernas de Nico, completamente vestido. Era até engraçado. Percy tinha apertado o botão na bolina e ela tinha começado a vibrar imediatamente, o fazendo rir e dizer “Foi você quem pediu por isso” e antes que Nico pudesse reclamar, Percy levou o brinquedo que vibrava loucamente para as pernas de Nico, seguindo o mesmo caminho com sua boca. Parecia que Nico não sabia o que fazer, se ele ria por causa da vibração ou se gemia, marcas de mordidas, de dentes roçando em sua pele e chupões de lábios em lugares que nunca tinham sido marcados antes.

— E agora? Devo parar? — Percy disse na voz inocente, subindo com a bolinha entre as pernas de Nico, parando em sua virilha antes alcançar alguma parte mais sensível.

— Não! Por favor!

— O que eu ganho se continuar?

— Qualquer coisa!

— Eu não sei… parece muito genérico.

— Um-- eu… eu te chupo? Ou…

— Ou?

— O que você quiser.

— Mesmo?

— Hmhm. — Nico suspirou e arfou, porque Percy tinha cansado de brincar. Ele levou a bolinha um pouco para baixo e a pressionou contra o membro de Nico, que de semi ereto, em um passe de mágica, parecia tão duro a ponto de doer. Percy deslizou o vibrador pela base do membro e subiu lentamente, chegando na pontinha e se demorando por lá, pressionando em pequenas voltas na cabecinha a avermelhada. 

Percy não podia acreditar em seu olhos, ele pressionou só mais um pouquinho e de repente, Nico estava gritando, o pequeno membro pulsou em sua mão e expeliu mais rápido do que Percy pôde reagir. Ele tirou o vibrador do membro de Nico e observou Nico se contrair todo, respirando como se tivesse corrido uma maratona. Mas ele queria mais, Nico reagia tão forte as vibrações que Percy queria ver até onde Nico aguentaria.

Ele ligou o brinquedo novamente, o sentindo vibrar em sua mão por alguns momentos e esperou até que Nico não estivesse a ponto de ter um ataque de asma, e devagar, como se nada tivesse acontecendo, voltou a encostar a bolinha na pele de Nico, perto do seu quadril, descendo pelas longas pernas. Tudo o que Nico fez foi arfar surpreso, e ainda tremendo, não disse nada e nem mesmo se moveu como protesto, apenas olhou para Percy o olhar meio perdido e meio extasiado, confiando em Percy e se permitindo sentir, como se isso fosse tudo o que desejava fazer. Então, Percy, como o cavalheiro que era, continuou com sua exploração. Voltou a subir com o vibrador e chegou mais uma vez a virilha de Nico, dessa vez passando direto por seu membro e tocando em seus testículos, vendo Nico abrir os lábios em um gemido silencio, seu corpo tremendo sem seu controle. Para Percy a experiência toda parecia dolorosa, a forma como Nico se contraia e se curvava, os gemidos agudos, se não fosse a expressão de completo prazer no rosto de Nico, pensaria que… não… era melhor ele não pensar nisso.

Percy se concentrou no que estava fazendo e finalmente levou o vibrador mais para baixo, encontrando a entrada de Nico, que deixou escapar um gemidinho tão gostoso que Percy teve vontade de tornar as coisas ainda mais interessantes. Mas, não, isso era suficiente. Então, ele roçou a bolinha ao redor da entrada até que ela entrou, sumindo dentro de Nico. Talvez ele tenha exagerado, Nico abriu bem olhos e se remexeu, choramingando e arfando, como se nunca tivesse feito isso antes, mas como Nico não fez nada para pará-lo, Percy continuou. Ele puxou o vibrador pela cordinha e pressionou de volta, brincando com a entrada, fez isso por tantas vezes a pele começou a ficar inchada, como quando você beijava alguém por um longo tempo e esse era o resultado.

— Por favor! — Nico implorou, se contraindo na cama, costas curvadas e cabeça jogada para trás, parecendo a ponto de gozar mais uma vez. E quem era Percy para negar seu doce bebê.

Ele pressionou a bolinha mais uma vez para dentro, fazendo Nico estremecer e dessa vez, a empurrou mais para dentro, inserindo seus dedos juntos, movendo o vibrador ao redor. Nico foi a loucura, começou a implorar sem parar e segurou no batente da cama, seus dedos dos pés se curvando. Foi um momento mágico para Percy, com dois dedos, ele levou a bolinha um pouco mais adentro e pressionou naquele lugarzinho que ambos conheciam bem. A reação foi imediata, Nico gritou com toda a força e Percy se maravilhou, ele nunca tinha visto Nico gozar tão rápido e forte, fazendo o orgasmo de Nico atingir seu peito.

— Bom garoto. Tão obediente. — Ele disse enquanto puxava a bolinha pela corda, enfim a trazendo para fora. Nico caiu na cama e soluçou, ainda terminando de gozar com uma estranha expressão presa entre agonia e êxtase. Talvez ele tenha exagerado, mas Percy deixaria para que Nico decidisse isso, já que ele próprio não sabia se fugia para longe, enojado consigo mesmo ou tentava não pensar na ereção ao ver Nico sob seu controle dessa forma.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Obrigada por ler! Sua presença é muito bem vinda e sua opnião ainda mais!

Até logo.

More Posts from Auroraescritora and Others

1 year ago

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO VII

Oii, como vai? Esse era para ser um capítulo curto, ai resolvi fazer algo especial mais para o final. Espero que vocês gostem! Vejam as notas finais para mais informações.^^

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI

— Presta atenção! — Percy gritou e passou a bola para Chris Rodriguez, um garoto alto de feições hispânicas. Um amigo ótimo, mas que agora estava lhe dando nos nervos. 

Tudo bem, não era culpa de Chris. Percy queria terminar logo aquele treino e encontrar Nico que o esperava nas arquibancadas. Era demais pedir que o tempo passasse mais rápido? Ele gritou de novo, agora vendo Charles Beckendorf se distrair com a namorada líder de torcida.

Porra, será que dava para alguém fazer alguma coisa certa!?

— Cara, pega leve! — Grover veio correndo até ele quando o treinador encerrou o treino antes do normal. — Seu garoto não está cuidando de você?

Grover estava certo, Nico tinha cuidado muito bem dele. Percy até tinha relaxado depois do ato, mas então ele sentiu aquela raiva subir para a cabeça observando aquelas pessoas cobiçarem o que era dele. Quando Nico era solitário e indefeso ninguém fez nada, preferindo o isolar, mas agora que Nico cresceu e ficou alto com aqueles ombros largos e intensos olhos negros, levando seu violão pelos cantos, praticamente sendo impossível não se encantar quando ele cantava, pensando que ninguém o via, isso o tirava do sério. Trazia seu pior lado para fora.

Ele admitia que estava enlouquecendo, devagar e constante, brigando com quem tentasse se aproximar. Esse devia ser o único motivo para ele querer que as pessoas ficassem longe de Nico. Quer dizer, não era muito diferente do que acontecia antes. Não que ele tentasse esconder, Percy afastava as pessoas de propósito e sabia disso. Nico também sabia disso. Até o zelador sabia. Ele queria se sentir mal por agir dessa forma, impulsivo e… tão errado. Pensou que esse Percy tinha ficado no passado e que ele tinha morrido com a partida de Nico, se achando tão adulto agora que não agia dessa forma. Isso é, até Nico voltar e mostrar para ele que ainda era o mesmo menininho inseguro e ciumento.

— Per-cy! Terra para Percy. Tem alguém em casa? — Grover disse e balançou a mão em frente a seu rosto, vendo que agora um grupo de garotos se formava ao redor deles.

Era normal, afinal ele era o capitão e eles costumavam ter conversas sobre possíveis mudanças na estratégia de jogo. Hoje não era um desses dias, hoje ele não tinha prestado atenção em nada, em passes de bola, a posição dos jogadores na quadra ou quantas cestas foram feitas.

— Desculpa, gente. Vocês estão dispensados.

— Jackson, qual é? Fala logo. — Luke disse, caminhando despreocupado até ele.

Percy respirou fundo e tentou se concentrar.

— Falar o quê?

— Você não vai pirar de novo, vai? — Outra pessoa falou, embora todos soassem iguais para ele.

— Quem concorda no sub-capitão tomar conta do time? — É claro que Luke falou isso já que ele era o sub-capitão.

— Façam o que vocês quiserem.

Nada importava mais do que Nico. Calmamente, ele tirou a faixa de capitão do braço e jogou para quem estivesse mais perto, dando as costas para eles.

— Quero ver quanto tempo vocês duram.

— Percy, volta aqui! Eu estava brincando! Desde quando você escuta o que eu digo?

Mas ele não voltou, continuou marchando para a saída, lembrando de pegar suas coisas perto do vestiário e só parou quando encontrou Nico na parte de baixo da arquibancada, alheio ao que acontecia à sua volta. Ele estava sentado na grama, com as costas apoiadas no pé da estrutura da arquibancada, dedilhando o violão e murmurando algo baixo na voz mais aveludada e doce que ele já tinha ouvido. Nico parou de tocar e então se virou em direção ao caderno em frente a ele para anotar algo, tudo isso enquanto as pessoas ao redor o observavam com admiração.

Sabe, ninguém costumava assistir aos treinos além das líderes de torcida, mas ali no sol do fim de tarde e com os pássaros cantando, Nico nunca esteve tão belo; cabeça abaixada e postura relaxada, lhe dando a impressão que cada vez mais a plateia se multiplicaria se isso continuasse acontecendo. Então… então aquela raiva voltou com tudo e foi tão de repente que ele parou antes que Nico pudesse notar sua presença, não queria que Nico visse essa parte sua. Ele inspirou fundo por longos momentos e só quando teve certeza que conseguiria se controlar, se aproximou o resto do caminho, parando na frente de Nico.

— Você está pronto? — Perguntou a Nico.

— Hmhm. — Nico acenou, levantando a mão do violão e se espreguiçando. — Você não tem que fazer nada? Ainda são três horas da tarde.

— Não, hoje sou todo seu.

Foi quando Nico levantou a cabeça, o olhou entre os cílios e sorriu para ele, todo meigo e tímido, o levando de volta para tempos mais simples.

— Vamos? — Ele quase esqueceu das pessoas ao redor, murmurando mais distantes deles. Bastou Nico acenar novamente enquanto guardava suas coisas para enfim segurar em suas mãos que elas desapareceram de vista, insignificantes, feito insetos barulhentos.

Ele pegou a mochila de Nico, o ajudando, enquanto Nico levava o violão na mão que não estava ocupada pela sua.

— Música nova?

— O grupo de prática de banda vai se apresentar no baile.

— Vai, é? — Percy até já podia imaginar quanto fãs Nico conseguiria nessa noite.

— Por que você não me disse que ia ter um? Eu nunca fui.

— Eu não estava planejando ir. — Não desde que Nico tinha voltado, mas agora que ele mencionou o baile… — Você quer ir comigo?

— Senhor Jackson! Você está me chamando para sair? É um encontro?

— Só se você quiser.

Percy não conseguiu se conter, Nico estava rindo e fazendo piadas com tanta alegria que isso esquentava seu coração a ponto que ele teve que parar no meio do caminho e beijar Nico até que ambos estivessem sem ar; em seus lábios, maçãs do rosto, mandíbula e pescoço. Ele só parou quando Nico riu tanto que lagrimas saíram de seus lindos olhos negros.

— Então, está marcado. É um encontro.

— Seu bobo. — Nico suspirou, o encarando bem de pertinho, e outro impulso o tomou. Percy secou as lágrimas de risadas que ainda caiam e o beijou mais uma vez, apenas para expressar o quando ele o amava.

— Estou falando sério. Até vou usar um terno. O que você acha?

— Eu acho que você vai ficar muito bonito.

— Eu pensei que eu já era. — Nico sorriu de novo e Percy nem tentou se controlar dessa vez, ele abraçou Nico pela cintura e o beijou como na noite passada, como se ninguém estivesse vendo, e só parou quando Nico gemeu, agudo no fundo da garganta, e o afastou, o empurrando sem força pelo peito.

— Per. — Nico choramingou, piscando devagar, quase gemendo de frustração, mas tão suave que ele sentia vontade de encostá-lo contra a parede e resolver o problema deles bem ali. Isso iria mostrar a quem Nico pertencia.

O quê? Não! Ele não era essa pessoa. Ele não…

— Per? — Ele sentiu dedos macios contra seu rosto e piscou, tentando tirar esses pensamentos da cabeça. Nico parecia preocupado com um leve vinco entre as sobrancelhas. — Tudo bem?

— Claro, tudo bem.

Nico tinha razão em ter fugido dele. No fim, o perigo não estava nas outras pessoas e sim nele, um garotinho doente e possessivo.

— Você quer comer alguma coisa? Está ficando tarde.

Percy apenas acenou, sendo puxado por Nico em direção a seu carro. Ele sentia a preocupação emanar de Nico, era a forma que ele falava todo baixinho e cuidadoso, os toques afetuosos em seu braço ou ombro como se tentasse consolar um garotinho que tinha caído e machucado a perna. E mesmo sabendo de tudo isso, Percy ainda não se sentia culpado. Entendia perfeitamente o que estava fazendo, e ainda assim, deixou que Nico o consolasse, absorvendo a atenção que Nico lhe dava feito uma esponja no deserto.

No fim, eles acabaram voltando àquele mesmo restaurante que Nico tanto tinha gostado, pedindo outra garrafa de vinho e toda a macarronada que Nico foi capaz de comer. Ele sabia que devia pelo menos avisar a mãe que a esse ponto deveria estar preocupada sua ausência, mas Percy logo se esqueceu disso. Contente, observou Nico comer com vontade e beber mais da metade da garrafa de vinho como se fosse água, bem menos bêbado que na vez anterior. Percy não se importava, porque, na realidade, estava exatamente onde queria estar, com Nico sorrindo para ele e prestando atenção somente nele.

***

Imediatamente, Nico soube que algo estava errado. Ou melhor, que eles estavam caindo nos mesmos vícios de antes. Para falar a verdade, era difícil se preocupar com essas coisas. Era muito, principalmente quando Percy estava tão perto e cheirava tão bem, aqueles braços fortes em volta dele e os beijos que o faziam estremecer. Mas ele precisava… precisava… 

— Lindo. — Percy murmurou contra seus lábios, o puxando para perto até que não restasse nenhuma distância entre seus corpos. Eles ainda estavam no restaurante e essa não era uma atitude adequada para se ter em um lugar público.

— Per. Para com isso.

— Hm? Eu não-- eu sinto muito.

— A gente precisa conversar.

Isso fez Percy parar. Nico viu Percy respirar fundo e o encarar todo sério. Isso era pior ainda, a expressão no rosto de Percy o fazia querer abrir as pernas e obedecer tudo o que Percy mandasse, e ele sabia exatamente o que Percy pediria se eles se deixassem levar.

— A gente não precisa conversar. — Percy falou quando ele não disse nada.

— Não precisa?

— Eu sei de tudo. É o meu comportamento.

— Se você sabe… 

— Não consigo me controlar.

Hm… isso era uma evolução. Ele acenou e sorriu, orgulhoso de Percy.

— Sei que não é certo.

— E o que mais?

— Vou tentar melhorar.

Nico deixou o ar sair e relaxou contra o assento do restaurante.

— Olha, eu não me importo de verdade.

— Não? — Agora Percy parecia sinceramente confuso.

— Eu sei quem você é e porque faz essas coisas. Talvez eu tenha certa culpa… 

— Então, qual o problema?

— Isso afeta sua relação com as pessoas. Você é capitão e vai ser orador da turma. Não quero que isso… que nosso relacionamento destrua o que você lutou para conquistar.

— Nico. — Foi quando ele viu Percy arregalar os olhos e o encarar com um olhar perdido.

— Você sabe que eu não fui embora por causa de você, não sabe?

— Eu pensei que… 

— Per, você não é o problema, nem mesmo sua mania de nos isolar dos outros me incomoda.

— Eu sou horrível.

— Eu também sou. Eu… eu te incentivei. Quando alguém mostrava interesse em você, eu… não me orgulho do que fiz.

— O que você fez? — E onde ele achava que veria julgamento, Percy mostrou a ele a pura curiosidade.

— Você lembra da Rachel e dos irmãos Stroll? Não quero falar disso. O problema aqui é que eu… eu não queria sexo e não sabia como dizer isso pra você, então, eu… eu fugi e agora… tudo está pior!

— Não diga isso. Eu prometo que--

— Não, você não entende! Eu senti sua falta todos os dias. Nunca mais quero passar por isso. Eu… eu… você nunca mais vai se livrar de mim! Está me ouvindo! Nunca mais! — Para provar seu ponto, ele puxou Percy pela jaqueta e o beijou, praticamente batendo seus dentes.

— Bebê.

— Não, não é isso. Quero dizer que agora você não tem razão para me deixar estragar as coisas.

— Nico. — Percy falou aquilo tão baixinho e suavemente que ele teve que parar por um momento. — Você é a melhor coisa na minha vida. Eu te amo, é minha culpa você pensar dessa forma.

— Não é sua culpa. E eu… eu também te amo.

Pronto, Nico tinha dito o que precisava. Por algum motivo sentia um aperto no coração, uma pressão no peito que só o toque de Percy aliviava. Ele mal conseguia pensar racionalmente, porque nada daquilo era racional. Não essa possessividade que ambos sentiam ou essa necessidade de estar perto um do outro. Não podia ser saudável. Ou normal. Como as outras pessoas podiam viver sem se sentir tão amadas e desejadas como ele sentia ao olhar para Percy?

— Está tudo bem. — Percy disse, esfuziante em seu sorrir. — Você pertence a mim e eu pertenço a você. Pode não ser comum, mas porque resistir a isso?

— Está tudo bem mesmo?

— Está, eu prometo. Vou fazer de tudo para que dessa vez as coisas deem certo. Você confia em mim?

— Eu confio. — Como ele podia não confiar quando seu corpo e alma se elevavam com o simples toque de dedos contra sua nuca e lábios molhados contra os seus?

— Você não precisa se preocupar, está tudo sobre controle.

Ele acreditou. 

Com um suspiro aliviado, Nico se deixou ser abraçado e consolado. Confiaria que Percy cuidasse de tudo, exatamente como sempre tinha sido.

***

Cena Bônus: Achei que esse capítulo ficou pequeno, então decidi trazer uma cena do passado. Um presente curto para vocês.

— Obrigado por vir. — Percy Jackson abriu a porta e deu passagem para ela entrar. 

Clarisse estranhou imediatamente, eles não eram os melhores amigos e nunca seriam. Ela não sabia explicar, Percy costuma ter uma aura de quem pisaria em qualquer um para ter o que queria… ou melhor dizendo, Percy era um das pessoas mais intimidadoras que ela já tinha conhecido. Clarisse sabia que Percy usava sua altura e força para se destacar, mas era algo mais do que isso. Sinceramente? Nunca pensou que fosse ser convidada para participar das festas dos populares, e muito menos pelo garotinho magro e nerd que sentava todas as aulas ao lado do capitão psicopata de basquete. O que mais a constrangia era como da noite para o dia a atitude de Percy tinha mudado, de valentão para polidamente educado.

Era por isso que nesse momento Clarisse estava parada em frente a porta de Percy Jackson, hesitando em dar o próximo passo. Nunca se sabia o que poderia ter dentro da casa de um psicopata. Mas, enfim, quando parecia que nenhum dos se renderia, Percy estendeu a mão. Entretanto, ele só pegou a travessa com os sanduíches e salgadinhos de suas mãos quando ela ofereceu a ele primeiro.

— Isso é muita coisa. — Ele disse, obviamente fazendo força para parecer simpático.

— Não foi nada. — Não foi mesmo, eles tinham encomendado no dia anterior. Talvez sua mãe tenha exagerado.

A verdade é que ela não sabia ao certo o que levar. Tudo o que Nico tinha dito era para ela trazer alguma coisa e aparecer até o meio-dia. Geralmente ela ficaria bem longe daquele tipo de gente, mas Annabeth tinha pedido para ela espionar, por isso estava ali, tentando ser civilizada com a pessoa mais selvagem que ela já tinha conhecido.

— Entre. — Foi tudo o que ele disse antes de dar as costas e seguir pelo longo corredor para dentro da casa.

Ela o seguiu, se surpreendendo pelo tamanho da sala de estar. Ali havia uma grande mesa de buffet onde Percy tinha colocado os salgados, sofás longos e confortáveis, puffs, um telão de cinema e tanta comida que ela achava ser impossível de comer, sem contar os móveis de bom gosto, decoração em tons pastéis e uma maravilhosa vista para um jardim bem cuidado e uma piscina olímpica.

— Se sinta à vontade. — Sem esperar, Percy desapareceu subindo as escadas e entrou em outro corredor.

— Ele é assim mesmo. Você se acostuma.

Distraída, Clarisse deu um pulo e olhou em direção ao sofá. Era Grover! Finalmente alguém decente nesse lugar.

— O que está acontecendo aqui? Cadê as pessoas dessa festa. 

— Festa? É mais uma noite do pijama.

— Noite do pijama?

— Percy e Nico não gostam de confusão.

— Hm? — Ela não estava entendendo nada.

— A gente se reúne pra comer alguma coisa e assistir um filme. Às vezes pra jogar alguma coisa.

— É isso que vocês gente rica fazem?

— Não, mas Percy e Nico gostam assim.

— “Percy e Nico”? Eles são uma entidade por acaso? Um ser único?

Isso fez Grover gargalhar. Sentando no sofá, o garoto segurou a barriga e jogou a cabeça para trás.

— Você está mais certa do que pensa! Gostei de você, acho que vai se encaixar muito bem com a gente.

— A gente? Quem exatamente? Não estou vendo ninguém.

— Gente, temos companhia! — Grover colocou a mão em volta da boca e gritou, criando um eco pela sala. Miraculosamente, pessoas começaram a vir de todas as direções, escadas abaixo, e de cada corredor ou porta fechada.

— Clarisse, é bom te ver. Como vai a esgrima? 

Silena foi a primeira a se aproximar. Ela tinha sido sua parceira por anos antes de ter que se focar nos estudos e nas líderes de torcida. Beckendorf estava atrás dela, todo sério e quieto. Quem Clarisse não esperava encontrar era Luke e Thalia, Leo também. Não que fosse surpresa, todos eram populares de seu próprio jeito. Ela só não entendia porque Annabeth não estava entre eles; ela parecia alguém que se encaixaria perfeitamente.

— O que te traz ao nosso humilde cafofo? — Luke perguntou todo charmoso, desfilando até se sentar a seu lado. — Nunca pensei que te viria aqui.

— Nico me convidou, então, eu vim. — Ela deu de ombros. Talvez ela só estivesse curiosa para saber como aquela gente vivia.

— Não se preocupe, logo perde a graça. Você vai ver.

Como se anunciando a deixa, Percy e Nico desceram as escadas, de mãos dadas e falando algo em um tom tão baixo que seria impossível escutar daquela distância. Entretanto, assim que Nico viu sua presença, ele veio até ela e a abraçou, dizendo: — Fico feliz que você tenha vindo. Está com fome?

— Talvez, depois.

— Certo. — Nico sorriu para ela, segurando em suas mãos rapidamente e se levantou indo em direção a Percy que tinha observado tudo de braços cruzados e com a expressão mais ameaçadora que ela já tinha visto. Isso é, tudo isso aconteceu antes de Nico se voltar para Percy, pois no instante seguinte, Percy sorriu, mostrando dentes brancos e covinhas bonitas, com tanto amor no olhar e oferecendo apenas bondade e felicidade para Nico, que Clarisse pensou que Percy fosse duas pessoas diferentes.

Ela estava ali há cinco minutos e achava ser suicídio social tentar fazer qualquer coisa que atrapalhasse o que estava acontecendo entre os garotos. E a cada momento que passava, se surpreendia mais. Viu em câmera lenta Percy receber Nico entre seus braços e o apertar bem forte para em seguida beijar a testa de Nico, enquanto Nico apenas sorria contente, praticamente engolido pelo corpo de Percy. Ela nunca tinha visto um gesto tão fraternal se tornar tão sexual e possessivo em meros segundos.

— Isso é normal? Nico precisa de ajuda? — Ela cochichou para Grover e Luke que estavam a seu lado.

— Você acha que ele precisa?

Era uma boa pergunta. Quase desaparecendo atrás de Percy, viu Nico arrastar Percy para o meio da sala e se sentar entre os puffs, em frente a uma mesinha de centro. Logo alguém trouxe alguns pratos de comida para perto deles e todos começaram a comer, mesmo que os pratos estivessem mais próximos de Nico. Isso é, quase todos começaram a comer, Percy apenas observou o desenrolar dos fatos, parecendo fiscalizar o que acontecia ao redor dele com um olhar satisfeito vendo Nico comer com entusiasmo.

— Quer mais? — Percy perguntou a Nico. E sem esperar a resposta, voltou com uma bandeja cheia de mini-pizzas. — O seu favorito.

— Obrigado, Per. — Nico sorriu docemente e sua voz soou ainda mais amorosa, destilando mel, açúcar e tudo de bom no mundo.

— Acho que vou vomitar.

Clarisse concordava com Luke, meio hipnotizada vendo aquela cena doméstica. Felizmente ela foi quebrada quando Percy olhou para eles com um sorriso de canto para lá de cínico, dizendo: 

— O banheiro fica na segunda porta à direita. — Entretanto, Percy logo disse, se lembrando de ser um anfitrião: — Porque vocês não pegam um prato. Não quero ter que jogar comida fora.

E já que ele dizia de forma tão amável, por que não?

Clarisse foi a primeira a se levantar e ir até a mesa do buffet. Ela começou com um pedaço de bolo de limão e um copo de suco de maçã. Se sentou ao lado de Nico e dessa vez, não parecia que Percy iria a fuzilar com o olhar. Percy sinceramente parecia contente em se sentar colado a Nico e vê-lo comer com um olhar enamorado. 

Até o fim da noite, assistindo o segundo filme e vendo Nico dormir sobre o ombro de Percy na maior demonstração de amor que ela já tinha visto, Clarisse chegou a uma clara conclusão. Tinha pena de Annabeth e de qualquer um que tentasse ficar no caminho de Percy Jackson e seu doce companheiro que de inocente tinha apenas o sorriso.

***

— Por que tanta comida? — Era a grande questão da noite. 

Clarisse percebeu que assim que um prato se esvaziava, outro substituía seu lugar, um mais gostoso do que o outro. Tudo o que ela sabia é que não aguentava mais, e que não conseguia parar de comer.

— A família do Percy tem um restaurante.

— Eu sei disso. Todo mundo sabe.

— Nos considere um grupo de testadores. — Nico disse a ela, comendo um doce que Clarisse não sabia o que era. — Se a gente gosta, entra no cardápio. Se não, em revisão.

— A questão é. Quem fez tudo isso?

— Eu e Sally. — Nico deu de ombros e sorriu quando viu a reação de Clarisse.

— Você sabe cozinhar?

— Desde pequeno.

— Você não é rico? — Quando Nico olhou para ela, todo confuso, Clarisse completou: — Quer dizer, você não tem empregados para isso?

— Cozinho quando estou nervoso ou ansioso.

— Sério?

— Pra gente, comida é um gesto de amor.

Mas Nico não falava isso olhando para ela, não, Nico tinha as mãos no colo e seu rosto estava corado, observando Percy conversar com um grupo de garotos perto da varanda enquanto eles continuavam perto da mesinha de centro.

 — Um gesto de amor?

— Sei que Percy parece grosseiro às vezes. É só que ele tem dificuldade em confiar nas pessoas.

— E você?

— Eu confio nele.

— Claro.

— Sabe… a gente cuida dos nossos amigos…

— O que isso quer dizer?

Nico sorriu de novo para ela, seus olhos negros brilhando, enquanto ele mordia mais um pedaço do doce. Logo Clarisse entendeu o que acontecia, Percy vinha caminhando em direção a eles, todo orgulhoso de si mesmo. Num primeiro momento Clarisse não tinha entendido nada, e só percebeu a armadilha quando um garoto menor apareceu atrás de Percy. Era Chris, o garoto que ela tinha visto pelos corredores e nunca tinha tido a coragem de falar com ele.

Era até engraçado. Percy puxou Chris para a frente e deu um empurrão no garoto até que ele estivesse em sua frente, o rosto corado de vergonha.

— Clarisse, quero te apresentar Chris Rodriguez.

— A gente já se viu por aí.

— Isso é ótimo, não? — Percy piscou para ela e guiou Nico pelo braço tão rapidamente para longe que quando viu, ela e Chris estavam sozinhos. E já que eles estavam ali… por que não? Ela sorriu para Chris, pensando que no fundo Percy Jackson não era tão ruim assim.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

E então, o que acharam? Sei que as ultimas cenas deviam ser curtas, mas eu não consigo me controlar. Também não queria fazer flashbacks, entretanto eles são tão interessantes que vou fazer mais alguns. Eles vão ficar meio bagunçados, nada que atrapalhe na compreensão da história, mas com toda certeza vou ter que revisar a ordem deles dentro dos capítulos.

Espero que tenha sido uma boa leitura. Sugestões e comentários construtivos são sempre bem-vindos!

Ah, esqueci de avisar, espero que cenas +18 não estejam muito estranhas e que talvez a contagem de palavras passe as 50 mil palavras, vou tentar me controlar, mas vocês me conhecem. Me desejem sorte.

Também fica defino o cronograma de postagem. Uma vez por semana nas quartas-feiras.

Obrigada por ler!


Tags
1 year ago
It’s A Secret Recipe 🤫

It’s a secret recipe 🤫

1 year ago

THERE'S NO PLACE LIKE HOME - PERCY/NICO AU HIGH SCHOOL - CHAPTER XVI

Hi, how are you? I managed to translate the chapter just in time.

The chapter was going to come out earlier, but because of the holiday in Brazil I've allowed myself to rest. I've definitely given up on having a posting schedule, but I'll try to update every week. So, just come by once a week, on Friday, because if I post something it'll be ready on Friday. And, like, consider the texts here as initial drafts, okay? I'm still in my creative phase, and I love putting sub-plots and other things in the middle of the main plot. If I followed my original plan, I would have finished the story by now. So, let's relax and have fun. Thanks for being here!

Not too many warnings apart from mental health, I hope you like it.

CHAPTER I / CHAPTER II / CHAPTER III / CHAPTER IV / CHAPTER V / CHAPTER VI / CHAPTER VII / CHAPTER VIII / CHAPTER IX / CHAPTER X / CHAPTER XI / CHAPTER XII / CHAPTER XIII / CHAPTER XIV / CHAPTER XV

Nico put the pen down on the last page he had written and rested the diary next to his pillow, stretching his arms and neck. He had written more than he had intended. Well, Percy was in for a bit of a surprise when he read it. But in the end, Percy was right, writing had taken the pressure off his shoulders that Nico hadn't even known was there to begin with. It was a magical moment, as he put his thoughts down on paper, his mind felt light and empty, as if he was telling what was bothering him to someone who wouldn't judge him and wouldn't try to give him 'advice' he hadn't asked for.

Tired of waiting, Nico lay down on the bed and put his head on the pillow. Why was Percy doing taking so long? The next thing he knew, he had closed his eyes, opening them again to feel something soft slide over his body. It was a damp, warm towel that Percy was holding. Nico blinked slowly and then Percy's figure came into view, wet hair and bare chest, wearing only a towel as he gently cleaned his body.

"Would you like a bath?" Percy murmured, moving closer to him, making him sit against the edge of the bed. "I filled the tub for you.”

"I could." He shrugged, it seemed like a good idea. Nico rarely saw any reason to use the bathtub.

So Percy took him by the hand and led him into the bathroom, asking: 

"How do you feel?”

He didn't know. A slight burning that pulsed inside him, maybe? Muscle and mental fatigue? A relaxation he had never felt before? It was all of this together and more. In general? Nico felt good, or as good as possible, similar to when he hadn't run away to Italy yet, maybe even better, now that he didn't need to hide his feelings.

"I'm fine." Nico shrugged again.

"Do you remember our rules?”

Unfortunately, Nico remembered. Percy must have been referring to always being honest.

"I don't know." Nico said, trying to be as honest as he could. "It's all too new for me to have an opinion.”

"Nico.” 

He stopped and faced Percy, who now had his arms crossed.

"You have to stop this. Don't tell me what I want to hear”.

"What do you want me to say?”

"What you're really feeling. Does something hurt? Do you need anything?”

"Why are you always questioning me?”

"Because you're always trying to please me.”

"What's wrong with that?”

He looked at Percy, but Percy looked at him like he was going to explode. None of that happened, though. Percy took a deep breath, closed his eyes for a moment and when he opened them again, an aura of calm was present. It was one of those moments where Nico knew he wasn't going to win, no matter what he did. So he let Percy lead him to the bathtub and lathered him up slowly and leisurely.

"You don't see the problem with that? Do you?" Percy asked distractedly, his hands sliding down between Nico's legs.

"Things have always been like this.”

"That's why I didn't go after you.”

"I don't think I understand.”

"I discovered that I... can't control myself around you. I made you act this way. I put you in this perfect, unbreakable little box. No one should live like that, according to someone else's wishes.”

"That's not true, I've always been like that.”

"Really? It took you five years to say all those things to me. If you didn't feel comfortable telling me how you felt before, what does that mean?”

Nico turned to face Percy, who had a distant look on his face, and realized that this bothered Percy more than he thought.

"I don't like fighting. I prefer things to stay that way.”

"Like what?”

"No conflict and no drama. I don't want to have to think about every step of the way. I just want to be with you and... satisfy you. Isn't that enough?”

"I can't do that." Then Percy grabbed his face and slid his fingers to the back of his neck, massaging it slowly and making him relax even more. "How can I be sure I'm not hurting you or stopping you from doing other things?”

"That's the point, isn't it? You feel guilty about wanting the same things I do.”

"Nico, don't torture me.”

"I'm not." He didn't think he was. "When I don't want... this thing we have, you'll know. 

"How?”

"I'll run away. Not like today. But, like, as if my life depended on it.

"Nico!”

"You know, when people try to get close to me, I usually feel suffocated. But when it's you, I just feel free and safe, even if I'm scared.”

Nico thought he was losing his mind, looking like a lunatic on the edge of a cliff. But it was the pure truth, what he looked for in all those faces, wasn't the beauty or the deep green eyes, no, it was always that feeling of security and stability, the comfort that Percy's arms always gave him. For those things were hard to emulate; if only he could have found this somewhere else, Nico wouldn't have felt so controlled and conditioned to do those things that Percy criticized so much, even though Percy had never asked for them. In the end, he understood what Percy was trying to imply; things would only get worse from now on, and they would probably continue this game of cat and mouse for a long time until he gave in. What could Nico do if Percy was the only one who made him feel this way, so free and trapped at the same time?

"Nico." Now Percy's voice sounded all hoarse and firm.

Opps. He looked down and saw that his hand was in Percy's lap, on top of the towel, but in a very strategic place.

"Why can't you tell me what's bothering you?”

He denied it, not ready to say what he really thought to Percy. Although he knew Percy felt something similar or worse. Nico had seen how much Percy had tried to get over him with other people, before and after he went to Italy. So, deep down, arguing was pointless. They needed a consensus.

"This will lead to nothing. I suggest a truce." Nico said, instead of explaining himself.

"Truce? This is not a war.”

"So why all we do is fight and have sex? I'd much rather just have sex.”

This brought a little smile to the corner of Percy's lips.

"What do you suggest?”

"l will... trust you and do whatever you ask if you stop questioning me.”

Now, Percy just looked sad.

"I don't want you to feel bad and cornered. I just worry. I want you to be the best possible version of yourself.”

"What if I just want to be the Nico who wants to be with Percy and not have to argue?”

"That's fine. We can do it your way. You have to promise me that if it's not working, you'll tell me.”

"I promise.”

All Nico could do was hope for the best and try to keep his end of the bargain.

***

When they woke up again, the sun was high in the sky, the morning already giving way to afternoon at a milder temperature. They were still in bed, his head on Percy's shoulder and Percy's arms around his waist. Finally, the silence was lasting more than five minutes. They didn't need to do anything or be anywhere other than there, where they had chosen to be.

"Hungry?" Nico heard Percy say quietly, his voice hoarse with sleep.

"No.”

"Not at all? Sally will come here soon, to see if we're still alive.”

That would be funny. Nico could even imagine Sally opening the door and catching them in bed like that, naked and hugging. It would be great. 

With this thought haunting him, Nico disentangled himself from Percy and sat down on the bed, feeling slightly dizzy but content, stretching until he fell backwards, closing his eyes. Maybe he needed something to eat. When was the last time? Had he even eaten anything at the party or just drunk?

"Tired?”

Nico sighed and gave in, knowing that his peace was about to end. He lay on his side of the bed and stared at Percy, who didn't look happy at all.

"Not much.”

"You know, I think we should create a system.”

"I think--”

"Every time you lie to me you will be punished.”

"You said you wouldn't doubt me!”

"It's not a doubt when I know the truth, when I see you lying to me.”

"What do you want me to do?”

"Tell the truth or say nothing at all.”

"Oh.”

"Are you going to spend the rest of your life keeping quiet to please me?”

That was a good question. It was hard to go back into the darkness when you could see so much light.

"This isn't funny." He muttered, feeling something inside his chest spread.

"Yeah. Imagine how I feel watching you lower yourself, being less than you could be.”

"I don't do it all the time.”

"No?”

"Only with you.”

Then Nico saw Percy reach out and touch his face in a light caress.

"I hate what I did to you, what your father did.” 

"You didn't do anything." His father, on the other hand, was a different story.

"I molded you into this perfect person who is afraid of offending anyone.” 

"That's not true! I…”

"I want you to scream if you want. I want you to hit me, to curse me if you feel like it. To revolt. Demand it. I never want to see you so hurt again.”

Maybe Percy was right. But did he really have to do these things? Wasn't something he could see himself doing.

"Don't get me wrong. You don't have to. But if you want to, or one day do these things, it's okay and completely normal”.

"Normal? How can doing these things be normal?”

"Gods." Percy hugged him tighter and leaned his head on Nico’s shoulder. "You don't have to be perfect. Do you understand that?”

But if he's not perfect, no one will like him. How could Nico not be what he already was?

"It's all right." Percy said, but Nico had the impression that Percy was saying this to himself.

In the end, Nico chose to keep quiet. What he had to say wouldn't make any difference, and maybe Percy was right. If he had nothing good to say, he'd better keep his mouth shut.

***

"Gods, what has Percy done to you?!”

As soon as they got downstairs, Sally greeted them with a loving smile and tight hugs. That is, that's what happened until Sally saw the bruise on Nico's neck; a bruise that was actually a well-placed hickey. 

"Mom, you're exaggerating.”

Nico, poor thing, looked between them, trying to understand what was going on. And Percy, like a good Samaritan, helped him to understand it. As if on cue, Percy put his hand on Nico's neck and Nico moaned. Whether it was pain, surprise or pleasure, was hard to tell. Whatever it was, it made his heart race and something else wake.

"Oh." Nico then said, bringing his hand up to his neck. "I didn't realize. It’s very ugly?”

"I wouldn't say that.”

He heard laughter behind him, but preferred to concentrate on Nico, who was frowning sweetly and taking his cell phone out of his pocket, looking at himself in the reflection of the screen.

"Percy! What were you trying to do? Tear off a piece?”

"You are not the only one." Percy opened the first two buttons of his shirt and showed his set of marks, small nails and the shape of teeth that went down until they disappeared inside his shirt.

"I... I didn't do this! Did I?”

"And much more.” 

Percy couldn't help himself, he laughed and pulled Nico into a hug, kissing his cheek. But everything seemed to be fine, because as soon as Percy hugged him, Nico melted against his shoulder, hugging him back.

"It's all right. You can bite me all you want, I like it. "And the way things were going, Nico liked it too.

Percy heard a snort and turned to look at Sally, who didn’t seem all that happy about the display of... affection.”

"Percy Jackson! That's not how you treat people.”

"It was something mutual. And if you must know, Nico started it. You can ask Annabeth, she was the first to see. See here? It was the first." And, right at the nape of his neck, where his hair was starting to grow long, there was a mark that was beginning to fade.

Nico hid his face in his shoulder and Sally crossed her arms. And before another wave of complaints arrived, Percy hurried over:

"Permission to maim?" Nico nodded yes, too embarrassed to face the room full of witnesses, which didn't stop the cursing, laughter and protests.

"That's enough." Sally raised one of her hands to her face and turned to Nico, making him raise his face. "Are you all right, darling? How was the party? Better than old times, no?”

Immediately, Percy knew something was wrong. Suddenly, Nico opened his mouth, about to say something and then closed it, cowering against his arms. The worst part was seeing Nico raise his head and look at him, as if waiting for Percy's permission for something, keeping his lips sealed tightly. He heard another gasp and realized that everyone was waiting for Nico to answer. Grover, Tyson and Sally all found Nico's behavior strange.

All that was left for Percy to do was smile and lead Nico into the living room to sit with him on the sofa.

"What's going on, hm?”

But all Nico did was deny it and look down at his lap, refusing to face him. 

"Please.”

This made Nico look between his eyelashes at him and take a deep breath: "I thought about what you said last night.” 

"About not lying?”

"About keeping quiet.”

Something in Percy's chest tightened at that moment, and hoping it wasn't what he thought, he asked: "Why would you keep quiet?”

"You said that if I was going to lie, I should keep quiet, and since I have nothing important to say, I'll do as you say.”

Percy thought he had stopped breathing. 

He wasn't serious! Who would follow such a ridiculous order? He just wanted to make Nico respond in any way other than accepting everything without protest, he wanted to make him react and see what was going on. And instead, Nico decided to go along with it in the worst possible way?

"Baby, please. I was wrong. I just wanted you to react.”

"React how?”

"In any way you want." Percy then smiled, trying to encourage Nico. "Come on, you can shout at me. You can swear at me. I've done something very bad. I deserve punishment.”

"Punishment?" Nico tilted his head like a confused puppy and moved closer. He kissed him on the lips in a sweet, gentle kiss and touched his hair, smiling angelically. "That's it. Your punishment.”

Percy wanted to cry. Why did everything he said seem to come out backwards? Or maybe it was Nico doing the best he could.

"Are you punishing me or  comforting me?”

"If I choose the punishment, you have to accept it.”

Percy let himself go and hugged Nico tightly, hearing him sigh with pleasure.

"I don't deserve you. I just wanted you to feel free to express yourself. You've been kept quiet for so long that I'm afraid the same thing will happen now.”

"I know." Nico murmured softly, looking pleased.

"What you have to say is important, always will be.” 

"I thought that if I kept quiet I wouldn't have to measure my words.” 

"Don't make me cry.”

"You're so silly. "Nico finally said, the only sincere thing in all that. "I made that decision. I had all the freedom in the world, but at the end of the day, I still missed you and the way things were.” 

In the end, life was about decisions and consequences. He continued to hug Percy and understood, Percy was as lost as he was in all this confusion, he understood that it was a period of adaptation and soon everything would return to normal. Now, what that normal was, they both had no idea, since they had never had a common friendship. 

"I'm sorry." Nico said again. "I think it's a period of adjustment. I'll try not to take everything you say so seriously.”

"I'm very happy about that." The truth was that Percy was relieved, thanking all the gods and deities for finding someone so understanding, although he would have liked Nico to be more combative. 

Don't get him wrong, Nico was one of the most independent and responsible people he had ever met, but what Nico had in the way of independence, he also had in the way of emotional dependence. And sometimes that emotional dependence was too heavy for him to carry alone, although he was willing to carry it for the rest of his life if it guaranteed that Nico would stay in his life.

"So, are we okay?" Nico asked, raising his head and peeking at him shyly.

"Of course, baby. As long as you are.”

Nico seemed immediately reassured. And if that’s what Nico wanted, Percy would do his best to sort things out. Obviously, asking hadn't worked it, nor had talking or pressuring. The way would be to do things the traditional way. Not that he knew what he was doing in the past, but if it’d worked before, it would work now.

Smiling, like nothing had happened, he guided Nico back to the kitchen and sat down next to him at the table, discovering too late that everyone had overheard his conversation with Nico. What could he do? Nico's well-being was more important than the disapproving looks. He knew he would soon see the reprimand, and if making a mistake was necessary to put right what he had done, then so be it! Percy would never regret putting Nico first.

"Pancakes or eggs?”

"Pancakes." Nico answered him. So pancakes it was. 

This was nothing new. Nico's favorite foods were sweet, and the savory ones had a nostalgic feeling, from the time when Nico's mother was still alive. So, next to the pancakes and the chocolate topping, Percy placed a cheese croissant in Nico’s plate, along with a glass of juice and a cup of coffee.

It was incredible. It seemed as if nothing bad had happened ten minutes ago. Nico took the first gulp from his coffee cup and smiled like it was the happiest day of his life, diving into his sugary pancakes next. And just like that, as if by magic, the atmosphere was friendly again, Nico chatting animatedly with Sally, while he, Grover and Tyson watched, trembling for the next feast they would be forced to attend.

"Dude, thanks for letting me stay. My mom's back.”

"You can stay as long as you like, it's your house. Why don't you pack a bag and stay until graduation? It won't be long now.

"If a whole year isn't too much..." Both he and Grover shrugged and Grover punched his shoulder amiably, making them both smile. It was a good idea, especially when he and Nico left; his mother would be alone and Grover would always be a great company.

"Really! What are you still doing in that house?”

"Yeah! There'll always be a room for you." Tyson finally deigned to join in the conversation, usually preferring to stay away from the drama. "You already work for us, what does it takes to be part of the family?”

"Do you think working is smiling at customers and taking them to the right table when others can't?”

"Of course it is. You even wear a nice suit and comb your hair with gel." Tyson continued, all too happy to mock Grover, back to their natural routine.

"Shut up! That's not even a uniform. Juniper likes it..." Grover's last words sounded very low, as if he was embarrassed.

And well, who was Percy to interrupt such a sweet and happy moment?

He turned to his food and took the first bite of his eggs, soft and lightly salted, just the way he liked them, and took a sip of his strong coffee without sugar or milk, noticing that Nico had already finished eating and was looking at him with a little smile on his face.

"What is it, hm? Do you want more?”

"No. I like to see you happy and having fun with your friends. You didn't used to do that.”

"It's true. I told you I had problems, didn't I?”

"I didn’t take it seriously. You always seem so determined and confident.”

"That doesn't mean I was right.”

"Hm." Nico murmured, thoughtfully. "I never thought about it from that angle. I think everyone has something to hide. Some people just hide it better.”

"That's just it. The more things we hide, the better actors we are, no?" Percy couldn't help himself, Nico was being so sincere that he deserved a reward. He pulled Nico by the scruff of his neck and kissed him right there in front of everyone, a kiss meant for four walls.

"What was that?" Nico said as soon as he caught his breath.

"A reward for an obedient baby.”

Blushing from head to toe, Nico just looked at him, giving him a cute little peck, but not complaining. What could he do? If that was how Nico understood it, then that was how it would be from now on.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

So? I have the impression that Nico is becoming so dramatic… or is it Percy's view of him? Well, I think Nico thinks Percy is a bit dramatic too 🤣🤣🤣🤣 What's your opinion? Your comments help me to understand the weak points in the story so that I can rewrite it in the best way in the future.

Thanks for reading!


Tags
1 year ago
1x18. A Beautiful Example Of Steve Showing Up For Danny.
1x18. A Beautiful Example Of Steve Showing Up For Danny.
1x18. A Beautiful Example Of Steve Showing Up For Danny.

1x18. A beautiful example of Steve showing up for Danny.

Steve showing with actions, that he listens when Danny talks, and he hears him, that he is not alone.

After his brother abandons him, Danny sits there on the edge of the sidewalk, looking like a lonely little boy, curled into a ball, feeling small and alone and making himself small.

In a beautifully symbolic visual, Steves comes to him, brings himself down to Danny's level, even tho he has to fold his long limbs awkwardly to sit next to Danny, to meet him where he is.

Steve is showing Danny that he will be anything he needs, whether it includes lying to the FBI or sitting quietly on the floor together.

Danny told him that sometimes, just being there, is enough. And Steve is there for Danny, physically and emotionally, and Danny notices and appreciates it.

Despite everything Steve makes him smile. Just by being there Steve makes things suck a little less for Danny and together they have all the time in the world.


Tags
8 months ago

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XXVI

Oii, como vai? Finalmente consegui escrever mais um capítulo. A gente tem que aproveitar quando a motivação bate à porta. Eu já tenho os próximos dois capítulos planejados, agora só falta escrever.😂😂😂

Desculpe pelos erros, acabei de terminar de escrever, e metade dele, escrevi hoje. O que quer dizer que no futuro vai ser revisado. Espero que vocês gostem.

Boa leitura!

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII / CAPÍTULO XIV / CAPÍTULO XV / CAPÍTULO XVI / CAPÍTULO XVII / CAPÍTULO XVIII / CAPÍTULO XIX / CAPÍTULO XX / CAPÍTULO XXI / CAPÍTULO XXII / CAPÍTULO XXIII / CAPÍTULO XXIV / CAPÍTULO XXV

Percy se afastou lentamente da cama, e andou em direção ao guarda-roupa. Ainda não acreditava no que tinha feito. Nico não era como Luke, ou como um garoto qualquer, onde Percy se divertiria um pouco e depois largaria, sem se importar com as consequências. Não, com Nico era necessário um cuidado extra, ele precisava de tempo e atenção, de ser tratado da forma certa e no ritmo certo para que em sua pressa, Percy não arruinasse tudo. Era por isso que não podia se deixar levar dessa forma, se divertindo mais do que devia com a reação e o desconforto de Nico, vendo Nico ficar mais excitado a cada momento que passava sem nem saber o que fazia.

Será que Nico percebia a facilidade que tinha de entrar naquele estado de submissão? Suas pupilas se dilatavam, seu rosto corava, e até sua postura se transformava, se curvando levemente, o clima mudando drasticamente quando Nico se transformava naquele ser completamente obediente e doce, que até as outras pessoas ao redor percebiam. O pior? Percy se transformava junto, trazendo seu pior lado à tona.

Felizmente, tudo isso tinha ficado no fim de semana. Percy fez questão de guardar essas memórias dentro da caixa que Apolo tinha lhe dado, junto com a coleira e os outros objetos. Entretanto, manteve a tal caixa em cima da escrivaninha ao lado da cama, fora de vista, porém, perto o suficiente se eles decidissem dar um passo além do que ambos estavam confortáveis no momento.

— Per? — Era Nico quem o chamava, o único que usava aquele apelido ou dizia seu nome tão docemente.

Nico estava sentado na cama, dedilhando sua gargantilha com a mesma mão onde a aliança de noivado estava. Ele tinha aquele mesmo olhar perdido e rosto corado, mesmo que eles tenham apenas tomado banho e se vestido para ir o colégio. Percy decidiu ignorar a vontade de prender Nico contra a cama e dar o que ambos queriam, e apenas sorriu, contente em observar Nico.

— O que foi, bebê?

— A gente... está tudo bem?

— É claro que está.

— Então, porque você não me tocou desde... desde a coleira?

Percy parou e pensou: “Hm. Isso era verdade.” Não tinha sido algo consciente ou para punir Nico. Percy só achou que seria bom alguns momentos para eles respirarem um pouco.

— Não se preocupe, hmm? Me dá um beijo.

Percy voltou até a cama e se ajoelhou entre as pernas de Nico, ficando da altura dele, e o beijou. Algo doce e suave. Percy não pretendia transformar o beijo em algo além de uma caricia passageira. O problema era Nico e seus gemidos doces, a forma que ele abriu os lábios e arfou, que enrolou as pernas em volta de sua cintura e o puxou para cima, o convidando a se deitar em cima de Nico. Quando Percy viu, agarrava Nico pelos cabelos, roçando sua língua contra de Nico, engolindo seus gemidos.

Se afastar de Nico foi como emergir depois de longas horas nadando, ele sentia que poderia continuar por mais algum tempo, mas que não seria bom para ele se continuasse. Por isso, descolou seus lábios dos de Nico, respirou fundo e afastou sua cabeça lentamente. Apoiou um joelho na ponta da cama e inspirou, forçando seu coração a bater em um ritmo normal. Já Nico? Ele estava deitado, estatelado no meio dos lençóis, respirando tão fundo quanto ele, porém, completamente feliz e contente em continuar exatamente onde estava, piscando lentamente enquanto o via se afastar.

Parece que ele teria que ser o adulto ali.

Percy praticamente se jogou para fora da cama, para logo em seguida pegar o sapato de Nico e os calçar nos pés de Nico, amarrando os cadarços. Se levantou, foi em direção ao guarda-roupas e pegou suas jaquetas. Ajudou Nico a se sentar na cama e enfim, colocou uma delas em Nico que apenas levantou os braços, se permitindo ser vestido.

Se pudesse, ficaria hoje em casa e se certificaria que Nico continuasse em sua feliz e contente bolha de prazer. Isso é, se não fosse as provas se aproximando. Eles tinham estudado muito para deixar que tudo fosse arruinado agora.

— Você não precisava fazer isso. — Nico disse, seu rosto se esquentando, parecendo voltar a realidade.

Percy apenas olhou para ele e sorriu, pegando suas bolsas do chão, o violão de Nico, e segurou na mão de Nico que agora se arrastava de má vontade pelo carpete, o guiando para fora do quarto em direção a porta de saída.

***

Percy se sentou no banco e fechou os olhos por um momento. A preparação para as provas finais estava começando e os professores estavam decididos a fazer sua vida miserável. Sete trabalhos, testes surpresas e apresentações em grupo, tudo o que ele não precisava nesse momento. Se ele pudesse ter um momento para recuperar o folego tinha certeza que—

— ...cy? Percy!

— Hm?

— Você não escutou nada do que eu disse!

Percy tentou não revirar os olhos, mas parecia que tinha sido em vão. Luke tentava dizer algo que devia ser muito importante, Percy tinha certeza. Algo sobre o time, ou provavelmente sobre a formatura. Na verdade, em sua ausência, Luke estava se mostrando ser um ótimo líder, um bom amigo e alguém que ele podia confiar mesmo que o ciúme sempre fosse falar mais alto.

— Eu sei que você está ocupado com Nico e o futuro da sua vida perfeita. Mas será que pode prestar atenção em mim?

Percy sorriu para Luke e o abraçou pelo pescoço, o fazendo lembrar das milhares de noites onde a solidão o fez buscar refúgio naqueles mesmos braços, mas que não importava o quanto Luke tentasse, nunca seria suficiente para Percy. A realidade é que por debaixo do flerte e da diversão, Luke era mais um que buscava um lugar a qual pertencer.

— Você não precisa de mim. Nunca precisou.

— Percy! Estou falando sério.

— Eu também. — Percy disse. Ele se virou em direção a Luke e segurou no rosto dele, o admirando como Percy raramente fazia. Era uma pena que ele já amava Nico. Luke merecia alguém que o amasse o tanto quanto ele amava Nico. — Vou sair do time essa semana.

— O quê? Por que agora? Tão perto da graduação?

— É uma surpresa. Não vou fazer faculdade aqui.

— Você não pode largar tudo por causa dele!

— Recebi uma boa proposta na Itália.

— Tem certeza? Você se esforçou tanto.

— Você merece.

— Eu? O que eu tenho a ver com isso? — Luke se afastou, se inclinando para trás, e coçou a cabeça, completamente confuso.

— Você vai ser um ótimo capitão.

— Eu... — Luke gaguejou e parou de falar, e Percy pode ver pela primeira vez em muito tempo uma emoção verdadeira passar pelo rosto de Luke. — Você não precisa sair do time. Nós precisamos de você se quisermos vencer.

— Hm. Talvez. Se você insiste.

***

No fim, Percy acabou sendo vencido pelo cansaço, ele seria vice capitão enquanto Luke tomaria seu lugar. O treinador parecia orgulhosos deles por algum motivo, e nada pareceu realmente mudar, ainda que ele não fosse em todos os treinos. Sem os treinos, Percy passou a ter mais tempo para falar com a mãe e planejar os próximos passos, como a faculdade e o casamento. Uma casa. Mas sem que Nico percebesse que algo muito drástico estivesse acontecendo.

— Venha no próximo treino.

— Eu preciso mesmo? — Percy falou para Luke e então se virou para Grover que estava a seu lado, abraçado com Juniper. Grover deu de ombros e Juniper sorriu, a líder de torcida apenas abraçou Grover com mais força e encostou a cabeça no ombro dele.

— O primeiro jogo é daqui oito dias. Por favor.

— Só porque você pediu com carinho.

Percy bagunçou os cabelos de Luke, e Luke se levantou, levando sua bolsa e prancheta junto. Ele observou Luke marchar para fora do pátio e viu Nico aparecer logo em seguida com sua bolsa e violão pendurados no ombro. Uma aparição incomum. Há essa hora Nico estaria na prática de banda se preparando para a apresentação no baile de formatura e não ali, parecendo um cachorrinho abandonado na estrada. Antes que Nico pudesse sumir entre a multidão de adolescentes, Percy correu em sua direção o segurando pelo ombro, o virando em sua direção.

— O que aconteceu?

Percy percebeu imediatamente que algo estava errado. Ele tocou no rosto de Nico e virou o rosto dele em sua direção, o movendo em vários ângulos. Procurou no pescoço e desceu os dedos pelos ombros de Nico, não encontrando nada errado. Isso é, até que Nico o entreolhou pelos cílios e piscou lentamente em sua direção.

— Não aconteceu nada. A prática de hoje foi cancelada. A professora estava ausente. O pessoal ia sair para comer... eu preferi ficar aqui.

— O que aconteceu no caminho até aqui?

— Não foi nada, eu juro.

Percy pensou em continuar com suas perguntas, mas, então, lembrou a promessa de não questionar as ações de Nico. Ele iria confiar em seu bebê.

— Quer descansar um pouco ou quer ir para casa?

Ele sabia que isso não era justo, ficar testando o quanto Nico realmente era dependente dele. Imagina seu alívio ao ver Nico parar e pensar durante alguns segundos, suas sobrancelhas se fincando e biquinho de concentração aparecendo em seus lábios. Nico tirava um peso enorme das costas de Percy sem nem saber; não porque era difícil para Percy continuar decidindo tudo pelos dois e sim porque, dessa forma, Percy sabia que não estava machucando Nico de alguma forma ou aprofundando nenhum tipo de trauma.

— A gente pode descansar um pouco e depois estudar?

Percy gemeu, já se arrependendo de ter perguntado. Nico poderia negar, mas amava torturá-lo com as eternas sessões de estudo. Percy tinha certeza disso.

— Sério? É só nisso que você pensa?

Tudo o que Nico fez foi rir, todo delicado, e segurar na alça de sua mochila, se fazendo de fofo e inocente.

— O que foi? Vai ser bom pra você. Assim, a gente vai treinando para a faculdade. — Nico continuou sorrindo, usando uma voz toda meiga e baixinha, e segurou em suas mãos, o fazendo esquecer a reclamação que estava prestes a vir.

Viu? E depois as pessoas o chamavam de manipular e frio. Isso é porque elas nunca prestaram atenção no que Nico fazia. Percy sorriu de volta e pegou a mochila e o violão do ombro de Nico, andando em direção aos bancos no pátio descoberto. Ele sabia o quanto Nico gostava de deitar sob a luz do sol.

Não era uma visão comum aquela, ele sentado no banco no meio do pátio e Nico com a cabeça em seu colo. Nico tinha os olhos fechados e respirava tranquilamente, enquanto Percy massageava seus cabelos, lento e cuidadoso, tocando nas orelhas pequenas e macias, no pescoço longo, na nuca cheirosa.

— Para de olhar para mim dessa forma. — Nico diz de olhos ainda fechados, embora Percy pudesse sentir o rosto entre suas mãos esquentando lentamente.

— Como eu estou te olhando?

— Como se eu fosse fugir.

— Não é por isso que estou olhando pra você. — Percy continua tocando na pele de Nico, descendo seus dedos pelo pescoço de Nico, e para com a mão sobre a gargantilha, e enfim se inclina sobre Nico, o beijando suavemente sobre o couro. Percy sobe seus lábios e encontra aquele pedaço de pele, bem atras da orelha de Nico, que faz o garoto se arrepiar dos pés à cabeça.

É claro que esse é o momento onde Luke grita para eles encontrarem um quarto.

— De onde é que ele veio? — Nico diz, e algo na voz dele faz Percy parar e encará-lo, vendo Nico abrir os olhos suavemente. Percy poderia se forçar a acreditar que nada estava errado, mas... era tão obvio. — Eu vi você abraçando o Luke.

Então, era isso.

— Ele é só um amigo.

— Eu não gosto disso. — Nesse momento, Nico realmente o encarou e frisou cada palavra. — Como ele foi seu amigo quando eu estava na Itália, é isso?

— Nossa. — Percy estava sem palavras. Era até engraçado, mesmo que no fundo Nico estivesse certo. Qualquer amigo poderia ter se tornado mais quando Nico estava do outro lado do mundo e Percy estava ali, sozinho e solitário.

— O que foi, não isso o que você fez?

— Você está certo. — Percy disse, tentando acalmar seu bebê manhoso. — Eu não sabia que isso era um problema.

— Você não agiu diferente quando eu contei sobre meu ex-namorado.

Hm. Isso era verdade. Como sempre, Nico estava certo.

Percy pensou em se justificar e dizer que eles ficaram bravos por motivos deferentes. Ele não entedia porque Nico teve que ir procurar sexo do outro lado do mundo e Nico não gostava que Percy tinha tentado o substituir com a primeira pessoa que apareceu.

— Eu sinto muito, bebê. Juro que isso ficou no passado. Prometo que isso não vai se repetir.

— Você transar com outras pessoas ou ficar tocando seus “amigos”?

Dessa vez, Percy não aguentou. Ele jogou a cabeça para trás e gargalhou. Deuses! Ele sentiu tanto a falta de Nico, dos ciúmes sem sentido e da obsessão que ambos tinham pelo outro. Mesmo que ele entendesse ser algo erado, era como volta para casa depois de longo dia cansativo.

— Os dois. Não vou fazer nenhum dos dois sem seu consentimento.

Então, a coisa mais fofa aconteceu. Feito o bebê que Nico era, ele fez um biquinho e encheu as bochechas de ar, mostrando seu descontentamento, e logo em seguida se virou de lado, escondendo o rosto em sua barriga.

— As vezes eu te odeio. Odeio esse sentimento que me corrói por dentro. Eu quero você só pra mim. Sei que você faz essas coisas de propósito! — Nico levantou a voz e se afundou mais ainda conta seu colo, se roçando com Percy um pouco além da conta.

Agora, quem estava fazendo o que não devia de proposito?

— Bebê, eu juro. Não fiz iss—

— Percy, quando tempo.

Porra! Ela tinha que aparecer logo agora?

Por um momento as vozes ao redor do pátio pareceram se calar, e um silêncio estranho, como se as outras pessoas tivessem se petrificado no lugar para escutar melhor e ver o que aconteceria. Até Nico pareceu parar de respirar, ficando tenso em seus braços e de costas para Annabeth. E logo quando ele disse que não iria fazer aquelas coisas...

— Per-cy!

— Você não precisa gritar, todo estão te ouvindo. — Ele murmurou, tentando amenizar a situação.

— Quando você vai contra os ingressos para o baile?

— Não sei do que você está falando.

— Você não lembra? Você prometeu.

— Só nos seus sonhos.

Percy não pôde evitar, olhou para baixo e viu que Nico já o encarava, furioso, um olhar tão decidido que ele sabia que teria que fazer uma reparação de danos. Ele mal percebeu que ainda segurava nos cabelos e na gargantilha de Nico, ainda com seus dedos sobre a pele de Nico, possessivo e protetor. A maior surpresa veio em seguida, Nico segurou em suas mãos e as afastou dele, lutando para se levantar, fugindo dele mais uma vez.

Isso foi o suficiente para Percy entrar em ação. Percy luxou Nico para trás, e o virou, o fazendo se sentar em seu colo, mais uma vez de costas para Annabeth.

— Onde você pensa que vai, hm?

— Pensei que você queria conversar com seus amigos.

Ah, tanta mágoa, tanto ciúme, tão amargo. Será que ele seria uma pessoa horrível por sabia que Nico se importava tanto assim, mesmo que fosse através de emoções tão ruins?

— Bebê?

— O que foi?!

Percy levantou a cabeça de Nico, que se negava em encará-lo, e se aproximou do ouvido dele, para que somente Nico pudesse ouvir:

— Eu te amo. Só você e ninguém mais.

— Mentiroso!

— Eu nunca mimaria ninguém como eu te mimo. Nunca faria todos as suas vontades ou me permitiria ficar tão vulnerável se eu não te amasse. Sabe o que mais eu nunca faria?

— O que? — Dessa vez, a voz de Nico saiu bem mais baixa, quase em um sussurro.

— Eu nunca te foderia como eu faço com você. Nunca aceitaria a submissão de alguém que não fosse você. Porque eu escolheria outra pessoa quando a coisa mais perfeita e obediente está bem na minha frente. Hm? Me responda.

Nico se afastou apenas o suficiente para encará-lo, agora seu rosto e orelhas pegando fogo. Sua atitude completamente diferente do que há cinco minutos atras.

— Eu... me desculpa. Eu não quis dizer essas coisas. Eu só...

— Eu devia te castigar. Devia mostrar o que garotos mal comportados merecem.

O momento seria cômico se Percy não estivesse tão excitado, e aparentemente, Nico também estava; ele podia sentir o pequeno volume contra a parte baixa de sua barriga, e a forma que Nico gemeu e se segurou em seus ombros teria lhe dito o que acontecia de qualquer forma.

— Agora, como você vai se desculpar?

— Desculpar? — Nico parecia confuso, mas mesmo assim, se aproximava mais dele, colando seus corpos e o abraçando pelo pescoço.

Nico apenas precisou de um empurrãozinho e seus lábios estavam se conectando. Suas línguas logo se encontraram e gemido arfado veio em seguida. Infelizmente, Percy não podia deixar que as coisas fossem longe demais, afinal de contas eles ainda estavam em público, e seu bebê era bom demais para aqueles olhos de rapina, procurando pela próxima fofoca.

Percy segurou Nico pela parte de trás do pescoço e separou suas bocas, vendo Nico arfar como se tivessem feito muito mais do que compartilhar um beijo rápido. Talvez não fosse uma boa ideia deixar Nico muito tempo sem sexo.

— Que tal a gente ir para casa, hm? Tomar um banho relaxante? Prometo que amanhã a gente estuda o quanto você quiser.

Nico apenas acenou, piscando lentamente. Ele ajudou Nico a pegar suas bolsas e quando se levantou, Annabeth ainda estava parada no meio do caminho, mais perto do que Percy gostaria que ela estivesse deles. Bem, isso não importava. Contanto que Annabeth não se intrometesse em sua vida, ela podia fazer o que quisesse, mesmo que isso significasse o vigiar feito um gavião.

Obrigada por ler! Comentários sempre me motivam.


Tags
1 month ago

I'm currently in an H50 rabbit hole, so here is my thought about McDanno. Danny never panics about his sexuality it doesn't matter whether identified as queer before meeting Steve or not, he just goes "Huh ok" maybe an additional "Fuck" because it's Steve but that's it. Steve, on the other hand, always panics. He's just a panicked gay.

4 months ago

nobody warns you that writing makes you obsessed with hands. what are they doing? are they trembling? are they clenched? are they—

1 year ago

Fixo

SEJAM BEM-VINDOS!

Oii, como vai?

Você pode me chamar de Ana ou Aurora, meu pseudônimo. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e originais.  Aqui colocarei minhas ideias e histórias, trazendo o que eu puder de interessante para esse pequeno cantinho de criatividade.

MEUS SITES DE ESCRITA

> Spirit Fanfiction

> AO3

> Tapas

>Dreame (Uma das minhas histórias completas. Se você puder dê uma olhada^^)

>AO3

>SpiritFanfics

>Dicas de Escrita 

> Tumblr - Meu blog pessoal de escrita e dicas sobre escrita.

MEUS LINKS

Tudo o que eu escrever estará sob o link mywriting

Os posts sobre as dicas de escrita estarão sob o link aurora ajuda para escritores

Todos os posts reblogados não terão tags.

Agora que tiramos isso da frente, podemos começar!

Eu escrevo desde o início dos anos 2000 e já passei por milhares de fandons, porém escrevi para poucos. O primeiro em que escrevi foi o de Naruto, depois Supernatural por uns bons cinco anos e lá pelos anos 2010 Percy Jackson, lugar que não saí desde então.

A verdade é que eu escrevo originais com a imagem que eu tenho dos personagens de Percy Jackson, e como os aspectos dessas histórias não são completamente originais (apenas uns 85%) eu considero minhas histórias fanfiction. Por exemplo, sempre imagino Percy com quase dois metros de alta, cabelos castanhos e levemente clareado do sol, pele bronzeada e olhos verdes, a personalidade tende mais para o lado rebelde e ligeiramente obscura dependendo do enredo. Já o Nico é alguém que tem o exterior vulnerável e doce, mas que por dentro é o mais forte e inteligente, principalmente na parte mental. Imagino ele com cabelos lisos e ondulados, pretos, olhos negros, nariz fino e arrebitado e pele cor oliva-escura, não exatamente chegando a ser uma pele negra. Os enredos, também, são os mais variados. Já escrevi sobre máfia, vampiros, a/b/o e outros que eu nem me lembro mais.

A questão aqui é que encontrei no Percy e no Nico meus modelos perfeitos de personagens para escrever, eu confesso, também os modifiquei bastante durante os anos, suas personalidades e histórias de vidas, para se adequarem ao que eu precisar dependendo da história que eu estiver contando.

O que eu realmente quero dizer é: eu criei uma versão deles, com motivações e objetivos tão diferentes dos livros que eles na maioria das vezes são bem OCC e fora do caráter original, sabe? Embora eu tente manter a essência deles viva. Isso me permite criar mundos e enredos que do contrário eu não me sentiria inclinada a escrever.

Imagine dessa forma, eles são os meus brinquedos favoritos para brincar, mesmo que eu tenha milhares de outros tão bons ou até melhores; eles ainda são os meus favoritos e sou apegada a eles. Dessa forma, não espere que eu vá escrever enredos canon, são bem raros para mim. A razão disso? Bem... me sinto muito limitada e eu não quero lidar com Will Solace.

Sou Anti-solangêlo? Pode se dizer que sim. É simples, não gosto de personagens jogados e que aparecem miraculosamente para ser o par de um personagem só porque ele se tornou popular. Eu, como demisexual, não aceito o fato de não ter desenvolvimento em como um romance acontece. Bons exemplos de casais, Reyna e Percy já que eles têm um bom tempo para se conhecer em cenas, Percy e Rachel já que eles também passam um tempo juntos e não simplesmente começam a namorar, Percy e Annabeth, e até Annabeth e Reyna eu aceitaria já que elas passam um tempo juntas, mesmo que seja desconfiando uma da outra. É tudo o que eu tenho a falar sobre o assunto. Então, vocês não me verão escrever boas coisas sobre eles.

Já sobre o blog de dicas de escrita, é um projeto que tenho há cinco anos. Sou alguém que precisa aprender algo novo de vez em quanto, por isso fiz um blog de escrita criativa. Com o tempo ele foi se tornando algo mais parecido com um trabalho, então decidi movê-lo para um lugar que me permita uma remuneração por isso. Vocês estão convidados a participar dele também; logo teremos posts interessantes sobre como melhorar nossas histórias por lá.

Bem, é isso. Sou uma escritora lenta e por vezes metódica, não sei como lidar muito bem com o fandom, principalmente pela agressividade que eu costumava ver. Também não sei trabalhar com pedidos, sabe? Eu preciso seguir meus pensamentos e não o que as pessoas me pedem, o não me impede de tentar encaixar sugestões nos meus textos. Estou fazendo o meu melhor para me enturmar mais. Então, sugestões são sempre bem-vindas, porém o que me dá vida é receber feedback e comentários. Também quero avisar que ao encerrar das minhas histórias é provável que eu as transforme em originais, elas podendo ou não sair do ar quando chegar essa hora. Então, se divirtam e se vocês se sentirem a vontade, comentários me incentivará a escrever ainda mais.

Obrigada por ler!

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

WELCOME!

Hi, how are you?

You can call me Ana or Aurora, my pseudonym. I write Pernico/Nicercy and original fanfics. Here  I will put my ideas and stories, bringing whatever I can of interest to this little corner of creativity.

MY WRITING

> Spirit Fanfiction

> AO3

> Tapas

>Dreame (One of my complete stories. Take a look if you can^^)

>AO3

>SpiritFanfics

>Writing Tips in Portuguese

> Tumblr - My personal writing blog and writing tips.

MY LINKS

Everything I write will be under the link mywriting

Posts about writing tips in portuguese will be under the link aurora ajuda para escritores

All reblogged posts will have no tags.

Now that we got that out of the way, we can get started!

I've been writing since the early 2000s and have been in thousands of fandoms, but I've written for very few. The first one I wrote for was Naruto, then Supernatural for a good five years and back in the 2010s for Percy Jackson, a place I haven't left since.

The truth is that I write originals with the imagery that I have of Percy Jackson's characters, and since aspects of those stories are not completely original (only about 85%) I consider my stories fanfiction. For example, I always imagine Percy as almost six feet tall, brown hair and slightly bleached from the sun, tanned skin and green eyes, the personality tends more towards the rebellious and slightly dark side, depending on the plot. Nico, on the other hand, is someone who has a vulnerable and sweet exterior, but who inside is the strongest and most intelligent, especially in the mental part. I imagine him with straight, wavy black hair, black eyes, a thin, upturned nose and dark olive-colored skin, not quite a black skin. The plots, too, are varied. I've written about mafia, vampires, a/b/o and others I can't even remember anymore.

The point here is that I found in Percy and Nico my perfect models of characters to write about, I confess, I also modified them a lot during the years, their personalities and life stories, to fit whatever I need depending on the story I'm telling.

What I really mean is: I've created a version of them, with motivations and goals so different from the books that they're mostly pretty OCC and out of the original character, you know? Though I try to keep their essence alive. This allows me to create worlds and plots that I otherwise wouldn't feel inclined to write.

Imagine it this way, they are my favorite toys to play with, even if I have thousands of others just as good or even better; they are still my favorites and I am attached to them. In that way, don't expect me to go writing canon plots, they are quite rare for me. The reason for that? Well… I feel very limited and I don't want to deal with Will Solace.

Am I anti-solangêlo? You could say that. It's simple, I don't like characters who miraculously appear and became the love interest of a character, and just because they became popular. I, as a demisexual, do not accept the fact that there is no development in how a romance happens. Good examples of couples, Reyna and Percy since they have a good time getting to know each other in scenes, Percy and Rachel since they also spend time together and don't just start dating, Percy and Annabeth, and even Annabeth and Reyna I would accept since they've spend time together, even if it is in distrusting each other. That's all I have to say on the subject. So you won't see me writhing nice things about them.

About the writing tips blog, it's a project I've had for five years (in Portuguese). I'm someone who needs to learn something new from time to time, so I made a creative writing blog. Eventually, it became more like a job, so I decided to move it to a place that allows me to get paid for it. You're invited to join it too; soon we'll have interesting posts on how to improve our stories there.

Well, that's it. I'm a slow and sometimes methodical writer, I don't know how to deal with fandom very well, mostly because of the aggressiveness I used to see. I also don't know how to work with requests, you know? I need to follow my thoughts and not what people ask me, which doesn't stop me from trying to fit suggestions into my texts. I'm doing my best to get along more with all of you. So, suggestions are always welcome, but what gives me life is receiving feedback and comments. I also want to let you know that when I finish my stories, I'll probably turn them into originals, and they may or may not go off the air when that time comes. So have fun and if you feel like it, comments will encourage me to write even more.

Thanks for reading!


Tags
Loading...
End of content
No more pages to load
  • auroraescritora
    auroraescritora reblogged this · 1 year ago
  • auroraescritora
    auroraescritora reblogged this · 1 year ago
  • haiseiscute333
    haiseiscute333 reblogged this · 1 year ago
  • yonemurishiroku
    yonemurishiroku reblogged this · 1 year ago
  • yonemurishiroku
    yonemurishiroku liked this · 1 year ago
  • haiseiscute333
    haiseiscute333 liked this · 1 year ago
  • auroraescritora
    auroraescritora reblogged this · 1 year ago
auroraescritora - Aurora Escritora
Aurora Escritora

Sejam bem-vindos! Olá, esse é meu blog pessoal. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e orginais, e reblogo alguns posts de vez em quando. História Atual Não há lugar como o Lar - versão em Portugues There's no Place like home - English version Resumo: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro. Se você quiser saber o que eu escrevo, siga a tag #my writing

464 posts

Explore Tumblr Blog
Search Through Tumblr Tags