Oii, como vai? Então.... vou precisar dar uma parada nas postagens para descansar. A boa notica é que em fevereiro estamos de volta. Eu também escrevi um shortstory para me desculpar. Espero que vocês gostem! 18+!
“Eu sei que você quer.” Nico disse, sem nem ao menos hesitar.
De joelhos a seus pés e o encarando com os olhos mais inocentes que Percy já tinha visto, o garoto que tinha idade para ser seu filho, repousou as mãos sobre o próprio colo e umedeceu os lábios, ele abriu a boca e colocou a língua para fora, convidando Percy a se aproximar dele.
Como Percy poderia resistir, justo diante dessa visão que vinha se repetindo em seus sonhos mais sombrios, e que agora se apresentava a ele numa bandeja de ouro? Como ele poderia desviar os olhos daquela boquinha avermelhada e carnuda, do pescoço longo e elegante, e do corpo esguio que finalmente estava exatamente onde Percy mais queria? E já que Nico já estava de joelhos a sua frente, sem Percy nem ter que pedir, ainda olhando para ele com aquela enganadora expressão de inocência e timidez, Percy não perderia a oportunidade que estava sendo dada a ele.
Antes de fazer alguma besteira, Percy fechou os olhos, tentando raciocinar sobre a nevoa de luxúria que o tomava. Deuses! O que ele estava fazendo? Ou melhor, o que estava prestes a fazer? Percy nunca pensou que Nico fosse capaz de fazer algo assim, ele era seu doce e jovem babá, o garotinho que ele viu crescer, correndo por aí com as outras crianças, sempre sorrindo para ele e parando em frente à sua casa para falar com ele. Mas, agora, a imagem imaculada do garotinho de pele oliva e profundos olhos negros se transformava, e tudo o que Percy queria era tocar em Nico, era tudo o que ele queria desde que Nico começou a trabalhar para ele e sua esposa, notando como o garotinho tímido tinha se tornado um homem, bonito e alto, sempre prestativo e disponível, não importava qual fosse o momento que ele e sua esposa precisariam de seus serviços como babá.
“Por favor, senhor. Eu... eu quero... sei que a sua esposa não te toca mais. Por favor, eu posso te mostrar que sou melhor do que ela.”
Percy começava a desconfiar que Nico estava certo. Annabeth não tinha interesse em sexo, ele não tinha interesse em ter sexo com ela. O que não tornava o que estava prestes a acontecer melhor ou certo. Embora ele não precisasse se preocupar em seu pego, sua esposa só voltaria de viagem na próxima semana, provavelmente demorasse mais tempo do que isso se ele a conhecesse, e seus filhos estavam no andar de cima, há essa hora dormindo profundamente. Se eles agissem rápido e fossem silenciosos, tinha certeza que ninguém saberia.
"Você tem certeza disso?" Percy não consegui evitar e estendeu a mão, tocando no rosto de Nico, macio e aveludado, deixando que seus dedos deslizassem pelas maçãs do rosto de Nico e então tocou seus lábios, dedilhando o contorno deles que se abriram mais uma vez, a língua de Nico saindo e se encontrando com a ponta de seus dedos, os chupando sem pressa, o encarando, como se o desafiasse.
Bem, Nico não tinha usado palavras, mas o gesto era mais do que suficiente. Percy não conseguiu evitar que um suspiro escapasse de sua boca quando enfim abriu o zíper de suas calças, puxando seu membro duro para fora de sua cueca. Percy massageou o falo durante alguns momentos antes de guiá-lo em direção aos lábios que ainda o esperavam molhado e abertos, Nico arfando levemente.
No fim, deixar que Nico envolvesse seu membro com aqueles lábios macios e o chupasse por longos minutos, tinha sido uma das decisões mais fáceis de sua vida, e quando ele finalmente alcançou a garganta de Nico depois de algumas momentos, o sentindo engasgar levemente, sua segunda decisão mais fácil também veio; Percy agarrou nos cabelos de Nico e se deixou levar naquele vai e vem, observando os olhos negros de Nico lacrimejarem, fixos nele, enquanto Nico, agora com os lábios relaxados ao redor dele, engolia ao redor de Percy e tocava o próprio membro, pequeno e molhado, Percy sentindo Nico estremecer e gemer, extasiado pela cena que via.
E então, educativo, não? Brincadeiras a parte, foi interessante, fazia tempo que eu não escrevia algo assim, então, valeu apena. Espero que você tenham se divertido.
Até logo!
So, hi! I really like your blog and i have a question: do you know some apps or "programs" (idk) for writers?
Hey, nonny! I’m glad you like the blog, and thanks for your question <3
Here’s a huge list of some writing programs I found:
FREE
FocusWriter
-designed to keep you focused and distraction-free
WriteMonkey
-writing and editing software to keep you focused
LibreOffice
-free alternative to Microsoft Office
Scribus
-formatting and publishing software
FreeMind
-mind-mapping and organizing program
Trello
-idea organization
-pin pages to reference later
Twerds
-reminds you to write daily and tracks your writing
oTranscribe
-transcribes audio quickly and conveniently
Coffitivity
-a white noise player to help you focus
ZenPen
-minimalist writing software so you don’t get distracted
Power Thesaurus
-a crowdsourced thesaurus
Twinword Writer
-writing software with a built-in thesaurus
Cliché Finder
-finds the cliches in your writing
Calmly Writer
-an extremely simple interface to help you focus when writing
The Most Dangerous Writing App
-if you stop writing for more than about three seconds, it deletes everything you’ve written
PAID
Daily Page
-sends you a prompt every day to get you writing
ProWritingAid
-reviews and evaluates your writing for grammar and other mistakes
Blank Page
-a simple writing program that allows you to set goals for yourself
750 Words
-a writing interface that encourages you to write 750 words (about three pages) every day, and allows you to analyse your writing. my personal favourite.
Ilys
-an interface where you can only see the last letter you wrote, to help cure writer’s block
I hope that helped you out! (Side note: most of the paid programs have free trials.) If you have another question, feel free to ask us!
-Mod Gen
If you need advice on general writing or fanfiction, you should maybe ask us!
Oii, como vai? Eu ia passar por aqui na semana passada, mas como estava sem energia, acabei deixando para hoje. Na verdade, faz mais de duas semanas que não escrevo uma palavra, porém, percebi que tinha mais de um capítulo pronto. Então, vou postando até eles acabarem.
Boa leitura!
Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII / CAPÍTULO XIV / CAPÍTULO XV / CAPÍTULO XVI / CAPÍTULO XVII / CAPÍTULO XVIII / CAPÍTULO XIX / CAPÍTULO XX / CAPÍTULO XXI / CAPÍTULO XXII / CAPÍTULO XXIII / CAPÍTULO XXIV
— Você tem estado muito suscetível a... sugestões. Sou eu ou é algo geral?
— Só você. Acho que... eu confio em você.
— Me sinto honrado. — Percy disse sem nenhuma ironia, o tom de voz baixo e aveludado dando lugar a algo mais normal. — Eu tinha medo que isso acontecesse. Nunca vou abusar da confiança que você me dá.
— Eu sei disso. Nunca duvidei disso.
— É por isso que tenho que falar algo com você.
Essa não. Será que ele estava encrencado?
Nico observou Percy se levantar e pegar uma caixa que estava no pé da cama, um pouco maior que uma caixa de sapatos.
— O que é isso?
— É a surpresa que eu queria te mostrar.
Nico tinha até medo de olhar. O que poderia ser tão importante que Percy sentiu a necessidade de esconder do resto da família? Hesitando, Nico se manteve quieto, encostado contra a cabeceira da cama e esperou Percy se aproximar mais uma vez, se sentando a seu lado.
— Estive pensando sobre o que você me disse, que eu não levo a sério o que você diz.
— Eu sei que você--
— Eu não terminei. — Percy nem mesmo faltou mais alto, porém seu tom de voz demandava obediência. E Nico já estava cansado de lutar contra seus instintos, então, Nico apenas se calou e prestou atenção em Percy.
O problema nisso era que Percy parecia culpado por alguma coisa, seu rosto se contorcendo numa careta. Nico continuou esperando, vendo Percy quase se remexendo de ansiedade. É claro, até Percy suspirar e olhar mais uma vez para ele, parecendo tão conformado quanto Nico.
— Eu não queria falar assim com você. — Percy enfim disse, tentando soar despreocupado.
— Eu não me importo. Se você me disser para fazer, eu vou. É algo natural pra mim, sabe?
— Nico. — Percy suspirou mais uma vez, parecendo cansado.
— Você poderia... apenas... fazer o que parece natural para você também? — Quando Percy levantou as sobrancelhas, parecendo descrente, Nico completou: — É só uma sugestão.
— Vou pensar sobre isso.
— Quer dizer, você sempre teve essa aura de...
— Autoritário?
— É mais, tipo, você espera ser obedecido. E está tudo bem?
— Isso é uma pergunta ou afirmação?
— Depende de você. — Nico acabou dando de ombros, tentando fingir a calmaria que ele não sentia no momento.
— Você quer me dizer que eu posso ser autoritário o quando eu quiser que você vai me obedecer? Sem questionar?
— Hm... provavelmente? — A resposta certa era “com toda a certeza”, mas isso seria humilhação demais para uma pessoa só.
— Mesmo? Até quando você não concorda?
— Eu acho que sim. — Nico deu de ombros novamente e desviou a olhar para longe de Percy. Na maioria das vezes era o que acontecia de qualquer jeito; ele não queria e no fim, Percy estava certo. Se ele tivesse escutado Percy no passado, poderia ter evitado muitas coisas.
— Bebê. — Então, ele ouviu o tom de voz de Percy mudar, se tornando mais suave e aveludada.
Não era que ele tivesse uma vontade incontrolável de obedecer, era o conhecimento que ele seria muito bem recompensado se decidisse ser um bom garoto. E ele foi, imediatamente ao escutar aquela palavra. Percy o segurou pelo pescoço, o fazendo levantar a cabeça e o beijou, juntando suas línguas em um suspiro.
— Eu não quero que você se sinta preso ou que não tem alternativa. — Percy disse algum tempo depois, roçando os lábios junto aos seus.
— Eu não me sinto assim. Me sinto livre sabendo que você vai cuidar de mim.
— Você tem certeza?
— Eu confio em você.
— Tudo bem, então.
Percy se afastou de Nico o suficiente para olhar em seu rosto e sorriu, parecendo dessa vez estar contente, porém ainda o segurando pelo pescoço, possessivo e firme, ainda que sua voz permanecesse suave.
— É por isso que preciso te mostrar o que tem dentro dessa caixa.
Percy, o soltou e pegou a caixa mais uma vez, a colocando entre eles, no próprio colo. Percy a abriu, tirou o laço e a tampa, permitindo que Nico examinasse o conteúdo dentro dela.
— O... que é isso? — Sua voz saiu fraca e suas mãos tremeram, apoiadas no próprio colo.
Nico sabia perfeitamente o que aqueles objetos eram. Sabia exatamente o que eles significam, o problema é que seu cérebro se recusava a acreditar no que via. Por que logo agora? Depois de tanto tempo? Por isso permaneceu parado feito uma estátua, mal conseguindo respirar.
— Eu não te tratei como devia. Ignorei o que estava claro. — Percy disse, voltando a segurar em seu pescoço, o forçando a encará-lo. — Entendo por que você hesitou por tanto tempo, por que as vezes ainda hesita.
— Eu--
— Eu hesito pelo mesmo motivo. — Percy pareceu respirar fundo e tirou uma gargantilha de couro com pedras preciosas a enfeitando. — Quero que você saiba, estou comprometido e nunca mais vou fugir das minhas responsabilidades.
Nico achava que iria desmaiar. Percy estava o pedindo em casamento? Mais uma vez? Agora da forma que ele nunca esperava que fosse acontecer? Nico nem mesmo sabia o que dizer! Era obvio, não? Esperou esse por esse momento desde que colocou os olhos no garoto alto que parecia ter saído de um pornô clichê onde o cara mal iria fazer a mocinha se arrepender de andar sozinha pelas ruas desertas. Nada o preparou quando o momento enfim chegou, Percy segurou a gargantilha delicada entre os dedos, a levou a seu pescoço e a prendeu cuidadosamente, tento certeza que não estaria apertado demais.
Ele... Nico não sabia... seria impressão sua ou... ah, não, Nico não estava enganado. Assim que a gargantilha se acomodou junto a sua pele, Percy envolveu o couro, colocando a mão ao redor de seu pescoço e tocou ao redor da gargantilha, massageando sua pele e admirando a joia. Entretanto, foi o olhar no rosto de Percy que roubou seu ar; Percy o olhava como se ele fosse... como se ele fosse--
— Meu. — Percy disse. — Agora você é meu.
Por que era tão difícil respirar? Por que estava tremendo tanto?
— Eu...
— Eu sei. — Percy disse no tom mais condescendente que Nico já tinha ouvido, quase maldoso, quase zombador, mas ainda... suave, como se Percy falasse com alguém que fosse lento mentalmente. — Sem pressa. Eu mesmo nunca imaginei que iria fazer algo assim.
— Tão malvado. — Nico conseguiu balbuciar, Percy obviamente estava dando tempo para ele absorver os fatos, ainda o segurando pelo pescoço, como se Nico fosse sua possessão e não um ser humano.
— Você não viu nada. Mas acho que ainda não estamos prontos para isso.
— Hmm... — Nico gemeu apenas em imaginar no que poderia acontecer. Será que ele já podia desmaiar? Seria muita humilhação?
Ele ouviu uma risadinha zombadora e então mãos estavam ao redor dele, massageando sua coluna e cabelos do jeito que ele mais gostava. No fim, Percy estava certo mais uma vez. Ele não estava pronto para nada disso. Se só uma coleira ao redor de seu pescoço o fez reagir assim, o que aconteceria quando... quando as coisas realmente acontecessem?
***
— Shhh... tudo bem. Eu não vou ser mal com você, hm?
— Mentiroso. — Sua voz falhou e Percy riu novamente, bem no pé de seu ouvido.
— Talvez um pouquinho. Eu sei que você gosta.
— Para com isso!
Percy estava certo, como sempre. Por algum motivo, Nico se viu rindo, batendo no braço de Percy que apenas riu mais, se divertindo com sua dor.
— Tá bom. Parei. Agora, vamos ao que é importante.
— Como o quê?
— Tem alguma coisa que eu devo saber? Limites fortes ou fracos? Algo que você não gosta de jeito nenhum?
— Oh. — Era uma boa pergunta.
Nico não tinha feito tantas coisas assim. Deixou alguns caras baterem em suas nádegas e algum bondage, mas tirando isso? Nada que fosse interessante. Quer dizer, teve aquela vez em que ele deixou que dois garotos usassem sua boca...
— Nico?
— Eu não sei. Nunca fiz nada muito diferente.
— Que seria?
Agora Percy olhava pare ele parecendo que iria arrancar a verdade de Nico, ele querendo ou não.
— Hm... você sabe...
— Não. Eu não sei.
— Teve uma vez que uns garotos... que eu chupei uns garotos e... um cara usou o cinto em mim...
— E?
— Fui amarado também.
— Isso é tudo?
— Eu prometo.
Na época tinha sido bem aventuresco, entretanto, se ele analisasse a noite passada, ninguém o tinha feito gozar daquela forma e o fazer flutuar por tanto tempo. Talvez fosse algo mais psicológico do que físico.
— Bebê. — E de novo, aquele tom de voz condescendente que o deixava puto da vida e fazia seu estomago se encher de borboletas voltava. — O que aqueles garotos no banheiro iam fazer com você é muito mais interessante do que isso. Tem certeza?
— Quem você pensa que eu sou? Uma puta para deixar qualquer um me usar?
Não! O que ele tinha acabado de falar? Nico até tinha medo de encarar Percy, mas ele fez mesmo assim. Devagar, virou a cabeça em direção a Percy e viu um brilho estranho em seus olhos, um sorriso de canto um tanto cruel.
— Esse é o jeito de falar com seu dono?
Nico não entendeu o que acontecia até escutar o som estalado e agudo, então, veio a ardência que o fez gemer, um lado de sua bunda queimando com o impacto.
— Me-- me desculpa. — Nico murmurou, baixinho, parecendo perder as forças, ainda sentado no colo de Percy.
— Eu entendo. Mas um bom garoto não fala assim com as pessoas, hm?
Nico acenou e Percy beijou seu rosto, massageando a pele levemente avermelhada.
— Agora, sobre o que estávamos falando?
— Limites?
— Sim. Tem algum que eu deva saber?
— Nada nojento? Ou... líquido.
— Eu nunca faria isso. Você é o meu bebê e eu só quero o que for o melhor.
— E você?
— Hm. Acho que bondage, nada que impeça eu de me mover. E garotos desobedientes e malcriados.
— E sobre... garotos arteiros? — Nico tinha que ter certeza.
— Com tanto que você saiba das consequências.
— Oh.
Será que ele iria querer desapontar Percy a esse ponto? E que tal só um pouquinho?
— Eu sei o que você está pensando. Pode parar agora. Você só tem que pedir, não importa o que seja.
— Eu sei. É mais divertido assim.
— É melhor você não me testar, sim?
— Tão malvado. — Nico sabia que ele tão pouco era alguém fácil de se lidar. Ele podia ser mimado e distante, perdido no próprio mundo, e também podia ser imprevisível, fugindo de qualquer coisa que ele não gostasse sem deixar qualquer rastro. — Eu vou me comportar.
— Bom garoto.
— E as outras coisas dentro da caixa?
— É um assunto para outra hora. Agora, nós vamos deitar e ter uma longa soneca. As provas estão chegando e precisamos estar descansados, hm?
Percy beijou seu rosto e o colocou contra os travesseiros, se deitando a seu lado em seguida. Percy estava certo, com tudo o que aconteceu Nico não tinha estudado tudo o que precisava, então, infelizmente algumas horas seriam gastas em frente a uma pilha de livros.
***
“Pense por mim. Me impeça de me preocupar com qualquer coisa que não seja ser seu. Escolha minhas roupas, cuide de mim o dia inteiro. Me faça sorrir por pertencer a você. Me faça gemer quando você me beijar e me lembrar que sou sua apenas seu. Me faça arfar quando você me agarrar e decidir me usar como você bem entender. Me faça tremer sempre que você quiser me mostrar o que realmente significa ser amado por você.”
Nico bocejou e se encostou contra as almofadas, fechando seu diário, enquanto sentia o sol de fim de tarde atingir seu rosto. Assim, disfarçando sem dificuldade os pensamentos que havia acabado de colocar no papel. Quando Nico menos, percebeu faltava uma semana para o início das provas do meio do ano. Agora, eles estavam no jardim perto da piscina, mesas e almofadas para todos os lados, embora Percy e os amigos não estivessem tão interessado no cronograma de estudos que ele tinha criado. Percy, Tyson, Luke e Grover estavam na piscina enquanto ele, Silena e Clarisse, ocupavam uma mesa, com Chris plantado ao lado de Clarisse feito um bobo apaixonado mesmo depois de tantos anos.
Se ele pudesse também estaria se divertindo, Nico podia pensar em várias coisas que gostaria de estar fazendo. Um exemplo disso, era a surpresa que ele tinha aguardado para Percy que ainda não tinha tido a oportunidade certa para fazer. Não que ele ainda precisasse surpreender Percy, porém, não seria legal se ele se esforçasse o tanto que Percy se esforçava?
Nico tinha que ser sincero. Não esperava que Percy fosse levar a sério essa coisa de dominador e submisso. A prova disso era a gargantilha em volta de seu pescoço e, claro, o anel em seu dedo. Ele não podia deixar de tocar no pedaço de couro em sua pele, feito uma coleira, não o deixando esquecer dos últimos dias. Nada tinha realmente mudado, embora ele se sentisse diferente. Mais tranquilo de algum jeito. Seguro. Quer dizer, Percy agora não hesitava quando queria algo dele, o que era um ótimo desenvolvimento. A questão é que... as coisas eram quase como elas costumavam ser no passado, quando eles eram crianças e as coisas eram mais simples. Se ele ignorasse a ansiedade que costumava sentir e a falta de sexo, era como se tivessem evoluído o que eles já tinham. Nico gostava muito disso, lhe dava um conforto que gesto ou palavra alguma conseguiria.
— Nico, você está me ouvindo?
— Hm?
Era Clarisse, irritada com ele. Ela tinha os braços cruzados e revirava os olhos, impaciente.
— Se você vai fazer isso, é melhor você ir lá. Qual foi a última palavra que você leu?
Era uma boa pergunta.
— Desde quando você se tornou tão dependente dele? — Clarisse, insistiu, se levantando.
— Eu não sou dependente de ninguém. De onde você tirou isso?
— Você acha que engana alguém? Ele até te colocou numa coleira!
— Não sei do que você está falando. — Nico nem mesmo levantou a voz, e mesmo que fosse verdade, ele estava feliz de finalmente ser encoleirado.
— Nico! Para de brincar com essa gargantilha e presta atenção!
Clarisse antou até ele, segurou em sua mão e o fez levantar junto com ela. E então, o empurrou em direção a piscina.
— Vai lá. Não volte aqui até que você consiga se concentrar.
— Eu não s--
— O que está acontecendo aqui?
Bem que Nico tinha percebido o sol sumir. Era apenas Percy parado atras dele, fazendo sombra.
— Nico sente sua falta. Cuide disso.
Com isso, Clarisse se sentou nas almofadas mais uma vez e se encostou contra o peito de Cris que sorriu satisfeito, ambos voltando a seus livros.
Isso não era justo! Ele não tinha um peito firme para se encostar enquanto estudava.
Nico se virou em direção a Percy, prestar a dizer exatamente isso a ele, parando antes que pudesse continuar. Nico se lembrava do que aconteceu nas outras vezes que tinha levantado a voz para Percy, e se ele fizesse isso agora Percy também não se reprimiria.
Nico sorriu, engolindo a indignação e olhou para Percy, esquecendo por um momento a raiva. Percy ainda pingava da água da piscina, tinha os cabelos jogados para trás e vestia uma sunga tão justa que não escondia nada. Não que Percy estivesse tentando.
Ele abriu a boca, pensou melhor e disse:
— Você precisa usar algo tão pequeno?
Percy já estava sorrindo, vindo o resto do caminho em sua direção. Percy abriu os braços e imediatamente Nico foi envolvido por ele, sendo puxado contra o peito de Percy e se molhando no processo. Isso também era injusto, nenhum garoto de dezessete anos deveria ser tão alto ou ter aqueles músculos.
— O que foi? Cansou de estudar? — Percy o levantou do chão, o fazendo enrolar as pernas em volta dele. E tudo o que Nico escutou foi “está na hora de ir para o quarto?”
— Percy! Você devia estar estudando comigo!
Oh, não! Nico pensou, mal tendo tempo de segurar nos ombros de Percy, sentindo o impacto que mesmo sobre o tecido dos shorts, o fez gemer.
— Eu sei, bebê. — Então, Percy o segurou pelo queixo e o fez encará-lo, o beijando suavemente, o fazendo esquecer que eles tinham uma plateia. — Nós estudamos bastante essa semana. Nunca estive mais preparado, hm? Que tal a gente descansar um pouco? Só nós dois?
Parecia uma pergunta, mas não era uma. No meio de assobios e gritos, Percy o levou para dentro da casa, subindo as escadas como se Nico não pesasse nada, o encarando bem de perto enquanto ia.
— Qual o problema?
Essa era a questão. Pela primeira vez em muito tempo Nico não tinha nenhuma preocupação que não fosse passar em suas provas. Então, ele não podia dizer que era um problema. Era a solução, de fato. Nico estava estranhando a facilidade que ele tinha em deixar tudo nas mãos de Percy e se manter em seu pequeno e perfeito mundo onde nada parecia ser capaz de afetá-lo se Percy quisesse assim.
— Não é nada. — Ele enfim disse quando chegaram no quarto e Percy o colocou sentado na ponta da cama, se ajoelhando no chão entre suas pernas. — Está tudo bem?
— É claro, bebê. Nunca estive melhor.
Isso era verdade. A cada dia que passava Percy tinha mais energia e vigor, e devagar, tomava conta de todas as decisões que se referia a ambos. Eles fariam uma viagem? Percy decidia para onde. O que eles comeriam de manhã? Geralmente seu prato estaria pronto antes dele ter que pedir. Quer dizer, era sempre o que Nico gostava e do jeito que ele mais gostava, cada decisão parecendo ser algo que Nico escolheria por si mesmo se tivesse a chance. Às vezes, era até melhor. Sinceramente? Era um fardo que ele com muita alegria estava feliz de se livrar. Entretanto, Nico não queria que isso se tornasse um peso para Percy, algo que ele fazia por obrigação.
— Está tudo bem mesmo? Suas notas melhoraram?
Isso pareceu fazer Percy parar por um momento, o observando mais de perto. Percy não tentou sorrir, ele o segurou pela nuca e o abraçou apertado, fazendo algo em seu peito se aquietar.
— É sobre a nossa relação? Está sendo muito?
— Não, eu gosto. — Nico negou, o abraçando de volta tão forte quanto Percy havia o abraçado. — Eu me preocupo com você.
— Bem, não esquente essa sua cabecinha, mm? Está tudo sob controle.
— Tem certeza?
Percy beijou seu pescoço e disse:
— Contanto que você permita, vou cuidar de tudo.
— Você me trata tão bem. Ninguém fez tanto por mim quanto você faz.
— Acho bom. Espero que ninguém faça ou teremos um problema.
Nico queria rir. Ele também esperava que ninguém fizesse, porque se esse fosse o caso, significaria que eles não estariam mais juntos. Ao invés de responder, Nico preferiu deixar que Percy decidisse os próximos passos; se seria sexo, um longo banho ou uma soneca no meio do dia, não importava para Nico. Se eles estivessem juntos, era o suficiente para ele.
***
No fim, eles tinham decidido por um banho na jacuzzi, um longo e relaxante banho onde Percy tinha massageado suas costas e feito a tensão que ele nem sabia que tinha, desaparecer como num passo de mágica. Percy estava sendo tão bom para ele que Nico finalmente havia achado a oportunidade perfeita para colocar seu plano em ação.
Ele deixou que Percy o secasse dos pés à cabeça, como em qualquer dia, o carregasse até a cama e o beijasse antes de Percy se levantar e ir colocar as toalhas no cesto de roupas sujas. Nico aproveitou esse momento para pegar o pacote dentro do fundo de uma gaveta e entrou no closet, uma porta que ficava perto do guarda-roupa e que eles raramente usavam. Felizmente, ele finalmente teria um uso.
Rasgando a embalagem, Nico tirou as duas peças e as segurou entre os dedos, percebendo que talvez tenha comprado em um tamanho menor do que tinha planejado. O tecido era de uma seda deliciada e de cor rosa clarinha, parecendo ser tirada de um tule, porém, bonita e feminina. Ele achava que Percy iria gostar, seria um contraste interessante contra sua pele. Bem, Nico não saberia até experimentar.
Então, pegando a tanga, colocou os pés nos espaços certos, e vestiu a parte de cima, sentindo a seda deslizar por sua pele.
Agora Nico sabia por que as mulheres gostam tanto desse tipo de lingerie, o tecido era tão macio e fino... era como se ele nem estivesse usando nada, mas, mesmo assim, estivesse sendo acariciado.
— Nico? Onde você está? — Ele escutou Percy o chamando.
Era agora ou nunca, certo?
Nico nem mesmo pegou um roupão antes de abrir a porta do closet. Ele apenas arrumou a tanga e caminhou para dentro do quarto, parando perto do batente da porta. Ele se sentiu um pouco ridículo com aquela roupa cheia de fru-fru? Sim. Porém, tudo valeu a pena no exato momento em que encontrou Percy no meio do cômodo, vendo a expressão no rosto de Percy ir de confuso para chocado e então, o puro prazer.
Ele andou o resto do caminho e parou em frente a Percy, decidido a ser o melhor dos submissos. Ele abaixou levemente a cabeça, mostrando respeito e colocou as mãos trás das costas, permitindo que Percy visse sua frente.
— Tão bonito. Tudo isso é pra mim? — Percy disse mais sério do que Nico esperava. Sua voz soando mais firme e grave, ainda sem tocar nele.
— Eu queria fazer uma surpresa. Você gostou?
Nico esperou pacientemente, segurando o folego. Isso era porque Percy não gostava de ser surpreendido. Eles nunca tinham conversado sobre essas coisas, mas no fundo Nico sabia que isso era verdade. Se Percy fosse surpreendido, quer dizer que ele não tinha o controle do que acontecia. Mas ainda assim, Nico queria ver a reação de Percy, talvez assim Percy não fosse tão cuidadoso com ele.
Não o entendam mal, ele amava cada dia que passava ao lado de Percy, mas a... excitação da novidade não acontecia com tanta frequência como ele gostaria. Talvez isso fosse o que eles precisavam.
— Meu bebê está tentando me provocar, é isso?
— Está dando certo?
Nico espiou entre os cílios e viu um brilho estranhos nos olhos de Percy.
Nesses momentos as feições de Percy se transformavam completamente. De calmo ele se tornava sério e... e algo a mais que era difícil definir. Às vezes, era brincalhão, e outras, maldoso, como se Percy se divertisse com sua angústia. Percy nunca perdia a calma, entretanto, era como se algo além disso viesse a superfície, algo que Percy escondia e que apenas se manifestava se provocado.
— Você quer descobrir?
Bem, Nico teria respondido se pudesse, se tivesse sido uma pergunta. Era mais um aviso, um comunicado do que estava prestes a acontecer.
Ainda segurando o folego, Nico continuou a observar Percy, como ele parecia estar se preparando para fazer algo... tinha sido um erro? Será que ele devia ter avisado e-- Percy então se moveu. Apenas um passo para a frente e suas mãos quentes estavam sobre Nico, no pescoço, puxando sua cabeça para trás e em sua cintura, o mantendo no lugar. O que tinha sido uma boa ideia. Sem nenhuma roupa para cobri-lo, as sensações pareciam mais intensas, o fazendo estremecer dos pés à cabeça.
— Nós não conversamos sobre isso. Você sabe o que uma palavra de segurança é?
— Oh. — Ele sabia! Finalmente!
Nico sabia e tinha esperado por esse momento. O problema era que ele se encontrava com dificuldade para falar. Então, acenou, se sentindo preso pelos olhos de Percy que o fitavam, intensos.
— Use suas palavras, bebê. — Nico sabia que o apelido devia suavizar o momento, mas ele só se sentia mais tenso, se preparando para o que estava prestes a acontecer.
— Eu-- eu tenho. Torta?
— Você tem certeza? — E agora tinha um certo tom de humor na voz de Percy, suas covinhas aparecendo.
— Na verdade, não. Sei como funciona, mas nunca usei uma antes.
— Nunca? — Percy franziu a testa, parecendo nada contente. — Isso é muito irresponsável.
— Eu sei, mas…
— Me diga.
— Eu não consigo falar muito, sabe? Durante.
Isso pareceu acender uma luz no rosto de Percy.
— Vamos manter isso em mente. Agora, deixa eu ver... quem comprou isso pra você? — Mas Percy estava sorrindo, deslizando as mãos por seu corpo. Ombros, costas, cintura, andando em volta dele e tocando em todos os lugares até chegar em sua bunda, acariciando suas nádegas e escorregando um dos dedos pelo fio da tanga em direção a sua entrada.
— Ah!
— Não era isso o que você queria? Eu devia usar o meu presente? Hmm?
E de novo, parecia uma pergunta, mas não era uma. Nico permaneceu como estava, com as mãos atrás das costas, e apenas se moveu quando Percy o segurou pelo braço, o guiando para a cama.
— Onde foi que você aprendeu essa posição, bebê? — Percy disse enquanto eles iam em direção a cama.
— Eu vi em um vídeo…
— Você sabe o que isso significa?
Nico acenou, envergonhado demais para dizer.
— Eu quero ouvir.
— Servidão e obediência.
— É isso mesmo. — Percy disse, satisfeito. — Não precisa se apressar, tudo vai acontecer na hora certa. Quero que você relaxe, tudo bem?
Foi o que Nico fez. Deixou que Percy o colocasse sentado na ponta da cama e quando enfim Percy se aproximou, ele fechou os olhos e gemeu, sentindo seu corpo reagir livremente.
O que vocês acharam? Satisfatório? Eu não sei. Eu gostava tanto desse tipo de cena, sabe? +18. Mas agora... não sei. Nos proximos capítulos vou tentar trazer mais plot do que porn.
Até logo.
Oii, como vai? Eu gostaria de avisar que a partir de agora vou estar mais presente por aqui. Vou começar a reblogar algumas coisas, que podem ser polêmicas ou não, e vou começar a fazer alguns textos sobre escrita e formas de escrever. Já que esse é meu blog pessoal, vou usá-lo para isso. Tipo, eu tenho um blog de dicas de escrita, assim vou usar esse espaço para discorrer sobre o que eu aprender e outras coisas. Espero que as coisas não fiquem muito confusas.
Hi, how are you? I'd like to let you know that from now on I'm going to be more present here. I'm going to start reblogging some things, which may or may not be polemic, and I'm going to start writing some texts about writing and ways of writing. Since this is my personal blog, I'm going to use it for that. Like, I have a writing tips blog, so I'm going to use this space to talk about what I learn and other things. I hope things don't get too confusing.
WHORE
Don’t get caught up with trying to make your first draft everything you want it to be. Instead, focus on the fundamentals, and then have fun sculpting it into what you imagine.
Ship Aesthetic Dark Percico/Nicercy
Oii, como vai? Desculpem a demora. Vou devagar, mas chego lá. A verdade é que esse capítulo é bem agridoce. Ele se passa no passado, mostrando mais um pouco do que aconteceu no início da relação de Nico e Percy. Espero que vocês gostem^^
Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI
Boa leitura!
— Você é engraçado. — Nico lhe disse.
— Você que é.
E feito um garoto da terceira série, coisa que ambos eram, riram novamente enquanto ouviam o sinal tocar. Percy nem tinha percebido que meia hora tinha se passado, o que era mais tempo do que ele costumava passar com seus velhos amigos nos últimos tempos. E o que isso dizia sobre ele, hm?
— A gente tem que ir. — Ele ouviu Nico dizer.
Eles realmente tinham. Com pressa, ajudou Nico a recolher as marmitas e o acompanhou para a próxima aula, descobrindo que Nico de fato estava na mesma sala que ele. Percy estava tão distraído em tentar se esconder que não via o que acontecia à sua volta? Bem, esse fato iria mudar a partir daquele instante.
***
Mais alguns dias tinham passado e com eles, Percy começava a prestar atenção à sua volta.
Era estranho.
Como Percy não tinha percebido a presença de Nico até aquele momento? Em qualquer direção que Percy olhasse, Nico estaria ali, em qualquer lugar ou hora do dia, também. Isso é, até que ambos fossem para suas respectivas casas, ensaios ou treinos, e ainda assim, Percy continuaria pensando em Nico; enquanto esperava seu irmão mais velho vir buscá-lo ou em casa ajudando a mãe cozinhar, provando novos pratos. Foi o que continuou acontecendo por um longo tempo, dias, semanas, meses até, era difícil ter uma noção de tempo quando as horas passavam tão rápido e os dias eram todos iguais. Sentia como se emergisse de um sono paralisante, algo que finalmente detinha sua atenção. Um dia ele notou que Nico sentava na frente da sala e bem perto da porta de saída. Em outro, Nico estava mais para o meio do cômodo e, então, o garotinho apareceu do seu lado, dividindo a carteira dupla com ele. Grover estava na carteira ao lado da sua com Júniper, Luke atrás dele com Thalia.
Percy olhou mais uma vez para Nico e o viu escrevendo algo em volta de um desenho, um elmo negro, a caligrafia tão bonita quanto os traços da figura. Percy queria perguntar desde quando eles sentavam juntos. Desde quando Nico fazia parte do grupo de seus amigos e desde quando ele se sentia tão confortável com a presença Nico, com a quietude que os atos de Nico traziam. Ao contrário disso, ele disse na voz mais baixinha possível:
— O que é isso?
— Hm? — Nico murmurou e olhou para ele, tão calmo como sempre. — Um design para uma novel. Não sei se vou terminá-la.
O mais estranho era que ele sabia exatamente sobre o que Nico falava, Percy tinha visto o rascunho da novel em um dos intervalos compartilhados com comida, e como tudo o que Nico fazia, era lindo e delicado, como se Nico colocasse uma parte de sua alma em cada coisa que tocasse com as mãos, fosse um pedaço de papel, arte, comida ou a tarefa de casa.
— Você devia. É lindo.
Nico não disse nada, ele apenas abaixou a cabeça e continuou rabiscando, seu rosto escondido por detrás dos cabelos compridos e negros que brilhavam ao refletir a luz do sol. Nico em seguida rabiscou uma espada e uma armadura, luvas de couro, uma coroa de rosas. Quanto mais ele via Nico desenhar, menos Percy entendia o que tanto prendia sua atenção. Talvez fossem as mãos magras, dedos longos e elegantes, talvez fosse a atitude concentrada de Nico ou ainda, fosse o corpo relaxado ao lado do seu, sua cabeça junto a de Nico, admirando os traçados suaves que revelavam tanta beleza.
— Muito bem, pessoal. Peguem seus livros. — A professora disse e do nada, parte da magia foi quebrada.
Os desenhos ainda estavam no caderno de Nico, tão bonitos quanto antes e eles ainda estavam colados um ao outro, inclinados sobre a carteira compartilhada. A diferença é que Nico tinha tencionado e olhado para cima em direção a Percy, como se Nico não tivesse prestado atenção ao que acontecia em volta dele até ouvir a voz da professora. Percy também percebeu algo, talvez ele estivesse muito perto de Nico, o abraçando pelos ombros feito uma prisão sem escapatória.
— Desculpa. — Mesmo com tudo isso em mente, Percy não faz nada para se afastar ou soltá-lo.
Se Percy achava que Nico era a coisa mais bonita que ele já tinha visto, nada se comprava em ver o rubor se espalhar no rosto de Nico, a pele morena tomando um tom mais quente, ao olhar e ao toque também, porque mesmo sobre as roupas, Percy podia sentir o calor emanar de Nico nos pontos onde eles se tocavam, nos ombros e nos quadris, quase fazendo Percy tocar naquele rosto delicado e bonito.
— … porto.
— O que foi?
— Eu não me importo. — Nico repetiu no mesmo tom baixo e discreto, logo em seguida se voltando para seu caderno, pegando os livros que eles iriam precisar.
Percy teve a impressão que Nico se importava, sim, porém, de um jeito… positivo. Viu o garotinho abrir o livro na página certa, se encostar no apoio da cadeira e contra seu braço e começar a ler enquanto a professora explicava o assunto, como se aquela cena fosse algo completamente comum. Isso fez Percy se perguntar mais uma vez: ele já havia feito isso com Nico? Desde quando eles eram tão próximos? Não era Annabeth que devia estar a seu lado? Quer dizer, eles nunca foram tão próximos ou agiram feito ele e Nico estava agindo, mas… desde quando ela sentava do outro lado da sala com Clarisse e Silena? Ele não devia se importar um pouco mais além de levemente estranhar o acontecimento? Ela era sua amiga, não era…? Percy não devia sentir falta dela? Então, por que só havia percebido a ausência de Annabeth agora?
— Está tudo bem? — Ele ouviu uma voz suave a seu lado, e então, a mão de Nico pousou sobre seu braço, Percy encontrando o semblante fincado em preocupação do amigo.
Percy respirou fundo, deixando seus ombros relaxarem e se viu sorrindo, algo dentro de seu peito se esquentando e pulsando, como se a faísca de um sentimento desconhecido dentro dele estivesse acordando.
— Está tudo ótimo. Maravilhoso. Incrível.
— Seu bobo. — Nico revirou os olhos e voltou a se encostar contra ele, continuando a ler o texto que a professora tinha pedido.
Bem, depois disso, Percy entendeu rápido o que acontecia; ou melhor, sua psiquiatra tinha lhe ajudado a entender. Nico não estava o perseguindo, mas de fato, Nico fazia o mesmo que ele; tentava viver uma vida discreta e longe dos olhares curiosos. Até ele com seus onze anos de vida admirava a imagem que Nico fazia, o garotinho se destacava tanto entre os outros alunos que Percy conseguia notar claramente a diferença. Cabelos lisos e ondulados, grossos, boca pequena e carnuda, intensos olhos negros, era um conjunto tão bonito que chegava a dar a Nico um ar andrógeno e feminino, embora fosse impossível confundir Nico com uma garota.
A questão era que Nico tinha encontrado os melhores lugares para se esconder, os mesmos que Percy tinha encontrado também. A sala de música, a floresta, as arquibancadas que ficavam perto das quadras de esporte mais afastadas das salas de aula.
Percy não podia se conter, dia após dia, se pegava fazendo os mesmos passos.
Além de passar seu tempo em sala de aula perto de Nico, sempre na hora dos intervalos, fosse durante o dia ou à tarde, ele se via andando e encontrando seu caminho para a familiar arquibancada com a familiar cabeleira ao canto mais distante tentando se esconder. Eles nunca combinavam em voz alta, era apenas algo que tinha se tornado rotina. Nico saia primeiro, Percy trocava algumas palavras com os amigos que tinham restado e então ele seguiria Nico; praticaria basquete durante alguns minutos na quarta coberta e em seguida, se sentaria ao lado de Nico, aceitando uma marmita recheada das coisas que ele mais amava, bolo e torta, suco de Mirtilo também, e às vezes, Nico o surpreenderia, batatas assadas ou panquecas; se Nico estivesse de bom humor uma lasanha ou algo italiano. Não importava o que fosse, Percy comeria cada grão e cada pedaço de comida de bom grado. Se Nico fazia para ele, o mínimo que ele podia fazer era retribuir comendo tudo. Mas parecia tão pouco em comparação com o que Nico fazia por ele… Percy queria compartilhar com Nico algo que fosse importante e valioso também. Mas o que poderia ser mais valioso do que compartilhar a comida que você mesmo fez com alguém?
— Os seus desenhos são muito bons. Onde você aprendeu?
Eles estavam mais uma vez nas arquibancadas, Percy ignorava a bola que ainda estava em suas mãos para ver Nico levar uma garfada de comida a boca, parando no meio do caminho com o garfo entre os lábios.
— Hm?
— Onde você aprendeu a desenhar?
— Ah, isso? — Então, Nico olhou para o próprio colo onde o caderno estava, e colocou sua marmita no chão. — Eu tinha muito tempo livre.
Percy não sabia se tinha entendido… mas Nico sorria para ele, parecendo ter entendido sua confusão.
— Eu não tenho amigos. Nunca tive. Imaginação era tudo o que restava.
— E eu sou o quê? Uma árvore?
— Não, você é um atleta popular e rico.
— Você tem razão. Eu tenho muitas riquezas, que tal você dividir comigo?
— O que você está dizendo? — Nico sorriu mais uma vez e Percy sentiu um palpitar no peito que não tinha nada a ver com a asma que ele tinha quando bebê.
— Minha mãe gosta de cozinhar.
— Isso não é óbvio? Quer dizer, ela tem um restaurante, não tem? — Nico disse e inclinou a cabeça para o lado, como se isso fosse fazê-lo entender o que Percy queria dizer com isso.
— Ela ia adorar a companhia.
— A gente… não tem um trabalho para terminar?
— Eu tenho bastante espaço em casa. Minha mãe não vai se importar.
— Você tem certeza? Eu nunca fui na casa de ninguém.
Isso só fez o peito de Percy se apertar mais ainda.
— Sempre tem a primeira vez, certo?
Nico olhou para ele, parecendo analisá-lo dos pés a cabeça e acabou dando de ombros.
— Vou confiar em você.
Naquela época Percy não sabia o porquê de tantas palpitações ou porque a sensação de alívio tinha o tomado de forma tão intensa. Mais tarde, ele reconheceria isso como o medo de ser rejeitado, e mesmo que ele não entendesse ainda, sabia que alguém tão doce, bonito e talentoso como Nico nunca o rejeitaria de forma tão rude. Desse jeito, eles terminaram de comer e seguiram para suas próximas aulas, combinando de se encontrar no portão principal após a última aula.
***
Percy admitia, tinha perdido mais tempo do que pretendia falando com a professora de literatura. Aparentemente, ele precisa se esforçar mais se quisesse ter um futuro naquele colégio. Ela brigou com ele, abordou cada coisinha errada que ele tinha feito, e ainda por cima passou tarefas extras para se certificar que seus erros seriam corrigidos. Percy saiu da sala de aula o mais rápido que pôde assim que viu as horas e correu pelos corredores em direção ao portão principal da escola. Quando chegou no lugar que ele e Nico tinham marcado, se lembrou porque Nico vivia se escondendo pelos cantos, o que fez Percy se lembrar porque ele também se escondia.
Eles já tinham vivido essa cena. Nico estava prensado contra a parede do muro ao lado de fora do portão e dois garotos o rodeavam, um deles segurando Nico pelo pescoço enquanto o outro olhava ao redor de forma suspeita. A diferença dessa vez era que uma multidão os observava e ninguém fazia nada para impedir o que estava prestes a acontecer. Percy se aproximou deles, fingindo ser mais um espectador, ouvindo murmúrios, enquanto um dos garotos falou:
— Quem vai te proteger agora, hein? Por sua culpa nossos amigos foram expulsos. Porque você não se coloca no seu lugar e--
— Que lugar seria esse?
Percy não conseguiu se segurar. Dessa vez, ele não queria explicações. Saiu do meio da multidão e quando viu estava cara a cara com os garotos, ou melhor, seu punho estava contra eles. A dor veio imediatamente, sentindo seus ossos se chocarem com o rosto daqueles garotos que por sinal eram mais velhos do que ele, mas que não eram páreo para Percy.
— É fácil mexer com pessoas menores que você, não é? Por que você não brinca com alguém do seu tamanho?
— Esse alguém seria você?
— O que você acha?
O silêncio se fez, silêncio esse que tinha se tornado comum não importava por onde Percy fosse. O nariz do garoto que ele tinha socado agora escorria rosto abaixo, o outro que tinha observado tudo chocado demais para reagir, pareceu acordar do transe. Esse seria o momento perfeito para eles revidarem, não? Bem, era o que as pessoas diziam, covardes logo desistem se encontram alguém que as combata. E foi o que eles fizeram, o garoto que tinha assistido seu amigo ser derrubado com um soco só, puxou o outro pelos braços, o ajudando a levantar e ambos cambalearam para dentro da multidão, fugindo com o rabo entre as pernas.
Percy os observou fugindo ao longe entre os carros e se virou para Nico que ainda estava encostado contra o muro, o canto de seus lábios avermelhados e em seus braços e pescoço, marcas de dedos e unhas. O pior era ver as lágrimas que não paravam de cair ou como Nico se encolhia, como se esperasse que outras pessoas fossem vir e fazer o mesmo com ele. Percy não pensou, se dando conta de que isso estava se tornando algo comum para eles, e Percy não gostava disso nenhum pouco, o fato de Nico ter que se esconder pelos cantos por causa do preconceito das pessoas. Foi até Nico e parou em frente a ele, oferecendo sua mão. Tinha aprendido da pior forma que tocar em alguém quando não se sente seguro ou quando estamos em choque era a pior coisa a fazer. Então, ele apenas ficou perto sem tocar em Nico, e tentou chamar a atenção dele:
— Nico. — Percy disse na voz mais suave possível.
— Não, eu… Percy? — Percy se segurou e tentou ser forte, Nico parecia estar reagindo a tudo pior do que na vez anterior.
— Desculpa. Eu não queria… eu estava te esperando… aí esses… esses garotos apareceram e…
Percy não sabia o que fazer. Sentiu seu coração quebrar quando Nico deu um passo em sua direção e abriu bem os olhos, suas pupilas desfocadas e molhadas, como se Nico estivesse acordando de um pesadelo, e segurou em suas mãos, tremendo e respirando rápido, ainda encolhido em si mesmo.
— Está tudo bem. Posso te abraçar?
— Me abraçar? Por que… porque você iria querer tocar alguém como eu?
— Parece que você precisa.
— Eu… preciso? — Então, Nico olhou para Percy com o olhar mais desolado e perdido que ele já havia visto.
— Nico. Está tudo bem. — Percy repetiu, se negando a aceitar o que aquelas pessoas estavam fazendo com Nico.
— Eu tenho… tenho que falar com Bianca, minha-- minha irmã.
— Nós vamos, depois que chegarmos na minha casa. Sim?
— Você promete?
— Eu prometo.
Então, como se uma chave tivesse sido virada, Nico segurou em seu braço e pegou suas bolsas do chão, dizendo: — Você deixou cair. — Simples assim, como se nada tivesse acontecido. Mas Nico ainda tremia, segurando mais firme em seu braço e entregando uma das bolsas para Percy, segurando a sua própria contra o peito na esperança de que a bolsa e Percy fossem protegê-lo.
Deuses! Como alguém podia fazer isso com um ser tão vulnerável e indefeso? O que Nico tinha feito para ser tratado dessa forma? Então, Percy olhou ao redor, reconhecendo aquelas pessoas. Alguns estavam na mesma classe que eles, outros Percy conhecia de passagem, e nenhum deles teve a decência de ajudar um colega sendo maltratado. Era por isso que diziam que ele era “rebelde” e se dependesse dele, as coisas continuariam exatamente como estavam.
— Você está pronto? — Percy disse quando viu que Nico começava a se acalmar.
— Hm. Obrigado.
Percy pegou a mochila do ombro de Nico, a colocou junto com a sua, e assim, guiou Nico pela mão entre os carros estacionados perto da escola, avistando uma caminhonete preta e familiar.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Espero que vocês tenham se emocionado tanto quanto eu! Coitado do Nico. Por que eu sempre escrevo essas coisas? Juro que a próxima história o Nico vai ser a pessoa mais feliz e amada da face da terra.
Até a próxima. Até segunda tem a versão em inglês.
Hi, how are you? This is the English version of "NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL ". I usually write in Portuguese, but as I saw a lot of people who read in other languages, I decided to write this one in English too. Admittedly, I used Google and corrected what I could. I hope this is an acceptable translation, even if my writing is a bit rusty in English.
Now, for those who don't know what the story is about, here's an improvised summary: Nico is returning from Italy after spending two years there and meets Percy, the best friend he left behind, but who kept in touch in that time away. The rest develops from this reunion, and very quickly! In this story I will try to be more direct.
Thanks for the support! And good reading.
"Look who's back! The Italian boy.” Nico just had time to turn around before he was pressed against broad shoulders and strong arms that hugged him so tightly they lifted him into the air, knocking him out of breath and sending his books and bag tumbling to the floor, the door of his school locker being slammed with a loud bang.
“Perseus Jackson!”
"Only my mother calls me that."
But Percy was laughing, twirling him around in the air as people around him stared at them. Well, there was a good reason. They were right in the middle of the hallway where there were several lockers, leading to the entrance of the classrooms. Nico couldn't resist, he wrapped his arms around Percy's neck and hugged him as tight as Percy had did, burying his face against Percy's neck.
"I missed you.”
"I missed you too." Nico muttered back and pulled away, finally getting to see Percy's face.
Eyes as green as he remembered, nose straight and upturned, thin lips and wide in a pretty smile. What had changed was Percy’s height, nearly seven feet tall, and all those muscles. Where he remembered a shy and a little sad boy had turned into this... this happy and full of life man. Confident. Although he could still see the kindness and friendship that they used to have, this thing between them… having to deal with those feelings so openly still was something new. He couldn't help but compare himself to the past, where he was too young and Percy was... Percy was Percy, opening the door to his home to a sad, lonely little boy.
"Two years, huh? I thought you were never coming back."
“Hm.”
"Let me see you better." It wasn't like Percy had never seen him up close or every day for those two years on video calls. Nico had forgotten how intense Percy could be, full of touches and smiles.
Percy brought one of his hands to his face and brushed his hair back, exposing his face completely. And him? Well, Nico just stared back at Percy, as focused on the boy as Percy was on him. The truth is that all the calls and video calls didn't compare to what reality showed him, making him question what had happened to make him run away from Percy, from those gestures that felt so… so affectionate and so attentive. How dare he do this to them? Leaving the person he loved most behind? He was the most cowardly person in the whole world.
"Um... Percy? Put me down, yeah?” Nico did his best to stay serious.
"Why?”
"Don’t you have shame?”
"Have I?
Then, Percy smiled even more and finally put him on the ground to then loosen his grip on his face and waist, not pulling away completely, but leaning a little over him, as if there was something in his face that Percy needed to see more closely.
"How have you been? Why didn't you tell me you were coming back this week?”
"Why? Would you pick me up at the airport?”
“Of course, my friends deserve the best.”
“And what would that be?”
“Me, of course.”
Nico swore he was trying to be serious. The way things were going, Percy wanted something more and at the moment he wasn't ready. But it was no use, Nico grabbed Percy's shoulders and laughed; he thought it was one of the worst lines he had ever heard.
"Hey, don't laugh in my face. I'm a nice guy.”
“And very humble, too.”
"Very.” Percy said and finally released him, leaning against his side in front of the lockers, making Nico sigh in relief and picking up his things from the floor, putting them in the locker.
Sometimes Percy was a little too much for him; that was what Nico had discovered over the years in the thousands of conversations they'd had in that time. He didn't know when Percy had changed from the introverted boy to this bubbly person, but he liked it. And hated it at the same time, making his stomach flutter with anxiousness.
"Now really, how have things been?"
“You know, the same." Nico shrugged and closed the closet, taking out the books he would use that day, putting them in his bag. “Bianca came with me.”
"College?” Percy asked. “And you?”
Nico shrugged once more and leaned back against Percy's side, facing him closely again, looking at him through his lashes, trying not to show how he really felt. He didn't think he'd ever would get used to his friend's good looks, now doubled as the smooth features of adolescence gave way to defined muscles and an angular, strong face, the crooked smile, the intense gaze, the confident attitude... and... well, all of that. And much more.
"What about it?"
"What brings you back?"
“I missed home.” Nico nodded to himself. “For a while I thought it was Verona, but… I kept wondering what’s going on around here.”
"So, you decided to come back?”
“Why not? I'm turning eighteen in a few months. I wanted to use this last year and see the guys again.
Well… he wanted to see a few people again and one of them was right in front of him, looking at him as if he wanted to… as if Percy wanted to see what was inside his mind. And as it used to happen, he was the first to lose in this little game to see who looked away first.
“So… did you miss it and came to stay or…”
“I'm here to stay. Hades will come later.”
"I’m glad.” Percy said, still smiling, something more sincere and cute, like he got tired of flirting. "Maybe we can see each other later. Wanna eat something?”
"Later when?”
"Today. After basketball practice. Want to see me play?”
"Oh no! That's what I was afraid of! The high school cliché!” But he was laughing, and Percy was laughing along with him, reminding him of old times.
“You know, you can't talk about me. You were all cute and shy and you came back looking like you stepped out of an eighty’s movie. Leather jacket, ripped pants and that… is it eyeliner?” Percy approached him once more and gently cupped his chin, just another excuse to touch him, of that Nico was sure; not that he was complaining. Percy could do that and much more. “You're the perfect good boy gone bad.”
“I'm still a good boy.”
That made Percy stop for a moment, still with his hands on Nico's face, and stare at him for a long time only for a crooked smile to appear along with dimples.
"Is that so? How much of a good boy are you?”
"I don't think you'll ever find out."
One more silence and one more look that in the past would send him running for cover faster than a rocket. However, that Nico had been left behind along with his innocence.
“Hm.” Was all Percy said for a few moments, and Nico swore he was moving closer towards his face when the bell rang, interrupting them.
"Right.” Nico cleared his throat, straightening his spine and looking around. “I think I have to go.
“What's your first class?”
" English class. I need to stop by the secretary first.”
" I'll go with you.
Nico didn't even try to deny it, he had missed Percy so much that stretching things a little further wouldn't hurt. He pushed himself away from the locker and, again, something he didn't expect happened. Percy took the backpack from his shoulder, carrying it for him and with the other hand, intertwined their fingers together, pulling him smoothly through the almost empty corridor towards the administration of the school.
***
It was strange to be there after so long. The cream-colored walls were still the same, there were the same blue benches and black tables, the same wide hallways and the same cafeteria, painted the same pastel color. He even managed to recognize some familiar faces among the younger ones. It was a dejavu, except that now he saw things from above, in a distant, almost displaced perspective, where before his days were permeated by anxiety and uncertainty, now everything seemed easier and colorless, even if a little painful, but unimportant and maybe even comfortable. Maybe it was because Percy was still holding his hand, talking to the same secretary as two years ago, a woman in her fifties, always smiling and helpful.
In the end, it didn't take long for him to get his admissions papers that he would need to show his professors.
“So, English class? Double? I also have it. Let me see your schedule.”
Nico shrugged and took his class schedule out of his bag. He watched Percy take the paper from his hands, frown in concentration and hand the paper back to him, "We have most of our classes together. “Are you in the arts and music clubs? I'm into the music too. Guitar classes.”
“Seemed to be the easiest.”
"I bet.”
"Shut up.” Nico shoved Percy by the shoulders and walked out of the office. Few people knew that he had a knack for creative things and maybe he played something for Percy over the years. Well, that was none of other people's business.
“Nico, the classes have changed! We are using the auditoriums.”
"Of course.” Nico rolled his eyes and this time he wasn't even surprised when Percy reached out and touched his shoulder, his big hands sliding down his back to his waist, gently guiding him in the right direction. In fact, he didn't remember this school having an auditorium, so he let himself be guided by Percy, a warm and comfortable presence at his side.
***
When they arrived at the auditorium, the class had already started. Professor Johnson wasn't the type to mind being late if the class wasn't disrupted, that’s why Percy stood at the main entrance to the room, away from the teacher's gaze, preferring to watch Nico go down to the podium where the teacher was and deliver the paper for her to sign.
What could Percy say? Nico was a much more interesting sight at that moment, long legs covered by tight jeans, perky ass, small waist, broad shoulders, deep-set black eyes and a small mouth that always seemed to be bitten and reddened, skin tanned, looking so soft that he couldn't resist the urge to touch him as soon as he could, just to test the theory. He admitted it, he was going too fast, but two years was enough time to know if you liked someone, wasn't it? Not counting the seven years before that. Perhaps he should have gone to Italy with Nico when Hades offered, always generous even if absent most of the time.
He was snapped out of his reverie when Nico finished talking to the teacher and walked towards him, carefree and slow, as if he had all the time in the world, parading around in his punk clothes and unpretentious attitude. Why avoid something he knew would happen sooner or later? If Percy could, he would kiss Nico then and there, to end this torture that had gone on for so many years. But he could control himself, if he had waited two years, he could wait a few more days.
"All went well?”
Nico just nodded and took his hand, leading him towards the middle of the auditorium where they could get a good view of the teacher and hear what she was talking about. Percy didn't even have time to appreciate Nico taking the initiative and touching him of his own free will, although he felt he should be more concerned with the reaction of the people around them, the indiscreet stares and murmurs buzzing in his ear; he didn't exactly date boys in public, especially since Annabeth was always around to make everyone think he was with her. It was what it was, he just hoped he didn't have to punch some faces. Because he would, and gladly.
“Per?” He heard someone call him and there was only one person who still called him that. "What chapter are we in?"
"Seven.”
"Thanks.” Nico muttered more quietly than before and began to read, completely focused on the book and what the teacher was saying. Percy was left to wonder how anyone could be so cute. So lovely. Watching a small crease appear between Nico's brows, his lips set into a frustrated pout until he seemed to find what he was looking for in the book, relaxing against the seat and settling down to jot down quick notes as the teacher discussed the matter.
Then a noise came from the row of chairs above his, someone tapping him on the shoulder. He turned around and there was Grover, his oldest childhood friend.
"Who's the new kid?"
“Nico.”
“That quiet, sad boy Sally had practically adopted?' Your Italian boy? Now I understand the obsession.”
"Dude!” Percy whispered furiously. He wasn't that obsessed…was he? Percy looked to the side, just to make sure Nico hadn't heard, seeing that the boy was still focused on the class and turned back to Grover: “We'll talk later.”
"As you wish, don Juan."
"Whatever.”
Percy faced forward, leaned over Nico, seeing where they were in the book, and ignored everything else. When Nico pushed the book toward him so the two of them could read, Percy didn't hesitate. He put his arm around Nico's shoulder, put their heads together and began to read. Maybe be if he could concentrate, the little voice in the back of his mind would stop reminding him that this would lead to more trouble than he was willing to deal with.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
I hope you liked it. Updates always in Fridays or early if a have the time.
Thanks again!
Sejam bem-vindos! Olá, esse é meu blog pessoal. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e orginais, e reblogo alguns posts de vez em quando. História Atual Não há lugar como o Lar - versão em Portugues There's no Place like home - English version Resumo: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro. Se você quiser saber o que eu escrevo, siga a tag #my writing
464 posts