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Oii, como vai? Capítulo novo, porém não tão longo como eu esperava. Leiam as notas finais!
Cenas do passado/Flashback em italico
Boa leitura!
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Percy olhou para os lados, se certificando que ninguém estava o seguindo e saiu da sala vazia. Esse era o preço para não ver sua mãe chorando pelos cantos e se chamando de fracasso.
Desde que o restaurante de sua família tinha se tornado cinco estrelas, a perseguição tinha começado. Não importava onde fosse ou quem estivesse perto dele, a adoração velada por puro interesse começaria, pois, quem nunca tinha falado com ele agora queria ser seu amigo, e seus melhores amigos começaram a tratá-lo como se ele fosse da realeza. Todos sabiam seu nome. Mas no fim o que eles queriam era arranjar um reserva em nome de outros adultos. Percy tinha aprendido bem rápido a se esgueirar dessas pessoas que agora eram quase todos que ele conhecia. E sabe o que era pior? Essas pessoas não estavam interessadas na comida de sua mãe e sim em quem frequentava o restaurante. Isso era tão injusto! Até para ir no banheiro, multidões o seguiam sem lhe dar um minuto de paz. Tyson era tão sortudo! Ele já tinha terminado o colégio e estava a ponto de se formar na faculdade. Restava a Percy lidar com as fofocas e pessoas interesseiras.
Olhando mais uma vez para o corredor vazio, Percy guardou o celular no bolso e entrou no banheiro.
Ah, finalmente silêncio. Somente ele e o mictório. Abriu o dizer de sua calça e… e escutou um gemido. Bem perto dele. Virou o rosto e ali estavam três garotos em uma rodinha. Viu que um deles abria a própria calça.
Bem, isso não era da sua conta.
— Não, por favor. Eu… eu…
— Você o quê? Vai contar pra irmãzinha? Pro papai?
— Por favor!
Percy suspirou e caminhou em direção a eles. Sua mãe não tinha lhe educado para ver alguém ser abusado.
Ele parou atrás deles, em frente ao espelho, e viu o que acontecia. Um garoto com as feições mais suaves e femininas que ele já tinha visto tentava tampar o rosto e se encolhia contra a parede, ele era tão pequeno que reagir contra aqueles garotos seria burrice. O problema é que Percy se distraiu tanto com a beleza do garoto que acabou perdendo o momento em que um dos garotos segurou no próprio membro e apontou em direção ao garoto no chão.
— O que vocês estão fazendo? — Ele enfim disse.
Os garotos se assustaram e se afastaram num pulo, se cobrindo como puderam.
— A gente… ei, você não é aquele garoto rico?
Era só o que faltava.
— Eu disse, o que vocês estão fazendo?
— Não é o que parece.
— Ah, não é? Como você explica isso?
Os três garotos e Percy olharam para o garotinho no chão que escondia o rosto e chorava desoladamente.
— Vocês sabem de uma coisa? Eu não quero saber. Se eu pegar vocês fazendo isso de novo…
— Você não tem provas!
— Quer pagar pra ver?
Os garotos se entreolharam e depois de alguns momentos, saíram correndo. Finalmente ele podia fazer o que precisava e ir embora.
Isso é, se o garotinho não tivesse levantado o rosto e olhado para ele com aqueles profundos olhos negros, inchados e brilhantes. Cabelos levemente encaracolados em ondas negras e os lábios mais bonitos e avermelhados que ele já tinha visto. Admitia que tinha congelado, apreciando a visão. Percy que nunca havia se interessado por ninguém em seus onze anos de vida se via encantado. E mesmo quando o garotinho mordeu os lábios e olhou para ele, ainda estatelado no chão do banheiro, Percy não conseguia parar de olhar.
— Você não precisava.
— Eu… era o certo. — Essa era a verdade, era o certo a se fazer, mas o que não era certo era admirar o lindo garotinho, principalmente numa situação como aquela. Ele se sentia um monstro. — Qual seu nome?
— Nico. Niccolas.
Hmm… italiano. Dizem que é a linguagem do amor.
— Percy Jackson.
— Oh. — Nico disse, o olhando dos pés à cabeça, suas bochechas altas se esquentando. — Você não vai fazer o que aqueles garotos queriam fazer… vai?
— O que eles queriam fazer?
Nico olhou para baixo e Percy acompanhou o olhar. Oh, de fato, seu zíper ainda estava aberto, porém agora havia um certo… volume ali.
— Eu não sou como aqueles garotos.
— Não é? — Nico ainda parecia em dúvida, embora ele mesmo tivesse um volume nas calças. Um bem menor e que Percy parecia estar analisando com mais atenção do que deveria.
— Eu não sou. — Ele se virou, tentando convencer a si próprio e andou até o mictório.
Abaixou a cueca e tentou se concentrar. Ninguém o avisou que seria difícil se aliviar com uma ereção no caminho. Respirou fundo, relaxando, e enfim conseguiu. Quando voltou para a pia, pretendendo lavar a mão viu que o garotinho ainda estava no chão, o observando se aproximar.
Nico tinha lhe observado… ir no banheiro? Já que a área era bem aberta, impossível não ver o que acontecia.
— Você precisa de ajuda? — Percy disse enquanto lavava as mãos, encarando ambas suas reflexões no espelho. Nico parecia assustado e encabulado, enquanto ele próprio estava todo sério e quase ausente, sem mostrar emoções.
— Não! Quer dizer, eu estou bem. Obrigado.
— Tudo bem, então.
Percy secou a mão e se virou em direção à saída. Ele tinha oferecido ajuda, não tinha? A partir dali não era sua responsabilidade o que acontecia com Nico.
***
Percy nunca tinha percebido como aquela escola era grande. Duas quadras cobertas e mais duas ao ar livre, cinquenta salas de aula, dez laboratórios. Piscinas, trilhas de corrida e até uma floresta com uma plantação variada. Era um bom lugar para quem estivesse procurando uma educação abrangente, também era um ótimo para quem estivesse procurando um lugar para se esconder. Felizmente, Percy tinha encontrado o lugar perfeito: deserto e silencioso, bem em frente a uma das quadras descobertas. O melhor de tudo era que a visão da arquibancada era bem limitada, impedindo que as pessoas o achassem facilmente.
Ele caminhou calmamente pelos corredores do colégio e chegou a seu lugar favorito, decidido a fazer algumas cestas na quadra e comer algo rápido antes da próxima aula. Ele pretendia entrar para o time e não queria que fosse por puro favoritismo. Isso é, ele já ia entrar na quadra quando viu uma cabeleira negra no lado mais distante da arquibancada. Agora, Percy não tinha escolha, ele precisava saber quem era, só assim saberia se ainda era um lugar seguro ou não.
Percy andou a passos apressados e viu que era o mesmo garotinho da vez passada. Ele tinha o lábio cortado e o lado direito do rosto arroxeado. Percy teve o impulso de perguntar quem tinha feito aquilo com ele, mas se lembrou, não era de sua conta. Até porque Nico parecia estar bem tirando o rosto machucado, vendo que ele comia um pequeno banquete. Percy podia ver pelo menos quatro tipos de pratos diferentes, todos organizados em pequenas marmitas, a visão esquentando seu coração por algum motivo. Devia ser a forma que Nico se encolheu, tentando se esconder dele, mas mesmo assim o encarou, sorrindo.
Ele observou Nico levantar uma das marmitas e da forma mais tímida possível, oferecer a ele, dizendo: — Você quer?
Percy se viu andando o resto da distância até Nico, abandonando sua mochila e bola de basquete no pé da arquibancada, e se sentando em frente a Nico.
— Eu trouxe também. Minha mãe é cozinheira.
— Ah. — Nico murmurou e deu de ombros, pegando seus talheres. — Eu sempre faço muito. Vê?
Então Nico abriu as outras duas marmitas e mostrou a ele. Torta de legumes com queijo. Bolinho de carne. Pão de calabresa. Bolo também.
— Você faz? E sua mãe?
— Eu não tenho. Ela morreu.
Foi quando Percy se deu conta do que fazia. Feito um esquisito, observava Nico comer como se fosse a coisa mais maravilhosa do mundo enquanto o garoto comia sozinho, tendo que fazer a própria comida.
— Seu pai? Você deve ter um, certo?
Nico negou e enfiou outro pedaço de torta na boca, ignorando todo o resto dos pratos.
— Papai nunca está em casa. Eu aprendi com a mama antes dela morrer. A comida dela era o máximo! A vovó também cozinha muito bem. — Mas Nico falava aquilo com tanta felicidade que Percy se sentiu melhor.
— Quem cuida de você?
— Eu tenho uma babá. Minha irmã, também! Ela é a melhor irmã do mundo. — Nico continuou comendo todo contente e Percy sentiu algo em seus olhos. O que estava acontecendo? Esse garoto não podia ser tão ingênuo, certo? Tão... feliz? Quantos anos ele tinha? Nove? Dez? Devia ser mais novo que ele próprio.
— Você não quer mesmo? Fiz tudo sozinho!
— Tudo? Você sequer alcança o fogão?
— Fiz, sim! A babá só ligou o fogão. Eu tenho uma escada que fica perto da bancada e...
— E?
— Você é muito malvado. Não quero mais falar com você!
Percy não aguentou, ele colocou a mão em volta da barriga e gargalhou. Fazia tempo que ele não via uma coisa tão fofa e engraçada. As bochechas gordinhas de Nico se enchendo feito um balãozinho, os braços cruzados, os lábios num biquinho ainda mais fofo.
— Quantos anos você tem, hein?
— Eu tenho onze! Qual o problema?
— Você é tão baixinho e pequeno? Quem está te alimentando?
E de novo, Percy não aguentou. Rindo da própria piada, se deixou cair de costas na arquibancada, rindo e rindo até que seu ar sumisse e depois voltasse, um sorriso feliz permanecendo em seus lábios muito tempo após sua crise passar.
— Você está bem? — Nico perguntou numa voz pequena e suave, fazendo seu coração derreter.
Percy abriu os olhos para ver que Nico tinha se aproximado de onde ele estava deitado, sentando sobre os próprios joelhos, todo preocupado, seus olhos negros arregalados e bochechas coradas.
— Então... — Percy disse, tentando parar de sorrir. — Estamos no mesmo ano. Como eu não te vi por aí?
— Eu te vi. — Nico disse e abaixou os olhos para o próprio colo. — É difícil não ver quando as pessoas só falam de você.
— O que eles falam?
— Que você tira as melhores notas. É o melhor nos esportes. Tem a melhor namorada. Essas coisas.
— Que namorada é essa?
— Acho que... Annabeth Chase? Não sei direito. Cheguei há poucas semanas.
— É bom saber disso.
— Saber do quê?
— Que eu tenho uma namorada.
— Você... não sabe? — Nico entortou a cabeça, feito um cachorrinho confuso e isso arrancou outra gargalhada dele. Dessa vez, Nico riu junto. Ele parecia estar segurando o riso, mas quando Percy não parou, Nico se viu sem escapatória, se juntando a ele.
— Você é engraçado. — Nico lhe disse.
— Você que é.
E feito um garoto da terceira série, coisa que ambos eram, riram novamente, enquanto ouviam o sinal tocar. Percy nem tinha percebido que meia hora tinha se passado, o que era mais tempo do que ele costumava passar com seus velhos amigos nos últimos tempos. E o que isso dizia sobre ele, hm?
— A gente tem que ir. — Ele ouviu Nico dizer.
Eles realmente tinham. Com pressa, ajudou Nico a recolher as marmitas e o acompanhou para a próxima aula, descobrindo que Nico de fato estava na mesma sala que ele. Percy estava tão distraído em tentar se esconder que não via o que acontecia à sua volta? Bem, esse fato iria mudar a partir daquele instante.
***
— Nico.
— Hm.
— É hora de acordar.
Nico resmungou e se aconchegou mais debaixo dos cobertores. Ele estava tão cansado que sentia que precisaria de uma semana inteira para se recuperar.
Ele se remexeu de novo, prestes a colocar o cobertor sobre a cabeça quando sentiu braços fortes rodearem sua cintura, entretanto, o que o fez abrir os olhos foi o beijo em seu pescoço, naquele lugarzinho perto da nuca que agora o fazia reagir mais intensamente do que ele achava que deveria. Era tudo culpa de Percy, culpa da forma que Percy havia o tocado na noite anterior e de todas aquelas palavras.
Deuses! O que ele tinha feito? Nico tinha realmente dito tudo aquilo para Percy? Nico não acreditava nisso! Ele se sentou em um pulo e olhou ao redor. Ele ainda estava em seu quarto, e Percy? Bem, o idiota ainda estava a seu lado, encostado contra a cabeceira da cama e com um sorriso tão satisfeito no rosto que isso o fazia se perguntar: Será que ele tinha dito algo que não se lembrava na noite anterior?
— Então, você gosta de apanhar?
— Percy!
— Pensei que eu fosse o único que você permitisse te fu--
— Não se atreva! — Nico admitia que estava entrando em pânico.
— Eu me pergunto onde está o garoto que queria ir devagar, hmm?
Em outro pulo, Nico se jogou em cima de Percy e tampou a boca dele com as mãos.
— Retiro tudo o que eu disse. Tudo!
Percy lambeu sua mão e continuou sorrindo para ele até que Nico se deu por vencido, deixando que Percy falasse:
— É uma pena. A gente podia se divertir tanto…
— Eu… eu não sei. — Nico teve que desviar o olhar, talvez ele não quisesse retirar nada, por mais humilhante que fosse.
— Bebê. Vem aqui.
Nico foi, é claro.
Percy o segurou pela cintura e o fez se deitar sobre o peito dele, uma das mãos de Percy indo a seus cabelos imediatamente. Nico não entendia porque aquele gesto o acalmava tanto ou porque esse sentimento de ternura o fazia querer contar tudo o que não tinha dito na noite anterior. É que… ele se sentia condicionado a nunca mentir para Percy, e ele já havia dito tanto… Nico queria ter uma máquina do tempo para se certificar que nada daquilo tivesse acontecido, porque só assim teria certeza que nada entre eles mudaria.
— Eu sinto muito.
— Nico.
— Eu não devia ter ido embora. Mas quando você me disse para conhecer outras pessoas, pensei que… pensei que a gente nunca teria uma chance. Então, por que ficar esperando por algo que nunca vai acontecer?
— Está tudo bem. É minha culpa.
— Não quero saber de quem é a culpa. Quero que você diga que me perdoa e que no futuro isso não vai afetar as coisas.
— Eu te perdoo e isso não vai mudar nada.
Nico sabia que Percy falava isso apenas porque ele havia pedido, mas mesmo assim, o nó em seu estômago parecia se afrouxar.
— Promete?
— Eu prometo.
Nico se afastou o suficiente para poder olhar no rosto de Percy e o tocou ali suavemente, acariciando os lados do pescoço dele.
— Você sabe que eu te amo, não sabe? De verdade? — Nico se forçou a dizer, vendo um sorriso pequeno aparecer nos lábios de Percy.
— Por que essas declarações agora?
— Eu percebi… pensei que gostava de você porque você foi o meu primeiro amigo. Mas quando eu estava na Itália, parecia que algo estava faltando. Tentei encontrar isso em outras pessoas, sabe?
— O que você estava procurando? — Foi quando Percy tocou em seus ombros, tentando consolá-lo.
Ahg, ele não conseguia olhar para Percy quando Percy agia de forma tão gentil.
— Eu não sei! — Era uma mentira, é claro. E Percy sabia disso. — É difícil expressar o quanto você significa pra mim. Então, quando eu não te conto as coisas é porque eu não consigo, não porque eu não quero.
— Eu sei disso. Mas eu preciso que você me diga. Preciso que você me dê permissão. — Então, Percy tocou em sua nuca, puxando sua cabeça para cima, o fazendo encará-lo. E ainda assim, quando Nico se negou e manteve os olhos fechados, Percy insistiu: — Lindo. Olhe para mim.
Nico fez, ele fez porque era impossível resistir quando Percy falava com ele naquele tom firme e ao mesmo tempo tranquilizador.
— Eu entendo. Você não precisa se forçar.
— Eu sinto muito.
— Não, Nico. Não é sua culpa.
— Não quero te preocupar.
Porque essa era a verdade. Ele sempre gostou de passar pela vida quieto e despercebido, só que Percy o anotou e não o largou desde então. Não importava quanto tempo passasse, nunca se acostumaria com a atenção que Percy lhe dava e mesmo depois de uma década, era estranho, era como se ele estivesse em um sonho e a qualquer momento iria acordar, percebendo que Percy tinha sido sua imaginação lhe pregando peças.
— Isso não vai se repetir.
— O quê? — Nico perguntou, sem entender.
— Não vou te obrigar. Apenas… me diga se você precisar. Qualquer coisa.
— Qualquer coisa?
— É claro.
— Então diz que me ama.
— Eu te amo.
— De novo.
— Eu te amo.
— De novo.
— Nico. — Percy sorriu e o beijou, o interrompendo. — O que está acontecendo? É sobre a noite passada?
— Não é nada.
— Prometo que não vou fazer aquilo novamente.
— Aquilo…?
— Eu não vou ser… tão intenso ou… você sabe.
Por que ele sentia que seu rosto estava esquentando? E já que esse era o caso…
— Por que não?
Esse era o momento que Nico mais temia. Percy ficou em silêncio e o encarou por longos segundos, sem lhe dar escolha se não encará-lo de volta. Ele temia tanto esses silêncios porque esse era o momento em que ele não conseguia mentir, e se ele não pudesse falar, não teria como desviar a atenção para longe da verdade.
Sim, essa era a realidade, não importava o quanto ele tentasse dissimular, Percy sempre saberia de tudo no final.
— Tudo isso é por vergonha? A humilhação é demais para você? Ou é porque você gosta da sensação?
Nico não sabia como Percy conseguia falar tudo isso de forma tão séria e compenetrada. Bem, Percy estava mais certo do que imaginava. Entretanto, quando Nico ficava nervoso esses sentimentos saíam apenas de duas formas, lágrimas de ansiedade ou de risada. Então, imagina a cena onde ele começou a rir do nada enquanto Percy continuava sério e todo austero.
— Você acha que eu sou uma piada? — Percy disse e estufou o peito, fingindo estar ofendido.
— Eu nunca acharia isso.
— Eu te amo. — Então, Percy o abraçou forte e acariciou suas costas. — Não importa o que seja essa coisa entre a gente, vamos superar juntos.
Era o que Nico esperava.
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Então, como foi? Infelizmente vou ter que dar uma pausa para descansar e volto em agosto. Se eu conseguir escrever algo legal, volto antes. Até mais!
character sheet for Percy in my percico college AU!
(as always, feel free to ask me any questions about this AU :) I will chat and maybe throw in a drawing)
edit: [Nico's sheet]
Olha quem voltou nesse fim de semana? Consegui escrever mais um capítulo, completando mais de 10 mil palavras nessa semana! Agora eu entendo que diz que conseguie escrever uma história em um mês. Estou muito orgulhosa de mim mesma. Acho que reencontrei minha motivalção^^
Pra quem está perdido, esse é o quarto nesse semana. Então, vale a pena voltar alguns post e ler os capítulos. Mas não se preocupem, estou montado um blog melhor e logo ele estará no ar. Para quem estava com saudade tem um +18 na ultima cena, ok? Espero que vocês gostem, fiz o melhor para melhorar a escrita dessa vez.
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Percy sentia que tinha voltado no tempo. Se lembrava como se fosse ontem, os longos dias tortuosos e os sussurros por onde quer que ele fosse; a vontade de sumir também estava ali, a desconexão com a realidade, como se ninguém fosse capaz de quebrar sua bolha de autoflagelo e depressão, sentindo o vazio que o atingia quando ele menos esperava, o sentimento de inadequação lhe dizendo que ele sempre seria aquele garoto solitário e violento que não merecia o que tinha ou o amor alheio. No fim, não importava o quanto ele se sentisse distante da realidade e despreparado para lidar com a vida, o tempo não esperava por ninguém; quando Percy piscou, eles já estavam no fim do primeiro bimestre do ano, o que o levava a aquele exato momento, mal conseguindo se focar no que estava bem em frente a seu rosto. Um teste surpresa, um pedaço de papel que lhe diria se ele tinha chances de passar nas primeiras avaliações.
— Per? — Nico sussurrou do seu lado, ainda escrevendo. — Você não estudou nada, estudou?
Alguém poderia culpá-lo? A culpa ainda o comia por dentro, o paralisando, lutando contra a ânsia de fazer exatamente o contrário do que sua consciência lhe pedia. Nico ficar perto dele vinte e quatro horas por dia não estava ajudando, o fazendo querer quebrar aquela bolha de angústia e ao mesmo tempo, tentado a ficar exatamente onde estava apenas para não ter que tomar alguma decisão. Ele ainda acordava no meio da noite tenso e sem se lembrar o porquê, sendo forçado a sair da cama para se acalmar ou tomar um ar fresco no rosto. Porque ele tinha que--
— Não se preocupe, a gente vai dar um jeito nisso. — Nico tocou em seu ombro e mostrou a ele um dos sorrisos mais doces que ele já tinha visto, o fazendo relaxar imediatamente e sentia que havia uma luz no fim do túnel. Ele observou Nico pegar ambas as suas folhas de respostas, andar até o professor e as entregar a ele, que sorriu todo charmoso para Nico.
Não, ele não iria por esse caminho. Era por isso que Percy tinha se metido nesses problemas. Estava comprometido, ele seria uma pessoa melhor nem que morresse tentando. Por isso, Percy guardou suas coisas na bolsa e respirou fundo, contando até trinta.
1… 2… 3… 4… 5… 6… 7--
— Vamos?
Percy olhou para cima e ali estava Nico, doce e sorridente, estendendo as mãos para ele. O medo de preocupar Nico era a única coisa o mantendo de pé no momento, se alguém lhe desse um peteleco Percy desmoronaria imediatamente; ele não conseguia aceitar o fato que… que no fim ele era o monstro que as pessoas o acusavam de ser. Se sentindo no automático, Percy pegou suas bolsas e segurou na mão que Nico oferecia, mal percebendo a expressão decepcionada no rosto do professor. Geralmente ele gostava dessa aula e não precisaria de muito para tirar uma nota alta, mas o que ele podia fazer se sua obsessão estava bem a seu lado, querendo sua atenção? O ruim era saber que ele se afundaria nessa obsessão se o mundo ao redor deles não estivesse pronto para lembrá-lo do equívoco que isso seria. Às vezes, Percy se perguntava se o que sentia era amor ou era apenas co-dependência, uma muleta para ajudá-lo a lidar com os problemas e traumas que nem o melhor psiquiatra poderia remediar.
— Tá tudo bem? Você precisa de um tempo?
Eles tinham se tornado mestres em criar barreiras que antes não estavam lá, barreiras inúteis e cruéis que só serviam para machucar a ambos. Se Percy fosse sincero, diria que era exatamente o que precisava, embora isso não faria nada melhorar. A saudade só aumentaria, a dor no peito se alastrava e ele sentimento ruim em seu estômago tomava mais força, o fazendo agir impulsivamente. O treino de basquete seria uma boa desculpa para esse tempo se o treinador não o tivesse proibido de praticar até que ele conseguisse se concentrar no jogo.
— Você quer vir comigo pra prática de banda? Nós vamos tocar no baile.
Delicadamente, Nico segurou em seu braço com as duas mãos e beijou seu rosto, o fazendo esquecer de sua angústia interior por um momento e aquecendo o vazio em seu corpo. — Vamos, vai ser legal. Você pode participar se quiser.
— Eu não trouxe meu violão.
— O professor pode emprestar.
— Eu não sei… — Afinal, tinha um motivo dele não participar da prática em grupo.
— Andei pensando no que você disse… que eu não tenho muitos interesses. Você estava certo.
— Eu estava? — Era bom saber que tinha feito algo de bom.
— Em Verona, eu saia com meus amigos, desenhava, tocava e cantava, escrevia e cozinhava todos os dias com minha nona e meus primos. Eu só… sinto que não preciso fazer todas essas coisas quando estou com você. Mas agora eu entendo o problema nisso.
Bem, esse era exatamente o problema. Eles eram um casal de obsessivos, compulsivos e obcecados um pelo outro. Era difícil enxergar o resto do mundo quando a pessoa que ele mais amava estava tão perto, mas que por esse motivo era tão errado querer essas coisas, e que suas vontades se tornavam tão intensas que tudo acabava ficando um tanto tóxico. Percy queria dizer tudo isso para Nico, mas se dissesse, iria incentivá-lo a permanecer junto com ele nessa bolha intensa e traumática que eles tinham criado.
— Que bom que você entende.
— Exatamente por isso, quero te mostrar uma coisa. Vem comigo?
Ele faria tudo o que Nico pedisse. Felizmente, Nico era bondoso demais para exigir algo dele, ou esse era o caso geralmente. Então, quando Nico pedia, Percy ficaria feliz em conceder. Ele segurou mais uma vez na mão Nico e eles foram em direção ao departamento de música, deixando que Nico o guiasse pela primeira vez na vida. Talvez fosse uma boa mudança para eles.
***
— Nico, onde você esteve esses dias? A gente não conseguiu te encontrar em lugar nenhum!
Percy agora se lembrava porque não gostava de vir nas práticas de banda. Porque, quem tinha se levantado e corrido em direção a eles era Lou Ellen, a defensora mais fervorosa dos indefesos e oprimidos, e de acordo com ela, Percy era um daqueles que oprimia outras pessoas.
Lou parou na frente deles e cruzou os braços, olhando de cima a baixo. Percy escolheu fingir que não tinha visto, essa era mais uma integrante do seu ex-fan clube. Ele pode ou não ter se envolvido com ela, ele pode ou não ter usado e depois jogado fora. Não era sua culpa se as pessoas colocavam expectativas nele quando Percy não havia lhes prometido nada, nem amor ou sequer amizade. No fim, as pessoas acreditavam no que elas quisessem, mas não seria ele que afagaria o ego delas.
— Já entendi. Porque você trouxe esse psicopata aqui? — Ela murmurou, como se tivesse comido algo azedo, e se virou para Nico. — Nico! A gente está atrasado. Você conseguiu a música?
— Melhor ainda, eu escrevi uma. — Nico, como o anjo que ele era, ignorou o que ela tinha dito e segurou firme em sua mão; Nico sabia muito bem o que Percy realmente gostaria de estar fazendo.
Imediatamente, o rosto de Lou Ellen se transformou em um piscar de olhos, de carrancuda para esfuziante.
— Perfeito! Você vai mostrar pra gente?
Lou não havia dado tempo para Nico responder, ela o puxou e Percy não teve alternativa senão os seguir para dentro do auditório de música onde menos de dez adolescentes os esperavam. Ele se lembrava em algum ponto do passado estar entre eles, ele devia ter o quê? Doze anos? Mas como a música sempre tinha sido algo que Nico gostava, Percy preferiu se concentrar em outras coisas, como esportes, algo que poderia lhe dar um futuro mais promissor.
Percy não disse nada e nem cumprimentou ninguém, ele seguiu Nico até o centro do palanque e observou de longe. Nico pegou um violão que a escola disponibilizava e se sentou no chão, onde as outras pessoas se aproximaram e sentaram em volta de Nico, olhando para ele com admiração e algo a mais que ele preferia não questionar. Sinceramente? Percy não poderia culpá-los, Nico ficava ainda mais bonito com um violão no colo e olhar de contemplação enquanto dedilhava algumas notas nos fios do violão, sua voz doce e aveludada vindo logo a seguir, ecoando pelo ambiente, palavras e notas que Percy não reconhecia, mas que também não se esforçava para prestar atenção em seus significados, preferindo deixar que a música o rodeasse feito uma doce carícia que insistia em ir embora apenas para deixá-lo pulsando e querendo mais.
Ele não resistiu, colocou suas bolsas em um canto da sala e se aproximou de Nico, sentando diretamente a seu lado e colocando uma de suas mãos nas costas de Nico.
Nico meramente virou o rosto em sua direção e continuou cantando, talvez em um tom um pouco mais baixo, um pouco mais íntimo, como se aquelas palavras fossem destinadas para ele e a ninguém mais. Nico sorriu, tranquilo, e enfim quando a canção chegou a seu final, o som do violão ecoou por mais alguns momento, o fazendo acordar com seu final. Olhando somente para ele, Nico perguntou numa voz baixinha:
— Você gostou?
— Ficou muito bom. — Porque era verdade. Mesmo que ele não tenha prestado atenção nas palavras, a música por si mesma falava o suficiente. — Como ela se chama?
— Não há lugar como o lar.
As pessoas ao redor aplaudiram, roubando a atenção de Nico que agradeceu, fazendo algo dentro de Percy se enfurecer. Quem elas pensavam que eram!?
— Nico, a gente gravou. Tudo bem? — Lou disse de algum lugar na plateia. — Ficou perfeito. Posso compartilhar com os outros?
— Eu… já coloquei online? Posso colocar no grupo? — Nico disse incerto. Claro, Percy pensou, como se eles fossem negar quando as pessoas por ali pareciam adorá-lo.
— Isso é ótimo. — Lou disse de novo, animada.
— Excelente, Nico. Obrigada por compartilhar conosco algo tão pessoal. Podemos usá-la para um exercício? — Euterpe, a professora de música, o parabenizou. Quando Nico acenou, ela continuou. — Para a próxima aula quero que vocês criem um arranjo para a banda. Regravem a música e também tragam sugestões de outras canções para apresentarmos no baile.
Com isso o auditório explodiu em atividade, as pessoas se organizaram em dois ou três grupos enquanto os dois continuaram onde estavam, inclinados um na direção do outro, ainda com Nico segurando o violão e com Percy segurando na cintura de Nico.
— Você quer tocar?
Percy aceitou o instrumento quando Nico ofereceu para ele, embora ele tenha hesitado por um momento. Faziam um tempo que não segurava em um violão, tempo o suficiente para quase o fazer esquecer como posicionar os dedos. Mas é como dizem, tem coisas na vida que nunca se esquece e foi isso o que aconteceu quando a primeira nota soou, limpa e firme em seu dedos, os exercícios de dedilhado voltando com tudo, o fazendo lembrar das longas horas nesse mesmo auditório, uma das poucas coisas que o manteve em contato com a realidade quando Nico tinha ido embora. Uma das milhares muletas que ele carregava pela vida, mas que o mantinham em pé. Então, ele se deixou levar, abaixou a cabeça e permitiu relembrar, sentiu seus dedos voarem pelas cordas e permitiu que uma estranha calmaria o tomasse. E por longos minutos foi tudo o que ele escutou, sua respiração e a sequência de notas rápidas, isso é, até que sua sequência chegou ao fim e ele se viu abraçado por Nico.
— Isso foi muito bonito. Porque você não me disse que podia tocar desse jeito? — Nico disse calmamente, não como se exigisse algo e sim como se tivesse ganhado um presente valioso.
— Eu estava ocupado com o basquete. E com o drama adolescente.
Bem, Percy nunca foi muito bom com piadas. Então, ele não se surpreendeu com a atitude de Nico que apenas beijou em seu rosto e encostou a cabeça em seu ombro.
— Toca mais. Todos gostaram.
Todos?
Percy olhou ao redor do auditório e viu que as pessoas de fato estavam o observando em silêncio sem o usual escárnio. E ele podia jurar que tinha menos pessoas na sala.
— O que você quer escutar?
— Uma balada romântica.
Foi o que ele fez, as notas saindo mais lentas e simples. Imagine sua surpresa ao ouvir as pessoas cantando com Nico, batendo palmas e se balançando. Bem, o que ele podia fazer? Talvez nem tudo estivesse perdido.
***
— Desculpa. — Percy disse, admitindo a derrota. Às vezes, ele se esquecia que Nico não podia adivinhar o que ele pensava e que se ele quisesse que o relacionamento deles funcionasse como deveria, Nico não era o único que precisava ser sincero.
— Você não fez nada errado.
Tinham se passado alguns dias, mas aquele momento na sala de música tinha ficado em sua mente. Percy sabia que tinha a tendência de se perder em seus próprios pensamentos, imaginando que o mundo inteiro estava contra ele, quando na verdade, ninguém se importava, fofocas eram passageiras, coisas que não teriam efeito algum em sua vida e nem todos tinham algo ruim para falar dele. Nico era o lembrete disso, que ele ainda tinha uma família, amigos e alguém que estaria do seu lado incondicionalmente.
Para retribuir todo o esforço que Nico estava fazendo, Percy tinha se sentado ao lado de Nico no sofá de casa e o abraçado bem forte, o puxando para seu colo. Ele o beijou também, mas não os selinhos inocentes que eles tinham se acostumado nas últimas semanas, e sim bocas abertas e línguas se entrelaçando, que fez Nico gemer, estatelado e surpreso entre seus braços.
— O que foi isso? — Nico arfou, ainda em seu colo, se segurando em seu pescoço.
— Obrigado por ser paciente.
Nico piscou lentamente para ele, suas maçãs do rosto coradas, respiração rápida, um volume óbvio em suas calças. Percy sabia que esse era Nico tentando raciocinar no meio da excitação que de forma repentina invadia seu cérebro.
— Você sabe que eu te amo, não sabe?
— Eu sei.
— O sexo… ele não é importante. Você é o meu melhor amigo, meu companheiro.
— Nico.
— Eu poderia ficar sem sexo pelo resto da vida, mas eu nunca quero ficar sem você. Eu posso esperar.
— Eu sinto muito. — E Percy realmente sentia, principalmente vendo a frustração no rosto angelical de Nico, vendo que Nico estava pronto para implorar com o menor sinal positivo.
A verdade é que o celibato não era para ele. Era uma tortura a cada dia que ele não tocava em Nico, tinha medo que se Percy se deixasse levar, voltaria aos mesmo habitos ruins. Embora ele venha se questionando se tudo aquilo era errado ou se estava tudo dentro de sua cabeça devido a culpa de não ter prestado mais atenção no que acontecia com Nico.
— Chega. Eu não quero te ver assim. Não quero ouvir que você sente muito e que vai mudar. Eu não que você mude, quer dizer… você não precisa fazer todas essas coisas.
Nico estava quase fazendo um biquinho zangado, era lindo de se observar enquanto Nico tentava transmitir seriedade. Nico continuava tentando com tanto esforço ter certeza que ele estava bem que Percy sentia vontade de fazer alguma loucura; podia ser qualquer coisa. Mas o que ele realmente tinha vontade de fazer era jogar Nico na cama e fazê-lo esquecer a preocupação estampada em seu rosto. Talvez ele devesse? Só para ver se conseguia se controlar?
— Eu entendo. Não vou me desculpar de novo.
— Não vai? — Nico inclinou a cabeça para o lado, feito um cachorinho confuso, e isso fez Percy sorrir. Ele segurou Nico pelos cabelos e o beijou mais uma vez, sentindo Nico derreter contra seu peito.
— Você merece uma recompensa. Sabe porquê?
— Porque? — Nico gemeu, se remexendo em seu colo.
— Porque bons garotos merecem o melhor.
— Eu sou…? Um bom garoto?
— O melhor.
Percy sentia como se estivesse numa degustação do seu restaurante favorito. Ele olhou um momento para o rosto em fogo de Nico e se permitiu finalmente fazer o que queria. Lentamente, para ver o que Nico iria fazer, ele tirou sua mão da cintura de Nico e a levou para a virilha do garoto, o tocando delicadamente por cima da calça jeans. Feito uma flor, Nico afastou as pernas e tirou as mãos do caminho, levantando os olhos para onde as mãos de Percy estavam indo, gemendo suavemente quando ele finalmente cobriu seu membro por cima da roupa.
— Tudo bem se eu fizer isso? — Percy perguntou, parando seus movimentos.
— Sim, por favor. — E em seguida, como um pensamento atrasado, disse: — Obrigado!
— Hmm, bom garoto.
Então, como ele havia prometido, abriu o botão das calças de Nico e abaixou o viper, vendo o pequeno volume sobre a cueca. Ainda mais devagar ainda, Percy massageou o membro por alguns momentos e o puxou para fora da cueca. Ele não podia negar, Nico era lindo em todos os lugares; a pele morena, a voz doce, o corpo macio. Ali em baixo ele também era tudo isso, o membro que cabia em sua mão, a cabeça avermelhada e molhada bem na pontinha, os pelos ralos e bem aparados na base. Ele sentia vontade de devorá-lo e só para quando Nico virasse um possa de prazer sobre suas mãos, rendido a seus pés.
Mas, hoje não, hoje ele levaria tudo o mais calmamente que ele pudesse.
— Por favor! — Nico choramingou, lágrimas surgindo em seus olhos.
Percy fechou os olhos por um momento e se concentrou em sua respiração. Era aquela sensação pesada no fundo de seu estômago que o tomava novamente, aquela voz possessiva e controladora lhe dizendo que se Nico era seu e estava se oferecendo assim para ele, Percy poderia fazia o que bem entendesse.
— Está tudo bem, querido. — Percy murmurou, mal reconhecendo a própria voz, ouvindo Nico gemer. Ele hesitou apenas um momento para prestar atenção na reação de Nico.
Ah, seu doce Nico. Ele o encarava com alguns olhos dilatados, implorando, demonstrando tanta confiança nele que Percy teve que se mexer. A mão que estava perto da virilha de Nico enfim encontrou seu caminho e envolveu o membro pulsante. Ele quase tinha esquecido a sensação de tocar em um lugar tão íntimo de outra pessoa. Percy testou as águas segurando em volta de Nico e depois roçou um de seus dedos na pontinha, recolhendo o pre-gozo e o trazendo para baixo, dedilhando a extensão para voltar a envolvê-lo por completo, aplicando um pouco de pressão.
— Assim? — Ele perguntou.
Bem, Nico não o respondeu exatamente, mas a forma que Nico estava apoiado contra seu peito, gemendo sem pudor, deveria ser um bom indício.
De repente, Percy se sentia curioso. Depois de tanto tempo sentia que tinha esquecido a forma do corpo de Nico. Ele usou sua outra mão e envolveu o baixo ventre de Nico, acariciando sua barriga. Subiu mais um pouco e encontrou seu abdômen, suas costelas e peito, tocando nos mamilos duros, onde ele se demorou por alguns instantes.
— Percy! — Ele ouviu Nico choramingar, se roçando contra ele.
— Eu sei. Estou te torturando.
Mantendo Nico preso contra seu peito, costas contra ombros, Percy continuou sua exploração, indo para baixo e voltando a massagear entre as pernas de Nico.
— Será que você podia… mais para baixo? — Então, Nico murmurou, todo dócil e obediente.
— Aqui? — Seus dedos curiosos fizeram o que Nico pediu, passando pelos testículos e encontrando a entrada de Nico. Um leve toque lhe disse o que Nico queria.
— Você anda se divertindo sem mim, hmm?
— Eu não sabia se… quando… ah…
Bem, ele ainda estava curioso. Devagar, Percy roçou um de seus dedos e logo Nico se abriu feito uma flor. E mesmo a seco, seu dedo entrou, quase sem resistência, indo até o final. Percy podia apostar que enquanto ele tentava dar um tempo para Nico pensar, Nico estava se divertindo sem ele.
— É isso o que você fazia quando eu não estava olhando?
Ele tentou colocar outro dedo e o surpreendendo, o dedo entrou quase sem resistência novamente. Nico se curvou todo de uma forma que parecia dolorosa e gritou a pleno pulmões: — É tudo sua culpa! Eu tentei… tentei… não é a mesma coisa!
Ah, isso o fazia querer… não! Não hoje. Hoje, ele se conformaria em tocar e observar, quem sabe em alguns dias Percy se sentiria forte o suficiente para avançar. Então, ele fez o que Nico tão desesperadamente pedia para que ele visse. Observou o membro de Nico pulsar, sem nada o tocar, enquanto que continuava a massagear o interior dele, movendo seus dedos devagar ao redor, os abrindo muito delicadamente até encontrar o lugar certo. Nico gemeu longamente, curvando a coluna e como mágica, viu Nico expelindo, jato atrás de jato, sem tocar em qualquer outro lugar.
— Eu te odeio! — Nico grunhiu quando enfim desabou contra seu peito, uma expressão de exaustão e êxtase ainda estampado em suas feições.
Bem, Percy acreditava em Nico. Às vezes, ele também se odiava um pouco, principalmente quando tinha que se controlar dessa forma.
— Eu também te amo.
Percy continuou segurando Nico contra seu peito e só se moveu quando teve certeza que Nico não continuaria o odiando.
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E então, divertido? Estou gostando bastante de abordar esse lado psicologico deles. Espero que o assunto não esteja muito pesado. Provavelmente na segunda tenha mais capitulos, se não tiver vai a versão em inglês.
Comentarios são sempre bem-vindos e me fazem escrever mais rapido ainda, o que se tornou verdade^^ Obrigada a todos que tiram um tempo para apoiar o blog.
Part 1 of a comic inspired by a story prompt about the monster under the bed actually protecting the child
Person A: “How do you destroy a monster without becoming one?”
Person B: “Easy, you save it.”
important reminder that holmes and watson transitioned from polite roommates to friends because watson read one of holmes's articles, called it and the writer a hack piece of shit, and holmes went "tell me more. btw i wrote that--no don't stop" and proceeded to call all watson's favorite detectives hack pieces of shit in return
Enemies to lovers comrades (also: comrades to lovers)
Coffeeshop Employee owned and operated co-op AU
Alpha/Beta/Omega Autocrat/Bourgeois/Oligarch dynamics (dystopia)
Fake dating comrades AU
Hurt/Comfort Free Healthcare
Mpreg with federally mandated parental leave
Soul Unionmates AU
And there was only one bed copy of the Communist Manifesto
Accidental baby government subsidy acquisition
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Fix-it with public funds fic
Fuck Tax the rich or die
Huddling for warmth resource conservation
Didn’t know they were dating benefiting from public resources
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Sejam bem-vindos! Olá, esse é meu blog pessoal. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e orginais, e reblogo alguns posts de vez em quando. História Atual Não há lugar como o Lar - versão em Portugues There's no Place like home - English version Resumo: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro. Se você quiser saber o que eu escrevo, siga a tag #my writing
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