Oii, como vai? Estou muito feliz com o que consegui escrever até aqui. Pensei que eu tinha desaprendido a escrever, sabe? Então é legal ver as coisas se desenvolvendo bem.
Nesse capítulo preciso dar alguns avisos. Pra quem me conhece sabe que sempre escrevo sobre sexo, seja no começo, meio, final ou durante a história inteira, mas como esse blog é novo achei bom avisar.
Outra coisa é que, como estou postando conforme escrevo algumas coisas podem mudar. Assim, se tiver algo novo e que mudou eu aviso nas notas finais ou aqui no começo. E tipo, quero dizer que eu não gosto de personagens muito... bonzinhos, então, a personalidade do Percy e do Nico vão começar a se mostrar, ok? Nada do tipo vilanesco, mas que pode gerar algum tipo de discussão, e sobre isso eu não aviso. De fato, raramente faço avisos, embora eu goste de conversar sobre a história. (Avisos são sobre coisas que eu não costumo abordar, assuntos taboo demais ou sobre algum tipo de non-con).
Dessa forma, vocês estão convidados a dar sua opinião sobre qualquer aspecto da história, seja em português, inglês ou espanhol. Sim, sou quase trilíngue ou seria poliglota? srsrsr De qualquer forma, espero que seja um boa leitura!
Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III
— Então me deixe decidir. Eu só preciso da sua permissão.
— Permissão para fazer o que?
Nico observou em câmera lenta a mão que estava em volta de seu ombro viajar para sua nuca, massageando o lugar, e o puxando suavemente para mais perto, inclinando sua cabeça até alcançar a posição certa para os lábios de Percy finalmente descerem contra os seus no beijo mais inocente e doce que ele já tinha provado, como se Percy estivesse determinado a recuperar tudo o que eles tinham perdido, começando por um beijo terno e casto, num leve roçar de lábios, jantares a luz de velas e… e muitos abraços?
O problema é que as coisas não ficariam castas por muito tempo. Gemendo e estremecendo, Nico sentiu uma das mãos de Percy descerem por suas costas numa carícia lenta e com vontade, entrando por dentro de sua camisa, o prensando contra seu peito bem no exato momento onde ele abriu a boca num arfar necessário para ter sua língua capturada e chupada, de forma tão gostosa que ele se viu fechando os olhos e gemendo novamente, se agarrando nos ombros de Percy com medo de sair voando.
— Tão bom assim, hm? — Percy murmurou algum momento depois, lábios ainda grudados aos dele, os mordiscando lentamente, mãos a salvo e longe de qualquer parte sensível. Por enquanto.
Isso era tão injusto! Tinha esperado tanto tempo por esse momento! E agora era difícil pensar, quanto mais devolver uma resposta aceitável. Ele tinha sentido falta dessa proximidade, e principalmente tinha sentido falta de beijar Percy, mesmo que tivesse o beijado apenas uma vez antes de ir para a Itália envergonhado e com o rabo entre as pernas.
— Bebê. — Percy sussurrou mais uma vez contra seus lábios e os lambeu, o pegando desprevenido mais uma vez, a língua dele se encontrando contra a sua, selando seus lábios juntos, as mãos de Percy se fincando em seus cabelos, os puxando um pouco, lhe fazendo gemer, enquanto a outra mão em sua cintura o arrastava pelo banco, o puxando para mais perto, quase o colocando em seu colo, isso é, quando um pigarro em algum lugar próximo a deles foi ouvido.
— Os senhores estão prontos para pedir?
O beijo foi quebrado com um barulho molhado e um choramingo necessitado que vinha dele mesmo. Nico voava, flutuando nas sensações que nem lembrava mais, e nem mesmo o garçom tentando chamar a atenção deles poderia impedi-lo. Então, suas costas foi colocada contra o assento do banco e as mãos de Percy voltaram a seus ombros, agora o massageando devagar como se isso pudesse acalmá-lo. Ele ouviu uma risada sem graça e então a voz de Percy soou no ambiente, rouca e lenta, pedindo um vinho e o prato do dia. Apenas um prato. De qualquer forma, não é como se eles fossem comer muito.
— Obrigado. — Percy disse depois de alguns minutos, Nico se sentindo contente em ficar quieto e ver o garçom se afastar todo encabulado.
— Garoto mal, constrangendo pobres serventes. O que eles vão dizer da gente?
— Quem é mal aqui? — Ele se viu dizendo, nenhum pouco arrependido, embora não tenha sido ele quem começou.
— Você tem razão, eu sou. Contanto que você seja bom pra mim.
Ele nem se deu ao trabalho de responder, apenas olhou para a expressão convencida no rosto de Percy, tão arrogante que ele teve o impulso de mostrar quem mandava ali. Então, como num passe de mágica, Percy sorriu e segurou em seu rosto perto de seu pescoço e encostou seus lábios contra os dele longamente num gesto afetuoso que esquentava sua pele da mesma forma que algo mais intenso faria.
— Não fique bravo comigo.
— Você acha que pode resolver tudo com beijos?
— Nem tudo. Sexo e presentes também podem ajudar. Quem sabe uma massagem bem relaxante?
Nico sentia vontade de bater em Percy até que não pudesse mais. Felizmente a comida deles chegou e uma garrafa inteira com duas taças foi colocada na mesa.
— Você está tentando me deixar bêbado?
— É o seu preferido.
Realmente era o seu favorito, seco e tinto, forte. Uma boa safra também. Ele se perguntava se toda família italiana era assim, parecendo que tinha vinho nas veias no lugar de sangue. Isso não era importante, logo Percy abria a garrafa e enchia suas taças até o limite.
— A novos começos e velhos amigos.
Eles brindaram, dando algumas garfadas nos intervalos de beijos e risadas, e beberam mais um pouco até que a garrafa estava vazia, o céu lá fora há muito tempo escuro, perdido no breu da noite junto a qualquer inibição que eles poderiam ter.
***
E como ele tinha dito antes, sua vida era um grande clichê barato. Nico não se lembrava como tinha chegado em casa, quem tinha aberto a porta ou como eles tinham subido as escadas em direção a seu quarto. Eles tinham trancado a porta? Onde estava sua mochila? E seu violão? Eles tinham--
— Nico… bebê… — Ele jogou a cabeça para trás e gemeu, estava tão bêbado, suas pernas nos ombros de Percy e suas mãos agarrando qualquer coisa que ele pudesse se segurar.
Não fazia muito tempo que Percy tinha lhe jogado na cama e arrancado seus sapatos e calças, cueca, jaqueta e camisa de uma vez só. Ele mal teve tempo de subir na cama até os travesseiros e Percy já estava lá, no meio de suas pernas, tocando, beijando, marcando com seus dentes onde quer que eles pousassem. Tudo estava indo tão rápido que quando menos percebeu, Percy lambia seu membro rapidamente, de cima até a base, para ir por suas bolas e então… então sua entrada, mordiscando e usando seus dedos e língua, ambos lutando contra a embriaguez e o caminho estreito, tão estreito… fazia muito tempo que ele tinha tentado alguma coisa, ainda que essa coisa não tenha tido sucesso.
— Nico, você tem que certeza que--
— Eu tenho! Eu tenho!
— Está tudo bem mesmo? Está tão apertado… hmm… — Mas Percy estava gemendo, como se fosse ele quem estivesse sendo tocado. — E cheira tão bem…
Nico estava tão feliz de ter se precavido!-- ele nem teve tempo de terminar o pensamento quando sentiu… sentiu os dedos de Percy sumirem de dentro dele, sendo substituídos pela língua de Percy, molhada e levemente áspera, roçando ao redor da área enrugada para se forçar para dentro, se movendo ritmicamente… ele não ia conseguir, fazia tanto tempo que ninguém tentava tocar ali, a sensação dessa vez foi bem melhor, tão gostoso que ele podia… sua coluna se curvou e ele gemeu, um som profundo vindo desde seu pulmão, escapando de seu lábios. E claro, a boca de Percy já estava lá, momentaneamente ajudando a prolongar seu orgasmo, os dedos de Percy voltando a penetrá-lo, agora deslizando com mais facilidade, o lubrificante enfim fazendo seu trabalho. Mas era tarde demais, os lábios de Percy sobre seu membro eram muito intensos, mais do que ele podia aguentar. Finalmente se sentiu gozando e gozando quando Percy o chupou com vontade, lambendo a cabecinha de seu membro, o fazendo doer tão gostoso que ele teve que puxar Percy pelos cabelos para empurrá-lo para longe seu membro, ainda pulsando com o sêmen que escapou dos lábios de Percy, escorrendo abaixo por seu pescoço.
— Tudo bem? — Percy perguntou, mas ele não sabia. Parecia que tinham arrancado sua calma através do orgasmo. Nico mal conseguia abrir os olhos ou respirar, ainda se sentindo pulsar e estremecer. — Eu te machuquei?
Nico conseguiu apenas negar com a cabeça, tentando controlar seu corpo. Tinha sido tão repentino que seus nervos ainda tentavam acompanhar os acontecimentos e ele… Nico não lembrava de alguém já ter feito isso por ele, tão… tão… minuciosamente.
— Nico.
Ele estava tentando, jurava que estava. Ele só estava tendo dificuldade em fazer sua cabeça parar de girar.
— Nico, olhe para mim. — Então, ele fez, porque parecia algo simples o suficiente.
— Aqui está você. Meu Nico mentiu para mim?
— Eu… menti? — Nico não entendeu a pergunta, por que ele mentiria? Ele piscou lentamente e viu que Percy não parecia bravo, ele se deitava entre suas pernas ainda completamente vestido. Percy segurava em seus cabelos e os acariciava com um sorriso bonito no rosto.
— Quando foi a última vez?
— Não sei. Nunca? Nunca cheguei a… você sabe. — Ele se viu suspirando, seus olhos ficando pesados por causa dos dedos de Percy em seu couro cabeludo o ninando devagar.
— Isso explica muita coisa.
— Hm?
— Por que você não descansa um pouco?
— Onde você vai? — Mas já era tarde demais, com outro suspiro seus olhos se fecharam mais uma vez, o fazendo dormir mais rápido do que nenhuma pílula jamais conseguiu.
***
Quando Nico abriu os olhos novamente ainda estava escuro e o relógio na parede marcava duas da manhã. Eles ainda estavam em sua cama e como sempre, Percy tinha cumprido sua promessa; eles dormiam de lado, o lençol os cobria, Percy atrás dele o abraçando pela cintura, com sua outra mão debaixo… debaixo de sua cabeça, se curvando ao redor de seu pescoço, peito contra costas, rosto contra nuca e talvez ele estivesse segurando nesse braço ao redor de seu pescoço como se estivesse abraçando um ursinho de pelúcia contra o peito. Estranhamente, ele não se sentia sufocado, igual aconteceria se fosse com qualquer outra pessoa, era como… como um lembrete físico de que eles estavam ali juntos e que dessa vez Percy não o deixaria fugir.
O que ele estava fazendo? Há poucas horas estava dizendo que não estava preparado e que não queria um relacionamento e agora… o quê? Estava confortável em permanecer naquela posição, preso naquele agarre mais do que possessivo e ainda… ainda gostando disso? Aprovando a atitude de Percy? Ele tinha jurado que nunca deixaria ninguém se aproximar tanto assim de novo, dessa forma afetiva, mas esse era Percy, não? Sabia que podia confiar nele. Certo? E além de tudo, era apenas sexo. Que mal tinha nisso? Mesmo que ele estivesse falando de Percy, a pessoa que mais o conhecia nesse mundo…
Quer dizer, ele tinha voltado porque sentia falta de Percy, mas não esperava ser correspondido e muito menos tão rápido, até porque eles tiveram tanto tempo juntos e nada havia acontecido no passado, então, por que aconteceria assim? Do nada? Ele sabia que Percy tentava ser a melhor versão de si mesmo, porém, conhecendo Percy como ele o conhecia?... Bem, Percy não era o tipo de pessoa que perdoava fácil; característica que ambos compartilhavam. Então, ninguém poderia culpá-lo se ele estivesse esperando passar um tempo com o amigo para enfim se conformar que as coisas entre eles não iriam funcionar. Agora, ele se pegava nesse beco sem saída, de fato, sendo correspondido. A verdade é que Nico não tinha se preparado para nada disso, não tinha planejado ou pensado no que Percy o corresponder realmente significava para seu futuro. Ele provavelmente teria voltado para a Itália depois de se formar em alguns anos, ficando o suficiente para resolver o que precisasse e depois… depois ele iria fazer o que o pai vinha pedindo há anos.
O que ele devia fazer agora? Isso não podia ser uma boa ideia, tinha certeza que algo iria acontecer e destruir tudo, porque era o que acontecia com ele, e quem teria que lidar com as consequências era ele. Então, por que se deixou levar? Foi por causa do vinho? Qual desculpa ele usaria agora que não estava mais bêbado? Por que continuava na mesma posição, tão contente como nunca esteve, se deixando ser abraçado daquela forma e sentindo Percy praticamente o prensar contra a cama em seu sono? E se ele--
— Nico? — Percy disse rouco, sua voz sonolenta chamando sua atenção.
— Eu te acordei?
— Seu coração. Está disparado.
Para provar seu ponto, Percy levou a mão para o meio do peito de Nico e massageou o local, subindo e descendo as mãos, piorando as coisas com isso. Ele queria chorar e queria se debater, queria fugir de volta para a Itália e se esconder onde ninguém nunca mais o encontraria. No fim tudo o que fez foi ficar quieto, quase sem respirar, sentindo Percy se mover contra ele, enfiar uma das pernas entre as dele, o fazendo arfar quando Percy roçou os lábios contra sua nuca, virando sua cabeça devagar em direção a ele até que Percy juntou seus lábios devagar, num gesto afetuoso.
— O que aconteceu, hm? Qual o problema? — Percy disse, parecendo mais estar dormindo do que acordado, se roçando contra ele, devagar e calmo, no controle.
Nico não sabia o que estava acontecendo exatamente, apenas sabia que estava funcionando. Sentindo pele na pele e tão seguro, deixou o ar sair e abriu a boca, encontrando Percy bem ali pronto para recebê-lo docemente, voltando a abraçá-lo com força, deslizando suas línguas juntas, fácil e gostoso, como se eles sempre tivessem feito isso, tão descomplicado feito respirar.
— Você não vai me dizer? — Percy se afastou por um momento e piscou lentamente para ele, um pouco mais acordado.
Nico apenas olhou para Percy, cabelos bagunçados e lábios inchados, olhos quase se fechando de cansaço. Foi quando a realidade o acertou em cheio feito um soco no estômago. Ele o amava, realmente o amava. Nico não gostava de Percy porque ninguém mais quis ser seu amigo em seu pior momento ou porque Percy o defendeu durante a infância, nem mesmo era porque Percy sempre foi seu melhor amigo e sempre seria. Agora, observando aqueles olhos verdes, enfim se dava conta da verdade. Como ele não poderia amar alguém tão gentil e preocupado, alguém tão bondoso? Tão prestativo, sempre disposto a resolver seus problemas sem ele nem ter que pedir ajuda?
— Eu te amo. — Nico disse sem pensar, distraído pela forma que Percy se inclinou em direção a ele mais uma vez, prestes a lhe dar mais um beijo. Isso fez Percy parar no meio do caminho, franzir o nariz numa expressão confusa e depois sorrir, se aproximando o resto da distância, encostando seus lábios num leve roçar.
— Eu te amo mais. Muito. Muito mais.
Era estranho, ele não se sentia mais diferente do que há cinco minutos, mas fazia bem para seu coração, permitindo que ele tirasse um peso das costas que Nico nem sabia estar lá. Percy dizendo que o amava também não o fazia sentir melhor ou pior, era um fato bem óbvio, principalmente depois de ver tudo o que aconteceu nesses últimos anos. O único efeito aparente era aquecer seu coração, como as ligações faziam, como olhar para o rosto de Percy e ver o sorriso caloroso ali, sempre disponível para ele ou como os braços de Percy sempre estavam abertos para lhe receber.
— Não precisa se preocupar com isso. — Percy disse, voltando a acariciar o meio de seu peito, o virando de frente e o abraçando de novo, sem um centímetro de distância entre eles, as mãos de Percy deslizando por suas costas, uma delas se fincando nos cabelos de sua nuca, o lugar preferido de Percy o tocar, agora, e no passado quando ele não sabia o que esse gesto significava. Ou escolhia ignorar o fato.
— Me preocupar com o quê?
— Eu consigo ver no seu rosto.
— Eu não fiz nada.
— Mas quer fazer. Então, antes de você criar essas histórias e agir impulsivamente, fale comigo.
— Per.
— Você prometeu que não ia fugir.
— Quando foi isso?
— Quando você disse que tinha voltado pra ficar.
Nico não prometeu nada, mas era como se tivesse.
No fim, Percy tinha razão. Ele devia se preocupar menos. O que adiantava antecipar o que poderia acontecer se o futuro tinha tantas possibilidades? Ou esses pensamentos positivos e felizes podiam ser a influência de Percy sobre ele. Nico suspeitava que assim que Percy parasse de tocá-lo, essas preocupações voltariam feito uma bigorna jogada em sua cabeça. Porém, naquele momento, ele se deixaria ser consolado e abraçado, deixaria que o sorriso de Percy iluminasse a escuridão ao redor dele e deixaria que mais um beijo o fizesse suspirar e esquecer que amanhã era um novo dia e que com ele, mais problemas apareceriam para lhe preocupar.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Obrigada por ler e por todo o apoio^^
There is this a peculiar set of reasons and biases when it comes to NOT commenting on AO3.
They are all false, but here they are:
Do not comment on old fics
Do not comment on each chapter of a multichapter
Do not comment if the author left the fandom
Do not comment if the author doesn’t respond to comments
It can be summoned up as DO NOT ACT LIKE YOU ENJOYED THE WORK AND YOU LIKE THE AUTHOR.
It comes from the idea, that if you leave a comment on my old work, or leave too many comments, I will think you are strange, clingy, and gross.
Readers are imagining it as commenting on an old Facebook photo — only your granny and creepy strangers do that.
That is not the case with AO3.
Writers put their works there for long-term storage, and we expect, wish, and hope that you will like our works and tell us about it.
This has awful consequences. Fanfic authors feel constant pressure to create more and crippling fear of being forgotten, useless, and being literally kicked away from fandom.
I’m online friends with a few great fandom authors, who wrote storied with thousands of kudos, but ALL of them at some point expressed this fear. Very talented people told me, “I’m not sure if I should have ‘writer’ in my bio. I didn’t post anything new in the last half of a year.”
Some young or entitled readers might say, “Hm, well, they are right. They should create MORE to be relevant. Isn’t that a good thing to push authors to write more?”
For better or worse, life doesn’t work like that. We are talking about real people, who go to real schools, have real jobs, families, and all the other important things outside the fandom. Some of them might push to create more from that fear, but most would only get more frustrated and depressed about the whole fanfic writing.
So, please, if you like the work comment on it.
Even if it’s old, even if it’s a multichapter, even if the author doesn’t have time and energy to interact. Especially in all those cases.
Encourage your authors, and show them your support.
I write fanfiction because I love the characters and ships I write. I’m not a published author, nor am I trying to become one. I’m here because I got obsessed with a stupid tv show. That’s it.
Kudos and/or comments fuel me more than you can imagine.
Every day, I get a ‘You’ve got Kudos!’ email. Every day, I open it. I take note of which of my fics have been given kudos. I take note of the usernames I find there. If you’ve left kudos on one of my fics before, I’ll recognize you. I take a moment to appreciate your support. I feel validated and inspired after this.
When someone comments on one of my fics for the first time, I go ‘Oh hey there, new friend. Welcome to my world.’
If you’ve commented on one of my fics more than once, I know you. I’ve checked out your profile, your works, your bookmarks. When I see your username, I feel like I’m meeting a friend. I’m like ‘This is the person who likes the same rarepair I do.’ - ‘This is the lover of fluff/smut/angst fics.’ I remember.
I read every comment I ever get, many of them more than once. I try to answer them all. I’m not always fast with that, but I promise you, I appreciate the hell out of your feedback. Sometimes people ask me why I’m grinning so dumbly down at my phone, and many times it’s because I just got a new comment. You’re making my day with this.
Sometimes I get a comment on a WIP I haven’t updated in a while, and in most cases, it motivates me to get the next chapter out. You’re reminding me why I started writing this story. You’re making me want to finish it.
When I feel down and unable to write, I go back to the comments on stories that mean a lot to me personally. They give me new life. I treasure them. You have no idea how long they stick with me.
My ask box is always open. You want to express an opinion on my writing anonymously? You have a prompt, an idea, a wish? You probably don’t know how easy I am to persuade to write something. Honestly, try it.
No fic is too old to comment on it. Never.
If you’re too shy to leave a comment, you are valid. I’m happy to have you as a reader. I’m a crazy fangirl like you. I’m dying to talk to you. If you can’t, that’s perfectly fine though.
If you don’t know what to comment, believe me when I say that it doesn’t matter as long as it isn’t rude. You’re too tired to leave a proper comment? I read fics at 2am too my friend, I understand. You don’t know how to put your thoughts into words? You can literally leave me a HI and I’ll be happy about it.
If you’re too shy to comment in English because you’re not a native speaker, you’re valid. You’re good enough to read fics in this language, you can be proud of that. I know how to use a translator. You may comment in whatever language you want to. I’m not a native speaker either, I’ve long stopped trying to sound like one. I take no shame in that.
If you have ever taken time out of your day to read one of my stories, I appreciate you so much. If you have ever hit the kudos button on one of my stories, I appreciate you so much. If you have ever written me a comment, shared your genuine feelings about my writing with me, you are responsible for a big, stupid smile on my face and a significant bit of motivation.
Thank you!
Hi, how's everyone? I was happy to see the votes in the poll^^ it's a good way for us to communicate. One person voted for no more +18 scenes! Does that mean you like my plots and characters? (Because you know I only write AU) I feel honored, really, from the bottom of my heart. So I'll always try to say when I have these kinds of scenes.
Without further ado, thank you for following me along this story!
CHAPTER I / CHAPTER II / CHAPTER III / CHAPTER IV / CHAPTER V / CHAPTER VI / CHAPTER VII / CHAPTER VIII / CHAPTER IX / CHAPTER X / CHAPTER XI / CHAPTER XII / CHAPTER XIII / CHAPTER XIV
Nico didn't know what was happening to him. Or better yet, he did knew. The question was why.
"Baby." Percy said against his ear, digging his fingers into his hair for a brief moment that almost made him come. But too soon, Percy's hands traveled to his shoulders and down to his waist, stopping both their movements. "They will hear us.’’
Nico closed his mouth and tried to stifle the next moan, but he couldn't stop himself, rocking on Percy's lap and bending over him, and that’s what he didn't understand. Nico had never had sex with anyone like this before and suddenly, it was all he could think about. How could this be happening to him? The worst thing was that Percy was being a perfect gentleman. Or that was the case until Nico woke up the next morning. He'd gone to the bathroom and when he came back, Percy was still there, all stretched out on the bed, with nothing covering him... when had Percy gotten so tall or gotten those muscles? And those arms? Nico couldn't help himself, he went back to bed and... well, Nico would like to say that he had just watched Percy sleep.
Even though he felt sensitive from the night before and had a headache from his hangover, Nico crawled across the bed and sat on Percy's waist, trying to be careful. This was so wrong, the talk of consent coming back with a vengeance. But maybe if he woke him up in an interesting way, Percy wouldn't be so angry with him. So, Nico did what he'd wanted to do for a long time, he put his hands on Percy's abdomen and slid them up, fingering the muscles and coming back down, feeling the hairs stand up against his fingers What would he have to do to get Percy to wake up? Maybe if he... Nico bent over Percy and reached up to sun-tanned face, feeling the beard that was beginning to grow, seeing a smile on Percy's wide lips.
"Per?" When Percy still refused to open his eyes, Nico continued his exploration. He massaged the broad chest and rubbed the erect nipples with his fingertips, watching them get hard.
It looked like he would have to do everything himself in the end, which was fine, it just gave him the courage to carry on.
With gentle motions, Nico slid his ass down and found a bulge that hadn't been there five minutes ago. Should he? Nico knew it would hurt a bit, but he didn't want to look for the lube. It couldn't hurt that much, right?
Testing the waters, Nico once again sat on Percy's lap, brought his hand behind him and found Percy's cock fully erect. Maybe he was a masochist, was the only explanation for the groan he let out when he forced himself against the resistance and the head passed through the tight entrance, sliding in much more easily than he had expected. Gods! The tip was so wet that he ended up finding the bottom faster than he expected. Nico thought he had screamed, he thought he had squeezed Percy's member inside him with all the strength he had. How could that translate into pleasure for his nerves, how?!
"You're going to hurt yourself." He heard Percy say in the background and felt hands squeeze his legs tightly. It was hard to concentrate on anything other than the member stretching him and the tremors of pleasure and pain that hit his senses. But... but everything would be all right, because a few moments later Nico felt warm hands caressing his back, the member pulling out of him and then wet fingers were massaging inside him for Percy's member to slide in him again, deep and delicious, reaching that place that until last night Nico hadn't known existed.
"What is it, hm? Why is my baby crying? Where does it hurt?’’
He denied it, shook his head, and let himself loosen. He put his arms around Percy's neck and relaxed, which made everything feel better. But Percy was still motionless there, breathing fast against his neck and holding him tightly around the waist.
"Per... I need it.’’
"Doesn't it hurt? From last night?’’
Nico denied it once again, settling himself better on Percy's lap, making the member inside him hit the best spots with just that accidental movement.
"Please... I want you... I want you to... ah!’’
"Like that?" Percy asked and demonstrated again. He lifted Nico up by the waist and brought him down once more, meeting him halfway with a sharp thrust.
"They will hear us.’’
"Percy!’’
He thought he was really screaming now. It hurt! It hurt so much, and yet, he couldn't stop, feeling each of his muscles fall apart every time Percy's hips met his.
"You have to take responsibility for your actions, baby." Percy whispered in his ear. That was too much for him.
Whimpering and not knowing what his body wanted, Nico pushed Percy by the shoulder and crawled out of Percy's lap, moaning and sobbing, his legs failing him halfway, causing him to fall face-first into the pillows. Nico didn't understand what was happening to himself, he just... just... was going to explode at any moment if the world didn't make sense again. How could pain be so mixed with pleasure like that to make him delirious? Because the look on Percy's face could only be an illusion his mind was creating. It felt like... like he was the prey and Percy the predator.
"Where are you going?’’
"I... I don't know!’’
"Baby.’’
A shiver ran up his spine and made his legs shake. There was something in Percy's voice that made him freeze where he had fallen. What was happening to them? He couldn't look at Percy, he was afraid to see what he would find there, and he wanted to run away, but... but Nico didn't want to move and maybe find out what was scaring him so much. Either way, he was moving just the same, crawling across the huge bed towards... he didn't know, anywhere was fine. So why did he stop at the edge of the bed, still trembling and... and feeling an anticipation that he didn't know where it came from? The door was right in front of him, either the bathroom or the exit. If he felt so trapped, why wasn't he heading towards them?
Nico moaned in surprise when Percy's hand touched the middle of his back and gently slid up and down in one of the most comforting gestures Nico had ever experienced.
"Do you want to play?" Percy then asked, still not moving closer. "Or do you want to sleep some more? It's still early.’’
"I.. "Nico curled in on himself and hid his face in the pillow.
He didn't understand what was happening to him. Nothing made sense. He didn't want to be feeling these things and he didn't want to be that kind of person. Like, a few days ago he was fine with what was going on. So what was the problem?
"You can tell me.’’
"I want to cum." Nico admitted, his face buried against the pillow.
"Then look at me. Yes?’’
Nico denied it, curling up even more.
The bed around him rocked and then Percy was beside him, warm hands were on his spine along with lips that slid down the length of his back until they reached the curve of his buttocks, nibbling on them.
"Are you ready to talk?" Percy murmured against his skin.
When Nico denied him once again, Percy's lips moved down a little further and found his entrance, kissing the area gently. "Don't ever do that again. I don't want to see you hurt.’’
Nico had no other reaction than to shudder and moan against the pillows, feeling himself melt as Percy's tongue caressed a deeper place.
"Do you want me to touch your cock?’’
Nico denied it. All he did was deny it. What was going on!
"Do you want me to stop?’’
So, he denied it once again, surprising himself.
"Baby." Percy said in the most affable voice he'd ever heard and it made him feel strangely... happy, satisfied even.
"I want you... inside me.’’
"Really?" Now Percy sounded almost condescending, even ironic. Which made sense. They were doing exactly that until Nico had a panic attack.
"Tell me if it's too much.’’
All Nico could do was gasp, breathless from the sudden movement. The mattress sank slightly behind him and Percy tucked himself over his back. Hands encircled his waist, pulling him closer and fingers dug into his hair, strangely forcing him to inhale deeply. The funny thing was that Percy didn't even use much force, his head spinning, trying to come up with explanations for why this moment seemed so different from the others. What made him feel so distressed and so excited at the same time? At the moment, it didn't matter. Nico felt the head of Percy's member against his entrance once again and then everything in his vision blurred, his head clearing of any thoughts for a few moments. It was hard to describe. Nico didn't know if it was Percy's grip getting tighter and tighter on his skin, if it was Percy gasping against his ear or if even it was the decisive and forceful way Percy fucked him, slowly but with purpose with each short, well-placed thrust.
Maybe he just wanted Percy to keep him under control and tell him what to do next. Would he be forced to talk about it too? Before that could happen, Nico would rather run away and never come back. Or he would have, if Nico hadn't felt Percy's hands holding him against his broad chest, preventing him from moving too much.
"Everything's fine. With me, okay?" Percy held him between his arms and slowed down his movements, but it was too late. Something in the way Percy held him finally made Nico let go. Nico allowed Percy to continue holding him and shuddered for the next few minutes, relaxing against Percy's chest, feeling Percy go with him.
"All right?" Percy said after a few moments when neither of them did anything to move.
"I'm not sure." That was the most sincere thing that had come out of his lips since he woke up.
***
"I'm not sure. "Nico said, still sunk against Percy's chest, finally feeling safe and at peace.
He felt so strange that Nico would never have the words to express it. What had changed in five minutes that made him feel so good now?
"Everything is fine. You were great." Percy still had one hand in his hair and the other on his waist, which was now massaging his belly and lower abdomen, gently rocking him.
"What's going on? I didn't... I didn't want to run.”
"I know you didn't’.’
"I just..’’
"It's okay if you let yourself feel it.’’
"Let me feel what?’’
"I've learned that sometimes our minds go to strange places. As if our body wanted one thing and our minds, another. So it's okay to feel, whatever it is.’’
"Since when do you know so much about feelings?’’
"I...looked for help.’’
"Psychological?’’
Percy nodded against his back and Nico had to turn around to see for himself, but Percy wasn't facing him; he was looking out of the window.
"When you left, I realized that it was bad to suffer so much for someone, that made me want to kill myself.’’
"Percy! I never wanted this to happen! Why didn't you tell me?’’
"You're not responsible for my actions, and I'm not responsible for yours. Or at least, that wasn't the case back then.’’
Then Percy gave a mischievous little smile and Nico rolled his eyes. Looks like they had a lot to talk about.
"The point is that I couldn't ask you to come back and it wasn't fair to let depression sink me down. I did what Sally asked." Percy shrugged. "I went to the doctor. And even with help, I still missed you. I had no choice but to see you having fun and growing up without me.
"I... it wasn’t forever." Nico muttered, feeling like a monster. "It was supposed to be a few months, then a year. I didn't have the courage to face you again.’’
"What made you change your mind?’’
"A photo. Annabeth and you, sitting on your bed.’’
Nico watched as, in slow motion, the look of sadness turned to amusement and happiness, Percy hugging him tighter.
"Oh, if she only knew.’’
"Knew what?’’
"Annabeth did it on purpose, thinking she was going to hurt you. I think she did it, didn't she?’’
"Percy!" Now Percy was laughing for real, throwing himself backwards onto the bed and taking him with him, trapping him in a bear grip.
"Let me go!’’
"No, it's serious now. Do you want to talk about what happened?’’
"I don't think so.’’
"Aren't you even going to give me a clue? A pointer? Nothing at all?’’
Nico could even imagine the nightmare. If Percy knew what Nico really wanted... it would be the end of him.
"All right. I got it.’’
Percy stretched and put Nico against the pillows. Before getting up, he kissed Nico and smiled at him, turning around in bed. He opened a drawer on his side of the bed and took out a diary with a blue cover, similar to the one he had given Nico.
"I think I'll write after I've had a bath. It's relaxing, don't you think?" Percy put the diary on his side of the bed and kissed Nico once more, going to the bathroom inside the suite and closing the door.
Nico heard the sound of water falling on the floor and felt like the dumbest person in the world. His own diary was right next to him on the dresser and the last thing he wanted to do was write about his feelings. He felt forced and manipulated into doing something he didn't want to, but, after all, it was only fair; Percy had told him something deep and personal, which left him in the position of telling something just as personal. In the end, wasn't that what he wanted? For Percy to... tell him what to do? Nico just didn't think it would spill over into life outside of sex. But if Percy wanted to know, he'd make Percy regret it.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
So, how was it? The update came faster, didn't it? It's easier when the chapters are shorter. I hope you enjoyed it. Did Nico overdo it? I don't know. But I think he's a bit touch starved, you know? When you miss someone so much that being close to them overwhelms you. I think the same goes for Percy.
Any way, It was fun. I hope you are enjoying. I would like to know what you think about it. See you all next week!
Make Me Choose Challenge └ @milevenhearteyes asked: Timothée Chalamet or Tom Holland?
“The most important thing, in anything you do, is always trying your hardest, because even if you try your hardest and it’s not as good as you’d hoped, you still have that sense of not letting yourself down.”
Oi, como vai! Enfim consegui escrever mais um pouco. Confesso que não ficou muito bom, mas eu tentei meu melhor. Sabe quando não sai como você quer não importa o quanto você tente? Pelo menos um pouco do plot avançou.
Espero que esteja aceitavel. Se não fosse por vocês confesso que já teria largado essa história, não porque eu não goste dela e sim porque depois de dois meses escrevendo algo a motivação vai embora. Tipo, eu tenho todo o plot e milhares de cenas, mas na hora de colocar na pagina fica chato porque eu já sei o que vai acontecer. Então, eu sou mais uma criadora/imaginadora do que uma escritora. Enfim, eu tento meu melhor e vou continuar tentando por vocês.
Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X
Boa leitura!
— Lindo.
Nico ignorou Percy que estava deitado na cama e terminou de secar os cabelos com a toalha, os penteando para trás. Colocou a camiseta, a puxou para baixo e abotoou suas calças, puxou o zíper para cima e se olhou em frente ao espelho.
Se fosse por ele teria ficado na cozinha, onde pertencia, e teria terminado de ajudar com os preparativos para a festa mais tarde. Infelizmente, logo depois do pedido de casamento, Sally havia o expulsado da cozinha, o empurrando para longe do fogão enquanto Percy tinha lhe pegado no colo e o carregado pelas escadas até que chegaram ao quarto de Percy. E sem escolha, ainda cheio de farinha pelas roupas, entrou no banheiro sem reclamar, tomando um longo banho na banheira para logo depois procurar por roupas que ainda o servisse. Aparentemente, Percy não tinha jogado fora as coisas que ele havia deixado para trás, como sua calça jeans preta favorita ou suas camisetas cheias de piadas e de super-heróis estampadas nelas, ou mesmo sua jaqueta de couro, roupa que sua mãe costumava usar antes do câncer a impedir de levantar da cama.
Ele admitia que as camisetas que antes eram largas e chegavam a suas coxas, agora serviam perfeitamente bem, embora um pouco mais justas do que ele gostaria, contornando suas curvas não tão masculinas; tirando seus ombros largos e altura, o resto era bem… bem magro em algumas partes e delgadas em outras, impossível de não reparar naquelas roupas justas. Ele nem gostava de pensar sobre isso. Talvez fosse por isso que Percy adorava segurar em sua cintura.
— Desde quando você tem esses músculos, hm? — Percy voltou a perguntar com bom-humor.
Músculos? Ele não via muitos. E claro, Percy até poderia enganá-lo se fosse alguns anos atrás. Agora? Ele conseguia ouvir o puro ciúme por trás do riso.
— Eu não sei. Tive tempo livre na Itália.
De fato, a vida em Verona era bem mais fácil e descomplicada do que essa primeira semana de volta estava sendo. Quer dizer, quando Percy estava envolvido, problemas e emoções fortes eram garantidos. Ele nem sabia porque ainda se lamentava, as coisas sempre tinham sido assim.
— Não faça essa cara. Hoje é dia de comemorar. Ou pelo menos é de acordo com Sally.
— Claro. — Nico revirou os olhos e enfim colocou sua jaqueta, enfiando os pés dentro de seus tênis de cano alto que também tinha ficado dentro do guarda-roupa de Percy. Agora sim, Nico estava de volta no passado e com o look completo. Ele quase se sentia nostálgico; se não fosse a ansiedade e a auto dúvida constante, sentiria saudade daquela época. — Vamos.
— Espera. Comprei uma coisa pra você.
— Mais um presente? O que vai ser agora? Um carro?
— Você precisa de outro? — Mas Percy estava sorrindo. Nico observou ele se levantar e dar a volta na cama, abrindo a gaveta da cômoda ao lado da cama. — Não é nada muito caro.
— O que é isso? — Dessa vez, o objeto nas mãos de Percy despertou sua curiosidade. Ele conseguia ver o que era, a questão era que Percy nunca tinha lhe dado nada desse tipo, foi o que o fez se aproximar mais e pegar o diário das mãos de Percy, abrindo a capa rígida e negra de couro, encontrando páginas simples e pautadas, notando uma dedicatória no lado de dentro da capa: “Para que seus pensamentos e ideias nunca se percam”. — Per?
— Eu pensei sobre o que você disse… sobre não conseguir se expressar.
— Me expressar?
— Na cama. — Percy disse e então segurou em suas mãos sobre o diário, o fazendo encará-lo. — Sei como as coisas podem ser… assustadoras de vez em quando. Quero que esse diário seja uma forma da gente conversar sem precisar de todo aquele… drama.
Percy usou a palavra “drama”, mas para Nico era mais… “humilhação”.
— Você vai escrever também?
— É claro.
— E você vai… vai ler tudo? Tudo o que eu escrever?
— Se você quiser.
Nico parou por um momento e encarou Percy, seu noivo, o amor de sua vida, a pessoa que sempre o aceitou incondicionalmente. Percy parecia tão calmo e confiante, tão sincero… ninguém antes fez tanto esforço para tentar entendê-lo.
— Não precisa ser sobre isso. — Percy voltou a dizer. — Você pode escrever sobre qualquer coisa. Ou algo que você queira que eu saiba.
— Qualquer coisa? De verdade?
— O que foi? — Então, Percy voltou a sorrir, despreocupado. — O que você ainda tem para esconder de mim?
Esse foi o momento que a mortificação o tomou. Nico desviou o olhar e encarou o diário que ambos ainda seguravam, as alianças brilhando em seus dedos. Se somente Percy soubesse… ele não sabia se era a melhor ou a pior das ideias que Percy já tinha sugerido.
— Olha, você não precisa se forçar. Vamos deixar o diário do lado da cama e se você sentir vontade, ele vai estar aqui. Tudo bem?
Percy sorriu mais uma vez para ele, pegou o diário de suas mãos e o colocou em cima da cômoda, há menos de um metro de distância deles. Mas esse era o problema, Nico já sentia vontade de folhear aquele caderno e escrever o que viesse à mente, como num exercício de escrita livre, só que mais estranho e constrangedor. Sentia vontade de escrever e deixar tudo sair como há anos não fazia.
— Não, eu quero! Me dá. — E feito uma criancinha, Nico esticou a mão e pegou o diário, o abraçando contra o peito, se sentindo satisfeito ao segurar mais uma vez naquele caderno de couro negro.
— Fico feliz de saber que você gostou. — E agindo feito o papai que ambos se negavam a admitir, mesmo que ambos tivessem a mesma idade, Percy o abraçou forte e beijou seus cabelos, dizendo: — Bom garoto.
É claro que isso teve o efeito esperado. Nico escondeu o rosto no ombro de Percy e gemeu mais uma vez, mortificado, se recriminando por se sentir tão bem e contente com aquelas palavras. Ou com o cuidado que Percy continuava demonstrando dia após dia.
***
Antes de irem para a festa, Nico guardou o diário junto com a caixinha das alianças agora vazia dentro da mochila e segurou na mão Percy, fazendo o peito de Percy se aquecer com o gesto distraído de Nico. Não era o gesto mais romântico ou afetivo que ele já tinha visto, mas Nico fazia tudo com tanto cuidado que ele tinha certeza de ter feito a escolha certa ao esperar até aquele momento. Sabia que essas atitudes, tanto quanto as dele ou de Nico, vinha de um lugar doloroso; da perda e do abandono, coisas que ambos sentiram na pele e que queriam evitar a todo custo. Por isso, cada momento que servisse para a próxima-los seria motivo para comemorar. Ainda não acreditava que finalmente tinha proposto para Nico. Eles iriam se casar! Houve uma época em que Percy pensou que nunca mais veria Nico, e quem dera que estariam tão contentes e felizes, mesmo que o garotinho escondesse por detrás de um biquinho zangado e o costumeiro mau-humor e insegurança. E quem era ele para julgar como outras pessoas se comportavam quando ele era o pior deles? Tudo o que Percy sabia é que tinha um plano e que faria tudo para executá-lo com maestria. Ele sorriu para Nico, segurou de volta na mão oferecida a ele e quando menos percebeu, um dos ajudantes de sua mãe o guiavam para a parte externa da casa onde mesas estavam dispostas no jardim e pessoas já andavam pela pista de dança improvisada ao lado de uma mesa de buffet divida em três fileiras organizadas por pratos doces, frios e quentes, e ali nem estava toda a comida que ele tinha visto na cozinha.
— Vocês exageraram dessa vez.
— Nada foi nada além do normal. — Nico deu de ombros.
— Claro. Eu queria--
— Nico! Finalmente consegui te encontrar!
Percy suspirou e se deu por vencido, agora que ele estavam no meio daquelas pessoas seria impossível ter a atenção de Nico só para ele. Como em câmera lenta, viu Clarisse se aproximar deles em passos apressados e pegar Nico em um abraço de urso, o puxando para longe dele.
— Até quando você ia me ignorar!
— Eu não estava te ignorando! — Nico gritou de volta, mas abraçou Clarisse tão forte como ela tinha feito, fechando os olhos com prazer.
— Por que você não me disse que tinha voltado? E quando isso aconteceu?
— Faz… cinco dias? Seis?
— Oposto que é culpa dele.
— Clar!
— Não venha com isso pra cima de mim. Eu quero saber tudo!
— Pra depois você contar para Annabeth? Não, muito obrigado.
— Isso é não verdade. Fiz isso uma vez e--
Parecia que não teria jeito. Percy deixou Nico com Clarisse, vendo as pessoas se aproximar do par barulhento e voltou para dentro da casa, encontrando sua mãe agora com um longo vestido preto e saltos altos, embora ela ainda andasse pela cozinha de um lado para o outro, dando ordens e verificando os fornos ainda em funcionamento.
— Mãe.
— Oh, Percy, querido. — Sua mãe veio em passos rápidos até ele e apertou suas bochechas, as beijando em seguida. — Você podia ter me contado antes. Não tive tempo de preparar nada.
— Também não tive tempo.
Esse foi o momento que Percy abraçou a mãe e se deixou relaxar.
— O que foi, querido?
— Acho que Nico não quer ficar comigo.
— Percy, isso não faz sentido. Por que você pensaria isso? — Então, sua mãe tocou em seu rosto novamente e encarou com afeto.
— Ele mudou. A gente parece brigar a cada passo do caminho, e agora ele tem tantos amigos e coisas para fazer…
— Percy. — Agora sua mãe parecia decepcionada. — Nós conversamos sobre isso. Você precisa de ajuda?
— Não. — Ele negou, se afastando. Não queria voltar para horas eternas no psiquiatra ou se entupir de remédios.
— Querido, Nico está crescendo e você devia também.
— Eu sei. É só que… ele está me dizendo tantas coisas… eu não sabia que ele se sentia assim.
— Isso é ótimo. Quer dizer que ele confia em você.
No fundo Percy sabia disso. Ele só queria que alguém lhe dissesse que tudo ficaria bem. Mas não era o que sua mãe estava fazendo, como sempre ela dizia o que ele precisava ouvir e não o que ele gostaria.
— O que eu devo fazer?
— Nada que você não queira.
— E se ele só se casar comigo por pressão?
— Percy! — Sally segurou em seus ombro e riu em sua cara. — Meu garotinho está crescendo tão rápido. Me lembro como você fugia de qualquer responsabilidade e agora aqui estamos nós, você se preocupando com o bem-estar de outra pessoa?
— Ma-nhe! Estou falando sério!
— Olha, pelo meu ponto de vista, nunca vi Nico tão feliz ou calmo. Ele não parece estar se forçando a nada.
— Ele disse que não queria namorar comigo e eu insisti! E se ele falou a verdade?
— Querido, nada disso é sua responsabilidade. Ele aceitou por vontade própria. Mesmo que você queira protegê-lo, é decisão de Nico. Ele aceitando ou não, ainda que no futuro ele decidir ir embora mais uma vez, não será sua culpa.
— Então, de quem é a culpa?
— Ninguém tem culpa. São coisas que acontecem e nós temos que aceitá-las. E sendo sincera? Já era tempo, não? Se você tivesse conversado com Nico, nada disso teria acontecido.
— Você… você estragou a surpresa. Eu devia ter falado com ele sozinho.
— Exatamente, querido. Você não vê? Quanto menos você disser, mais Nico se afastará de você.
— Você acha mesmo?
— Acredite em mim. Sei tudo sobre relações fracassadas. Não crie distância entre vocês, sim?
— Eu nunca faria isso.
— Não? Se você não diz o que sente, Nico pode pensar que você não se importa.
— Eu--
— Você conversou com ele nos últimos dias?
— Sim, mas--
— Como ele reagiu?
Percy queria revirar os olhos. Sua mãe estava certa, como sempre. Nico tinha sido sincero de volta. O pior era pensar que Nico tinha guardado tudo dentro do peito, pensando que Percy não iria aceitá-lo ou que Percy não se importava. Pelo menos o tempo perdido no psiquiatra tinha servido para algo.
— Você tem razão. — Percy admitiu, olhando ao redor para as pessoas que continuavam andando de um lado para outro. — Eu não queria admitir a derrota.
— Querido.
— Eu fiz Nico ir embora antes e não quero ser o culpado de novo. É tão ruim ter cuidado em não destruir as coisas de novo?
— É claro que não. Eu entendo.
— Entende mesmo? — Então, Percy voltou a encarar a mãe. — Se você entende, você pode ficar fora disso?
— Tudo bem, não vou me meter. Mas você devia prestar atenção quem são seus amigos.
— O que isso significa?
— Aquela sua amiga loira está na festa. Pensei que vocês não se falavam mais?
— Quem? Annabeth?
— Ela mesmo.
— Eu não convidei ela.
— Então, quem convidou? — Sally e Percy se encararam durante longos momentos não entendendo o que estava acontecendo até que Percy tem um estalo e dá as costas para a mãe, voltando para o lado de fora. No jardim, ele encontra uma cena que pensou que nunca fosse ver, Annabeth com seus longos cabelos prateados brilhando no sol parecendo furiosa e Nico, com as calça rasgadas e camiseta preta, a encarando como se ela fosse uma minhoca prestes a ser pisoteada.
***
— O que está acontecendo aqui?
Quando Percy menos viu estava parado no meio da multidão, vendo Annabeth e Nico se voltando para ele.
Como em um passe de mágica, o ambiente mudou. Nico veio para seu lado e se segurou em sua mão, abaixando a cabeça e a encostando em seu ombro como o garotinho mais obediente e comportado, enquanto que Annabeth ficou lá, de cabeça erguida, parecendo mais furiosa ainda com a demonstração de afeto.
— Não foi nada, Per. A gente estava conversando sobre os velhos tempos. Não é, Anne? — Nico sorriu, o abraçando pela cintura e de repente o silêncio se fez, até os garçons e ajudantes da cozinha ficando em silêncio.
— Você, por acaso, está bêbado?
— Eu? Nunca! — Ele olhou para Nico e Nico fez um biquinho fofo. — Eu nunca faria isso.
Para provar sua teoria, Percy se inclinou sobre Nico e o beijou ali mesmo. Dessa vez, Nico não pareceu nenhum pouco encabulado. O garotinho o agarrou forte pela nuca e se deixou ser beijado, abrindo a boca na demonstração mais sem vergonha de afeto.
— Meu bebê está com ciúmes, hm?
— Não sei do que você está falando. — Mas o rubor no rosto de Nico dizia o Percy precisava saber.
— Por que a gente não conversa num lugar mais calmo? — Mas antes de guiar Nico para longe da multidão, Percy se voltou para Annabeth: — Você não foi convidada. Vá embora.
— Mas, Percy! Você prometeu!
— Eu não prometi nada.
— Seu mentir--
— Não vou repetir.
Com isso, ele pegou Nico pela mão e o guiou para dentro da casa, deixando para tras uma multidão curiosa e uma loira espumando de raiva.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Obrigada por ler! Sua presença e comentario é sempre bem-vindo!^^
PSA from Blobby. Something we should talk about more ❤️
It is almost here! We can't wait to see what people share! <3
Rules & Guidelines - here or here
Prompts - Day 1 - Day 16 & Day 17 - Day 31
Dreamwidth Community - here
If you want the blog to reblog your rec, please tag @hprecfest and #hprecfest2023.
We will not be reblogging posts that link to a Wayback Link/Google Drive/One Drive/and the like. You may still rec and talk about the deleted works.
We follow fandom rules around here - YKINMKBYKIO (Your Kink is Not My Kink, But Your Kink is Okay), DLDR (Don’t Like;Don’t Read) and SALS (Ship and Let Ship). We will not be reblogging posts that talk negatively about another ship, character, and/or writers.
If you have any questions, send an ask! Or you can email at hprecfest@gmail.com
i have just stumbled upon the most beautiful public document i have ever laid eyes on. this also goes for anyone whose pastimes include any sort of character creation. may i present, the HOLY GRAIL:
https://www.fbiic.gov/public/2008/nov/Naming_practice_guide_UK_2006.pdf
this wonderful 88-page piece has step by step breakdowns of how names work in different cultures! i needed to know how to name a Muslim character it has already helped me SO MUCH and i’ve known about it for all of 15 minutes!! i am thoroughly amazed and i just needed to share with you guys
Tagged by @haiseiscute333
Thanks for tagging me! It's my first time doing this, but lets go!
3 ships:
+ Pernico (Percy/Nico) - Percy Jackson Series, my favorite ship to write!
+ Lan Zhan/Wei Ying - Grandmaster of Demonic Cultivation
+ Harry Potter/Draco Malfoy - Harry Potter
(Like, I have at least 10 favorites, but I won't spam anyone🤣)
First ship: Naruto/Sasuke - Naruto (I have to say, it was a long time ago, in the 2000's, so forgive me! But I Still like it, the one's well written)
Last song: Stone Cold - Demi Lovato
Last movie: Barbie (Best Thing Ever!)
Reading: Can be a fanfiction? 4018 - by sweetlolixo (Something quick and fun and smutty)
Currently watching: XO, Kitty (My cousin made me watch it and I loved it)
Consuming: Water
Craving: Sleep and money. A lot of this two!
No pressure tags: @yonemurishiroku and @lukecastellanshandholder
Tagged by @prettyblubox! Thank you!
3 ships: Loid/Yor (SPY x FAMILY), Suletta/Miorine (Mobile Suit Gundam: the Witch from Mercury), Sawako/Kazehaya (Kimi ni Todoke)
First ship: Percy Jackson and Annabeth Chase (Percy Jackson and the Olympians series)
Last song: Shukufuku - Yoasobi
Last movie: Barbie
Reading: will be rereading SPY x FAMILY to prepare for S2 and I’m also going to start All the Light We Cannot See by Anthony Doerr
Currently watching: Revolutionary Girl Utena and other seasonal anime
Consuming: honey toast
Craving: some free time to enjoy all my fandoms
Tagging @whateversawesome @nightofnyx8 @rlbbackup @tare-anime @yellowcrazycricket
Sejam bem-vindos! Olá, esse é meu blog pessoal. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e orginais, e reblogo alguns posts de vez em quando. História Atual Não há lugar como o Lar - versão em Portugues There's no Place like home - English version Resumo: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro. Se você quiser saber o que eu escrevo, siga a tag #my writing
464 posts